No Brasil em geral e no Rio em especial é assim: quando algum bandido morre, logo aparece uma ONG de “direitos humanos” para prestar homenagens e criticar a polícia. Mas quando um policial morre em serviço, combatendo o crime, há o mais ensurdecedor dos silêncios.
A polícia, afinal, precisa ser demonizada pelos “revolucionários”, pelos artistas e “intelectuais” que adoram ver criminosos como “vítimas da sociedade” e a própria política como instrumento fascista das elites burguesas, que controlam o “sistema”.
Não aqui. Esse blog é um espaço para a valorização justamente do contrário, ou seja, policiais que enfrentam o risco constante de morte no louvável cumprimento de seu fundamental ofício merecem respeito e homenagens quando mortos, e dos bandidos será sempre cobrada a mais severa punição, já que acredito no livre-arbítrio e a bandidagem é uma escolha.
O homenageado de hoje é Uanderson Manoel da Silva, o primeiro capitão morto por traficantes em uma UPP. Há 11 anos na Polícia Militar, o capitão trabalhou nos batalhões de Bangu, Caxias e Irajá. Ele comandava a UPP Nova Brasília há três meses. O PM era casado com uma capitã da PM e tinha uma filha, de 7 anos, que agora irá crescer sem um pai. Outros policiais que foram vítimas recentemente do tráfico:
Na Nova Brasília, em 6 de março, foi morto o soldado Rodrigo de Souza Paes Leme, de 33 anos. Ele tinha oito filhos. Dias depois, o policial Wagner Vieira Cruz, de 33 anos, da UPP Vila Cruzeiro, foi assassinado. Em 2 de fevereiro, a PM Alda Rafael Castilho, de 27 anos, foi atingida numa emboscada no Parque Proletário. Ela estava na corporação havia menos de três anos, cursava psicologia e ia se casar no próximo ano.
De janeiro até 23 de junho, 39 policiais militares que trabalham em UPPs foram feridos, dos quais 21 lotados nos Complexos do Alemão e da Penha. Nova Brasília é a comunidade com maior número de confrontos entre PMs e criminosos.
Há quem prefira cuspir na polícia “fascista” e enaltecer os criminosos. Não duvido que alguns cheguem até mesmo a expressar certo regozijo, ainda que recôndito, quando leem sobre a morte desses policiais. São os mesmos que, no fundo, sentiram algum prazer com o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos, que fez aniversário ontem, ou que vibram quando Israel é atacado por terroristas.
O fenômeno é semelhante em todos esses casos. Estamos diante de pessoas que flertam com o que há de pior no mundo, com a escória humana, e odeiam, portanto, aquilo que representa a lei e a ordem, tidas como bandeiras “burguesas” da elite reacionária por essa turma.
O capitão Uanderson Manoel da Silva não tinha nada de elite. Era um trabalhador que atuava do lado da lei, ganhando um salário baixo, contra aqueles que disseminam apenas o caos e a desordem. Foi morto em combate. Merece nosso respeito e nossa homenagem. E seus assassinos merecem um encontro duro com a lei, pois a impunidade é o grande fermento da criminalidade, não as tais “desigualdades sociais”.
Rodrigo Constantino
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