Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Medidas do governo dão folegozinho ao setor têxtil, afirma Macris

Macris em recente defesa do setor têxtil no plenário da Câmara dos Deputados

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB) afirmou que a diminuição dos encargos da folha de pagamento dos trabalhadores do setor de confecções vai dar um "foleguizinho" ao setor. O impacto foi avaliado em reunião realizada anteontem com o Sindicato da Indústria Têxtil. O comentário foi feito no Jornal da Notícia de ontem, sob o comando de Walter Bartels.

O objetivo foi avaliar as medidas do governo nesse pacote chamado de "Brasil Maior" que incluiu finalmente o setor têxtil, considerado um setor prioritário para o governo, do ponto de vista de preservar a grande massa de trabalhadores brasileiros, comentou Macris. São 1,6 milhão de brasileiros que trabalham nesse setor. É a segunda maior indústria que emprega mão de obra do Brasil, porque, na confecção, cada máquina representa um emprego.

Aliás, esta era uma reivindicação do setor. Tanto que integrantes da Comissão Parlamentar em Defesa da Indústria Têxtil da Câmara dos Deputados se reuniu com o ministro da Fazenda Guido Mantega há 20 dias para pedir a desoneração da folha. Macris é coordenador da Frente de São Paulo. E o pedido foi atendido.

DEMISSÕES

O grupo pediu para incluir as medidas no pacote para atender o setor de confecção, que é a ponta da cadeia produtiva, para favorecer a competividade com os produtores chineses. Essa reclamação era feita há quase dez anos e, agora, o governo percebeu que o volume de empregos está caindo. Na região, 400 trabalhadores estavam sendo demitidos por conta da concorrência desleal com os chineses.

Esta é a fase de avaliação. O deputado destacou que a medida não é suficiente ainda, mas vai na direção correta. A folha de pagamentos deve ser diminuída. Agora, os deputados, entre os quais Macris, vão montar grupos de trabalho para acompanhamento de cada projeto a ser enviado pelo governo Federal que vai chegar na Câmara Federal.

A partir da semana que vem, os deputados começarão a pensar nas emendas a ser apresentadas aos projetos enviados pelo governo, entre os quais aqueles que beneficiam as confecções. Macris afirmou que as medidas não afetam o câmbio e os juros que estão muito altos e não compensam as altas dos últimos tempos.

QUEDA

A avaliação feita na reunião de anteontem foi que o setor têxtil apresentou uma queda de 16% em relação a julho do ano passado. E o Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados) do Ministério do Trabalho e do Emprego aponta para um desemprego líquido no setor têxtil.

"Então, essa medida veio dar um folegozinho para poder o setor se organizar e tentar se proteger", afirmou o parlamentar tucano. A implantação das medidas é mais demorada. O tucano disse que os deputados tentarão apressar a tramitação dos projetos para que o  setor possa manter a estrutura e empregos e evitar que exporte empregos para a China e haja retorno de produtos acabados para o Brasil.

"No primeiro momento pode estar muito bonito, muito barato, etc, mas depois não vamos ter emprego para poder comprar as mercadorias. Então é essa a preocupação que está tendo aqui na nossa Frente Parlamentar", arremata o deputado.

Fonte:|http://www.walterbartels.com/noticia/entrevista/415/5-8-2011-medida...

Exibições: 181

Responder esta

Respostas a este tópico

É engraçado....

Baseando-se no último parágrafo dessa reportagem (na fala do Dep. Macris), já que o governo não explica à população de que a industria é responsável, diretamente, pela maior fonte de distribuição de rendas no país; e que, uma vez que as industrias fechem as suas portas, a maior parte dos empregos se acabam e, consequentemente, a geração de renda (se não há emprego, não há renda e, tampouco, consumo e comércio. Uma vez que diminuir o comércio, diminuirá o emprego do setor comerciário), porque os nossos representantes sindicais não muda o foco das reclamações sobre os produtos importados, ou seja, porque eles, ao invés de focarem o problema dos custos dos produtos brasileiros (custo brasil) face aos produtos asiáticos, passem a esclarecer à população sobre o efeito que a massificação das importações gerará sobre a produção de renda no país?

O povo tem que aprender coisas básicas sobre a economia, e esse tipo de esclarecimento à população é fundamental para que se crie um sentimento de valoração do produto nacional.

Uma coisa que  ache engraçado é que as empresas do setor comercial, aliada ao setor bancário, ensino o povo a gastar (haja visto a massificação da propaganda das grandes lojas de varejo e dos bancos), porém não se tem um órgão onde se ensina a população "como gastar", à fim de não se endividar (como maximizar seu ganho-salário).

 

Não se consegui ser claro...

 

Abraços e ótimo final de semana à todos...

 

Edson Machado

 

 

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço