Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Veja o que mudou na tecnologia dos brinquedos desde a década de 1960

Novas técnicas e materiais permitiram dar mais funções aos brinquedos.
Confira a evolução de bonecas, bolas, carrinhos e outros presentes. 

 

O surgimento de novas técnicas e materiais permitiu que os brinquedos das crianças ganhassem novas funções e formatos da década de 1960 --quando o Dia das Crianças foi criado-- para cá.

O G1 selecionou cinco brinquedos que fazem sucesso com as crianças até hoje, mas já existiam na década de 1960: a boneca, a bola, os bichos de pelúcia, os autoramas e carrinhos e os blocos de montar.

O texto foi feito com a ajuda de Tatiana de Azevedo Camargo, do Museu dos Brinquedos de Belo Horizonte, e de Robério Esteves, diretor de Operações da M.Cassab, distribuidora oficial de Lego no Brasil.

Boneca - evolução dos brinquedos no Dia das Crianças (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fabricação e materiais
Na década de 1950, o plástico foi introduzido ao processo de modulação rotacional e um dos primeiros usos foi para fazer a cabeça de bonecas. Entre 1940 e 1950, surgiram novos materiais como o PVC e o plástico na fabricação das bonecas, que permitiam pintar o tom da pele e desenhar traços mais nítidos das bonecas.

Agora, as cabeças e membros são fabricadas por meio de rotomoldagem, um processo de moldagem para plásticos. A maior parte das bonecas produzidas em grande escala hoje em dia são feitas de vinil.

Variedade
A virada da metade do século XX marcou a história das bonecas com o surgimento da Barbie, lançada nos Estados Unidos em fevereiro de 1959. Até então, elas tinham feições infantis, mas a Barbie trouxe rosto e corpo de mulher ao brinquedo. Em 1962, foi lançada no Brasil a Susi, uma boneca com o corpo mais parecido com o da mulher brasileira. Somente a Barbie teve 14 modelos diferentes lançados entre 1959 e 1967.

Décadas depois, a Barbie já teve mais de 125 edições de carreiras diferentes e serviu de inspiração para 146 designers de moda. Em 2007, a Mattel lançou uma Barbie com um tocador de MP3 removível, seguindo a popularidade do iPod Shuffle. A empresa também criou o mundo virtual barbiegirls.com, para jovens garotas.

Mercado
De acordo com a Mattel, foram mais de 300 mil Barbies vendidas apenas em 1959. Agora, a linha é vendida em mais de 150 países –mais de 1 bilhão de bonecas do tipo foram vendias em todo o mundo. A Barbie enfrenta a concorrência de bonecas como a Susi (Estrela), as princesas da Disney (feitas pela própria Mattel) e as Bratz (MGA Entertainment Inc).

Bola - evolução dos brinquedos no Dia das Crianças (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fabricação e materiais
A bola usada na Copa do Mundo de 1958 era de couro e suas partes eram costuradas com a ajuda de cordões. Sob água, a bola ficava encharcada e mais pesada. Nos anos 1960 e 1970, elas começaram a ser impermeabilizadas.

Nos anos 1980, começaram a ser usados materiais sintéticos na fabricação das bolas. Nos anos 1990, já eram usados polímeros, deixando-as mais leves. As bolas mais modernas são feitas com revestimento de poliuretano sob dez camadas de poliestireno. As novas tecnologias permitem que os gomos da bola sejam unidos por ligação térmica, no lugar das costuras. (Veja como foi feita a bola usada na Copa de 2010)

Variedade
Nas décadas de 1950 e 1960 o couro ganhou popularidade diante da borracha, pela capacidade de manter melhor o seu formato.

Atualmente, além da evolução dos materiais sintéticos, as bolas incorporaram outras técnicas. Em 2006, por exemplo, a Fifa demonstrou uma bola de futebol com um chip incorporado, fabricada pela Adidas. A tecnologia permite que a bola envie um sinal de rádio após cruzar a linha do gol.

Mercado
Antes, a fabricação era praticamente artesanal: a Sherrin Kangaroo Brand, que fabrica bolas de futebol americano, fabricava de 600 a 800 bolas de couro por ano na década de 1960. Agora, o mercado está inundado por opções de marca de bola. No Brasil, por exemplo, são vendidas bolas de futebol de empresas como Penalty, Adidas, Puma, Topper e Nike.

Pelúcia- evolução dos brinquedos no Dia das Crianças (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fabricação e materiais
Os ursos de pelúcia eram feitos de almofadas sintéticas e olhos de plástico entre as décadas de 1950 e 1960. Os membros eram conectados ao corpo por hastes de metal e as articulações eram feitas de discos de madeira para permitir movimentos.

Com a evoução dos processos de fabricação, tornaram-se populares pelúcias feitas com fibras pelo efeito semelhante ao da pele dos ursos. São, em sua maioria, materiais sintéticos ou combinações de fibras. Um dos meios de produção citados pelo site MadeHow inclui o corte de padrões e o uso de trabalhadores em máquinas de costura.

Variedade
Inicialmente, a maioria dos bichos imitava animais, como os ursos. Agora, ganharam várias formas, como dinossauros, monstros e personagens de franquias de animação como a “Toy Story”. Existem também os que reagem aos estímulos de seus donos, como o cachorro Spock, da Candide, que interpreta as frases ditas pelas crianças e emite sons de resposta.

Mercado
As vendas de brinquedos tradicionais no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha cresceram 3,5% em 2010, segundo estudo do NPD Group EuroToys. A análise mostra que as vendas foram puxadas por bichos de pelúcia e blocos de montar.

Carrinho - evolução dos brinquedos no Dia das Crianças (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fabricação e materiais
As peças eram feitas de plástico. Nos Estados Unidos, uma das empresas responsáveis pela criação dos carrinhos era a Aurora Plastics Corporation, que usava o processo de moldagem por injeção para fazer os carrinhos.

Na linha Hot Wheels, um sistema automatizado reproduz o carro em uma escala de 1:64, a partir de modelos feitos pela empresa. Para a fabricação do carro, é utilizada uma combinação de zinco e alumínio.

Variedade
Em 1968, a Mattel criou a linha Hot Wheels, inicialmente desenhada para funcionar em um conjunto de faixas, como um autorama mesmo. O principal concorrente da Mattel era a Matchbox na época. Agora, existem réplicas de diversos carros, incluindo os usados em corridas como a Fórmula 1.

Mercados
Entre 1959 e 1963, a Aurora produziu 1 milhão e meio de carrinhos. Hoje, estima-se que a linha Hot Wheels, da Mattel, gere US$ 4,8 bilhões todos os anos.

Blocos de montar - evolução dos brinquedos no Dia das Crianças (Foto: Editoria de Arte/G1)

 

Fabricação e materiais
As peças eram feitas por processo de injeção de plástico, em máquinas automatizadas. Uma pessoa comandava duas máquinas na linha de produção, segundo Robério Esteves, diretor de operações da M.Cassab, a distribuidora do Lego no Brasil. O material usado para a fabricação dos blocos é o plástico ABS, que, segundo Esteves, garante mais precisão no encaixe das peças de Lego. “Qualquer peça produzida hoje pela Lego pode ser encaixada em qualquer uma produzida na década de 1960”, conta Esteves.

Agora, o processo está totalmente robotizado, com a produção de 68 mil peças de montar por minuto, e ocorre em quatro fábricas localizadas na Dinamarca, na República Checa, na Hungria e no México. Os blocos ainda são feitos com o plástico ABS.

Variedade
A empresa produzia somente os blocos de montar, as peças básicas em foram de tijolinhos que conhecemos hoje em dia. Eram poucos os elementos diferenciados, como portas, janelas e rodas.

Com os anos, a empresa deixou de produzir apenas os blocos de montar para criar elementos curvos, engrenagens e minifiguras, como os bonequinhos Lego. Hoje, são mais de 4 mil tipos de peça em 58 diferentes cores. Além disso, os blocos ganharam funções extra como motores, sensores de luz e tecnologia Bluetooth para conexão sem fio com aparelhos eletrônicos

Mercado
Em meados da década de 1960, a distribuição da Lego chegava a 42 países. Agora, são 140 países.

Fonte:|http://g1.globo.com/dia-das-criancas/2011/noticia/2011/10/veja-o-qu...

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