Dados negativos na China puxam Vale e siderúrgicas para forte queda nesta segunda-feira (China Daily/Reuters)
SÃO PAULO - Com temores sobre paralisação do governo nos EUA, o Ibovespa caiu forte nesta segunda-feira (30), com recuo de 2,61%, aos 52.338 pontos. Com isso, o índice atingiu sua quinta sessão consecutiva de perdas, algo que não ocorre desde março deste ano.
Com esse cenário, apenas 12 ações de 73 que compõem o benchmark conseguiram encerrar a sessão em alta, lideradas pelos papéis preferenciais da Eletrobras (ELET6, +2,65%, R$ 10,47), além da Marfrig (MRFG3, +1,68%, R$ 6,05) e Cesp (CESP6, +1,42%, R$ 23,65).
Chamou atenção do lado negativo nesta sessão as empresas de Eike Batista, com as ações da OGX Petróleo (OGXP3, -25,00%, R$ 0,21) e OSX Brasil (OSXB3, -14,49%, R$ 0,59). Com esse desempenho, os dois papéis renovaram suas mínimas históricas. As demais ações do Grupo EBX também fecharam no negativo: MMX Mineração (MMXM3, -8,82%, R$ 1,55), CCX Carvão (CCXC3, -6,29%, R$ 1,34) e LLX Logística (LLXL3, -7,30%, R$ 1,65).
O mercado teme que as empresas entrem em recuperação judicial nas próximas semanas, conforme informou a coluna Radar, da Veja. Procuradas, os porta-vozes das companhias não foram localizados.
A preocupação é que a OGX não pague a OSX pelo uso de uma embarcação utilizada como garantia para um bônus emitido pela companhia de construção naval. Se ocorrer um calote da OGX, a OSX pode ser obrigada a retomar a embarcação.
A OGX deve US$ 3,6 bilhões para detentores de bônus estrangeiros e US$ 900 milhões para a OSX. Em reportagem, o jornal Folha de S. Paulo apontou que a empresa já decidiu não pagar esta semana os US$ 45 milhões referentes à remuneração desses títulos.
Vale e siderúrgicas fecham no vermelho
Ainda no campo negativo figuraram as ações da Vale (VALE3, -1,99%, R$ 34,46; VALE5, -1,87%, R$ 31,54), que seguiramm o movimento das mineradoras globais, e que pressionaram os índices europeus nesta manhã, após o PMI (Purchase Manager's Index) chinês mostrar avanço menor do que o esperado no setor industrial, com 50,2, segundo o HSBC. Os papéis da Bradespar (BRAP4, -2,38%, R$ 24,60), holding que detém participação na Vale, também registraram queda nesta sessão.
O desempenho negativo também foi visto nas ações das siderúrgicas, com CSN (CSNA3, -2,07%, R$ 9,46), Gerdau (GGBR4, -2,64%, R$ 16,60) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, -1,76%, R$ 21,16). A exceção é a ação ordinária de Usiminas (USIM3, +0,76%, R$ 10,55; USIM5, -0,94%, R$ 10,52), que terminou o dia no positivo.
No caso da CSN, a ação repercute também a notícia de que seu principal acionista, Benjamin Steinbruch, iniciará uma batalha judicial com sete empresas asiáticas, envolvidas na Namisa, segundo coluna da Veja. Além disso, a empresa perdeu a ação que movia na Justiça contra a argentina Ternium exigindo pagamento de "tag along" (direito dos outros acionistas de receber um percentual do valor pago pelas ações dos controladores em caso de venda do controle da empresa).
Já a Gerdau teve sua recomendação rebaixada pelo Brasil Plural para equal-weight (desempenho em linha com a média), indicando um novo preço-alvo para dezembro de 2014, de R$ 20,00.
Petrobras PN cai mesmo com possível reajuste
Do lado oposto, ganhou destaque as ações da Petrobras (PETR3, -2,19%, R$ 16,96; PETR4, -0,76%, R$ 18,36). Porém, durante a manhã, as ações preferenciais da companhia chegaram a registrar alta de 2,92%, a R$ 18,51.
As ações da companhia foram impulsionadas nesta sessão pela declaração da presidente Graça Foster ao jornal O Globo de que estão em estudo mudanças na política de reajuste de preços da gasolina. A ideia seria manter a premissa de não passar a volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno mas, ao mesmo tempo, tornar mais previsível a recomposição no médio prazo para se chegar à paridade entre a cotação dos preços no mercado interno e externo. Contudo, a presidente não definiu prazo para que a política se torne efetiva.
Possível saída de executivo da Telecom Italia mexe com a TIM
Outra ação que chegou a registrar forte alta, mas que não resistiu à queda generalizada do índice foi a TIM (TIMP3, -0,77%, R$ 10,28), que chegou a avançar 2,22%, a R$ 10,59 durante o pregão. O movimento ocorreu em meio a notícias da possível saída do executivo-chefe da Telecom Italia, Franco Bernabè.
De acordo com informações da Dow Jones, o executivo poderá renunciar ao cargo na reunião da diretoria da empresa marcada para a quinta-feira, dias depois de a espanhola Telefônica anunciar o plano de se tornar a maior acionista da companhia italiana. A expectativa é que isso aumenta a chance de algum negócio envolvendo a venda da TIM no Brasil.
Gol sobe após reiterar projeções de 2013
No mesmo sentido, as ações da Gol (GOLL4) não conseguiram sustentar a alta registrada nesta manhã e fecharam em queda. A empresa reiterou hoje sua posição de margem operacional em 2013. Na máxima da sessão, os papéis chegaram a subir 1,13%, a R$ 10,75, mas minimizaram o movimento positivo e fecharam com leve queda de 0,38%, cotados a R$ 10,59.
Segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta manhã, a companhia reforçou sua expectativa de atingir margem operacional, medida pelo Ebit, entre 1% e 3% este ano.
A empresa aumentou a projeção do dólar, que passou de R$ 2,08 a 2,18 para R$ 2,10 a R$ 2,20, assim como elevou o preço médio da querosene de aviação, que foi de R$ 2,30 a R$ 2,40 por litro para R$ 2,38 a R$ 2,48.
Brasil Plural inicia cobertura de Magnesita
Fora do Ibovespa, o destaque fica para o início de cobertura das ações da Magnesita (MAGG4) pelo Brasil Plural. A recomendação indicada é overweight (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 8,50.
Os papéis, entretanto, fecharam em queda de 1,25% nesta sessão, a R$ 6,30. Na mínima do dia, atingiram recuo de 3,13%, a R$ 6,18.
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