Venda de acessórios com imagem de maconha divide opiniões

[Romildo de Paula Leite]

Assunto é muito debatido pela Justiça e pela sociedade.
Análise é dividida entre apologia ao crime e liberdade de expressão.

Acessórios e roupas com a imagem da planta da maconha são vendidos livremente em Campo Grande. Entretanto, há quem analise o caso como apologia ao crime e há quem acredite que seja apenas liberdade de expressão, conforme mostrou reportagem do Bom Dia MS desta terça-feira (27).

Em alguns comércios populares na capital sul-mato-grossense, as roupas e acessórios com a estampa da 'folha' tem destaque no espaço, mas esse uso é considerado liberdade de expressão. As pessoas são livres para usarem o que bem entendem, desde que não haja mensagens diretas que incentivem o consumo ou o tráfico.

A liberdade de expressão também pode estar caracterizada em movimentos sociais. O Supremo Tribunal Federal (STF) permite, por exemplo, a marcha da maconha que tem a intenção de pedir a descriminalização da droga.

O promotor da Infância e Juventude Sérgio Harfouche, que também é presidente do Conselho Estadual Antidrogas, considera que toda a forma de manifestação a favor da maconha acaba dificultando o trabalho de conscientização contra os entorpecentes.

Divulgar fotos ou imagens consumindo droga afirmando que a mesma será legaliza ou mesmo que é benéfico ou de fotos de traficantes é considerado apologia, segundo Sérgio Harfouche. Como aconteceu em 2013 em Campo Grande. Quando adultos e adolescentes foram parar na delegacia após publicarem em redes sociais fotos fumando ao lado de tabletes da droga. O crime prevê detenção de três a seis meses, como é de menor potencial ofensivo pode ser convertido em trabalhos sociais.

Para a socióloga Valéria Mont' Serrat, o uso de roupas e acessórios acaba influenciando outras pessoas e muitas vezes o comportamento traz uma mensagem que precisa ser entendida pela sociedade.

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/01/venda-de-ace...