Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

Qualquer pessoa que tenha vivido ou estudado os anos 60, com certeza já ouviu o nome de Pierre Cardin. O célebre estilista e costureiro ficou famoso na década de 60, principalmente pelo seu estilo de vanguarda e por trabalhos inspirados na Era Espacial, com modelagens geométricas e futuristas. Ao lado de Paco Rabanne e André Courrèges, ele formou a "tríplice aliança" do futurismo na moda.

    

                As modelagens geométricas e o estilo futurista de Pierre nos anos 60. @Reprodução

   

   O vestido-bolha, uma de suas criações mais icônicas da história da Moda do séc. XX. @Reprodução

O gênio criativo de Cardin, associado à sua capacidade empresarial, tornou-o uma lenda na indústria da moda em pouco tempo. E agora, 60 anos depois do seu primeiro desfile, Pierre, aos 91 anos, apresentou, na terça-feira (26), a sua última coleção “Maxim’s à Noite”, no seu restaurante Maxim’s, em Paris, inspirada nos “momentos bons de festa”. Ele disse que adoraria imaginar pessoas felizes, dançando em uma festa com as suas peças. E engana-se quem acha que ele vai parar por aí. O costureiro disse aos tabloides, após o desfile, que não pretendia parar agora. “Já fui o mais jovem costureiro. Hoje, sou o mais velho”, diz. Antes de tudo, o que mais lhe dá prazer é o trabalho. “O trabalho é minha vida, minha felicidade. Enquanto puder, trabalharei”, completa.

   O estilista Pierre Cardin, 91, que apresentou sua nova coleção na França nesta terça-feira (26)

                                         O estilista hoje, aos 91 anos. @Reprodução

Na passarela, a coleção foi apresentada com uma diversidade enorme de ideias, inclusive de formas fluídas, mas sem deixar de lado o conceito futurista e geométrico, marca registrada do estilista.  Foram, ao todo, 90 modelos femininos, que passearam entre vestidos de coquetel aos de festa, pretos ou em cores vivas, com bordados, strass ou paetês, mas nada muito apertado na cintura ou modelagens estruturalmente complicadas. Os 40 trajes masculinos apresentaram blazers estruturados, equilibrados com calças amplas e uma diversidade de cores e brilho.

    

    

    

Em entrevista ao portal WWD, Pierre comenta sobre a sua necessidade de liberdade criativa. “Fiz desfiles por 60 anos da minha vida, e agora quero ser independente, para apresentar quando eu quiser. Não quero mais ter obrigações”, disse. E revelou ainda que gostaria de voltar a comercializar as suas roupas com a assinatura da grife que leva o seu nome.

Desde o seu último desfile apresentado em Paris, em 1997, Pierre ainda criou uma coleção de prêt-a-porter em 2011, e desde então apresentava em diversos países como Brasil, Japão e China. Para ele, ver a coleção inteira sendo feita em seus ateliers, foi uma alegria sem igual.

    

Em tempos como o que vivemos hoje, escolher uma carreira que realmente seja o que se ama, é essencial para uma vida feliz e satisfatória. Pierre é apenas um dos milhares de exemplos de que devemos fazer o que realmente amamos para nos sentirmos felizes até o dia em que não pudermos mais trabalhar, pra só aí pararmos porque não havia escolha. Como diria Confúcio: “Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”.

   

                                                 Pierre em 1978. @Reprodução

http://www.profissaomoda.com.br/materias/2013/12/voce-faz-o-que-ama

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