Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|clicrbs.com.br/diariocatarinense|

A inviabilidade das exportações e a concorrência com produtos chineses estão desorganizando o mercado dos produtos têxteis. A afirmação é do diretor de Controle da Buddemeyer, Evandro Müller de Castro.

De acordo com ele, as exportações brasileiras estão tendo um revés nunca antes visto por duas razões: o dólar baixo e a demanda externa reprimida. E as vendas internacionais vão fazer falta no crescimento do PIB nacional.

– O governo fala em crescimento de 5% a 6% ao ano. Sem as exportações, isso não vai se realizar. Precisamos superar o problema cambial porque o mercado interno não tem como absorver toda a produção do setor – aponta ele.

Castro explica que oito a 10 empresas têxteis catarinenses exportavam 50% da produção e reduziram suas vendas externas pela metade, para 25% do total produzido.

O que entra no mercado interno ainda precisa disputar espaço com produtos asiáticos. A China mantém o dólar valorizado com uma política cambial artificial e pratica preços imbatíveis no mercado mundial.

– O setor ainda sofre com a facilidade de importação de vestuário. A China está com capacidade ociosa porque as compras dos EUA foram reduzidas, e está jogando seus produtos em todos os mercados. Parte desse excedente está vindo para o Brasil – projeta o diretor da Coteminas, Sergio Luis Pires.

Sobram produtos, faltam compradores

O excesso de oferta no mercado interno, tanto de produtos chineses quanto dos próprios produtos nacionais que antes eram vendidos para o mercado externo, também provoca a queda dos preços, inviabilizando a produção.

– O que o Brasil precisa é de uma carga tributária mais alinhada com outros países exportadores. O setor exportador precisa de uma atenção a mais do governo federal, para ganhar condições melhores de competitividade, como obtiveram os segmentos de linha branca e automobilístico, que tiveram redução de IPI – sugere.

O setor têxtil, que é o maior empregador do país, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), opera hoje com 30% de capacidade ociosa. Desonerado, poderia ocupar essa capacidade e gerar mais emprego, fortalecendo o consumo interno e girando a economia, avalia Pires.

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