Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Para Amnon Armoni, é muito raro encontrar estilistas empreendedores. A maioria dos criativos conta com um braço direito voltado para a gestão do negócio

Desfile de Alexandre Herchcovitch no SPFW 2011

Desfile de Alexandre Herchcovitch no SPFW 2011: gestores e estilistas se complementam

 

 

São Paulo – Durante esta semana, o São Paulo Fashion Week ocupou o noticiário com peças de Gloria Coelho, Alexandre Herchcovitch e Reinaldo Lourenço. Aos poucos o Brasil se consolida no cenário mundial de moda com badaladas semanas de desfiles e gênios criativos que levam o país para o mundo. “No Brasil, o criativo que começa do zero é um pouco empreendedor, mas com o tempo delega a gestão a alguém”, opina o professor de moda da FAAP Amnon Armoni.

Com experiência em grifes como Ellus e em institutos de moda em Nova Yokr, Paris e São Paulo, Armoni acredita que falta estimular o empreendedorismo tanto no campo profissional quanto nas escolas de moda. “Na Inglaterra, por exemplo, temos a semana de moda e depois as escolas tem a chance de mostrar suas criações, com a presença de personalidades. Tem um prestígio e um interesse grande em ter esse evento”, diz Armoni.

Durante os eventos brasileiros, como o SPFW, é difícil encontrar pequenos ateliês ou marcas independentes. “Esses desfiles são patrocinados, custam mais de 100 mil reais. Para os pequenos, é quase impossível conseguir investir isso”, conta o professor. Para ele, a solução pode estar na parceira com redes de varejo. “Elas deveriam ser as financiadoras desse movimento de novos talentos”, explica.

 

 

Cadê os empreendedores?
Muitas marcas consolidadas no mercado, como Gucci e Armani, são reconhecidas pela inovação e pioneirismo. Mas seus mestres artísticos não são os responsáveis pelo desenvolvimento dessas marcas como negócios milionários. “Na história da moda, sempre tivemos uma dupla entre gestão e moda. Yves saint Laurent não conseguiria sem Pierre Bergé”, opina.

Esse relacionamento separado entre gestor e criador dificultou o desenvolvimento do empreendedorismo nos novos estilistas. “A moda não existe sem gestão e precisa fazer dinheiro para se diferenciar das artes plásticas”, diz Armoni. Para isso, o professor ressalta que falta um esforço das escolas em criar mais do que estilistas e também de investidores, em criar fundos e apoiar a gestão desses negócios. “A moda é a administração do paradoxo entre criação e gestão”, justifica.

 

 

FONTE: EXAME 

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Armoni, realmente sofremos com isso no Brasil, assim como os impostos e outros custos e depreciações que existe no mercado têxtil, não temos oportunidades para o novo empreendedor, trazer ao mercado de moda, no qual a rotatividade e diferencial é exigido cada vez mais e o consumidor cada vez mais ligado e informado, acredito que dar oportunidades a novos empreendedores para expor ao publico novas idéias é trazer para o Brasil os olhos Internacionais de investimentos neste setor.

Fico indignada, como sendo o segundo maior empregador, o setor têxtil não temos incentivos de governo e cada vez mais o produto chinês ganha mercado acabando com a Indústria nacional e conseqüentemente ocorrendo um desincentivo dos próprios grandes varejistas investirem neste tipo de negócio; já que em alguns varejistas o produto importado representa 40% da compra.

Relato mais atenção em uma reunião há uns 3 anos atrás em uma Grande rede de varejo de moda, onde eles trabalham em um projeto de ensinar uma profissão aos jovens e as mães solteiras, projeto muito interessante, mas que me causou uma indignação foi de que uma empresa com o poder de mercado e com conhecimento de escassez de mão de obra de costureiras, piloteira, cortador e outras; investiam na formação de pessoas voltadas para a indústria de construção civil.

Como podemos acreditar que estes darão incentivos ao novos empreendedores??????

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