O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje (05/05), durante audiência no Congresso, que em momentos de aperto de política monetária, é mais "propício" para o consumidor poupar seu dinheiro e postergar o consumo. Ele enfatizou que a bancarização é fundamental para esse processo de acesso e ampliação da poupança. "Atualmente, 100% dos municípios brasileiros são atendidos com serviços bancários em alguma modalidade. Em 2002, eram 55,7 milhões e hoje são 90 milhões de contas", comparou.
O presidente fez um paralelo também em relação ao número de clientes, que saltou de 87,6 milhões há nove anos para 161 milhões hoje. "Temos quase o dobro de clientes no sistema financeiro e, quanto mais pessoas tiverem acesso ao crédito e ao investimento, mais eficaz tende a ser nossa política monetária", considerou.
Em relação ao câmbio, Tombini salientou que o Brasil continua adotando o regime flutuante e que as oscilações se dão por fundamentos e questões ligadas ao fluxo cambial. "Vou explorar o tema mais na frente como desafios de curto prazo", disse. Ele voltou a falar sobre a acumulação de reservas, que hoje estão em US$ 328 bilhões. "É uma acumulação grande desde 2004 e foi um colchão de liquidez muito útil no período da crise", enfatizou. O presidente do BC disse ainda que o câmbio flutuante funciona como estabilizador automático da Dívida Líquida do Setor Público.
Meta de inflação
O presidente do BC destacou ainda, na audiência pública no Congresso Nacional, que o cumprimento da meta de inflação se dá no fim do ano. Em sua apresentação a deputados e senadores, Tombini defendeu o regime de metas de inflação, afirmando que ele tem funcionado bem no esforço de conter os preços e as expectativas inflacionárias.
"Afora alguns períodos, em que a inflação escapa, o regime permite que o Banco Central consiga trazer a inflação de volta para um processo de convergência. Ao longo do tempo, o regime tem contribuído para estabilidade econômica", disse o presidente da autoridade monetária. "O regime de metas tem servido bem ao País", afirmou.
Ele destacou ainda que, apesar da alta recente da inflação e das expectativas mais elevadas do mercado para este e para o próximo ano, no longo prazo as previsões estão "cravadas" na atual meta, que é de 4,5%. Tombini disse ainda que, ao longo do tempo, o Brasil tem conseguido reduzir sua taxa real de juros.
Reservas internacionais
Tombini destacou que as reservas internacionais registraram rentabilidade de 1,88% ao longo de 2010. O custo de carregamento líquido desses recursos, de acordo com Tombini, foi de 5,66%, o que aplicado ao saldo médio convertido em reais chegou a R$ 26,6 bilhões.
FONTE: AGÊNCIA ESTADO
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI