91,6% das peças comercializadas têm origem nacional.
A afirmativa de que este será o “Natal das roupas importadas” está fora da realidade nacional de acordo com a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que representa as grandes redes do setor. O varejo como um todo comercializa 91,6% das roupas produzidas no País (dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial - IEMI). Portanto, a venda de artigos de vestuário importados hoje não ultrapassa a marca de 10%
É a produção nacional que garante os estoques e o rápido atendimento às demandas do varejo, bastante influenciado por tendências geradas pelos meios de comunicação e pelo fast fashion.
Prova disso são as perspectivas de faturamento da indústria em 2011. Ainda segundo pesquisa independente do Iemi, o faturamento da indústria deve fechar com alta de 5,7% – passará de R$ 82,7 bilhões, em 2010, para R$ 87,4 bilhões. A escala ascendente do faturamento da indústria de confecções é registrada todos os anos, conforme a tabela abaixo.
Já o varejo de vestuário brasileiro, que inclui não apenas as grandes redes mas todos os varejistas do País, deverá ter crescimento de 13,8% das vendas para este ano, atingindo o faturamento de R$ 148,6 bilhões. De 2005 a 2010, descontada a inflação, houve aumento de 40% no faturamento. A estimativa foi elaborada pelo Iemi.
[* estimativas| Fonte: IEMI.
A ABVTEX reitera que os problemas de ordem estrutural da cadeia têxtil sejam resolvidos a partir de um diálogo amplo e do estabelecimento de um novo ambiente de negócios. Criatividade e proatividade são palavras de ordem neste cenário. A fabricante de camisas Dudalina, de Blumenau, é um bom exemplo. Em um ambiente altamente competitivo, ampliou o seu mix de produtos, entrando no segmento feminino e ampliou sua rede de lojas. Dessa forma, a empresa obtém êxito ao atender às necessidades do consumidor.
Vários são os desafios que se colocam diante da indústria de confecção brasileira. Dentre eles, na visão da ABVTEX, destacam-se a luta por uma reforma tributária que desonere o setor e o torne mais competitivo; a elevadíssima taxa de juros que inibe investimentos necessários à modernização do parque industrial e limita o crescimento da produção; a necessidade premente de investimento em capacitação da gestão e mão de obra; e investimentos no desenvolvimento de infraestrutura para movimentação de mercadorias.
A entidade defende que o desenvolvimento e fortalecimento da indústria têxtil brasileira, a quarta maior do mundo, passam pela realização das reformas necessárias que garantam sua competição com o mercado internacional.
“Todos os agentes da cadeia têxtil podem e devem contribuir para um repensar estratégico do segmento, assumindo sua responsabilidade, buscando as reformas necessárias para o desenvolvimento e atendimento do mercado consumidor em ascensão”, reitera a entidade.
FONTE: PORTAL FATOR
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Entendo que o mais importante seja a isonomia com todos os componentes da cadeia têxtil brasileira. Uma barraca de praia sem o tratamento UV não pode ser aceita.
Uau !!!! Finalmente parece-me que a ABVTEX hasteou a bandeira branca, o que considero louvável para o bem da cadeia textil, afinal precisamos unir todos os segmentos e juntamente com o Governo Federal buscar soluções e caminhos para o crescimento e nosso futuro. As dificuldades existem, todos sabemos e conhecemos, no entanto somente a união de todas as forças poderão supera-las. Em tempo, sou discordante dos numeros apresentados, haja vista que ao passarmos por qualquer loja e conferirmos as etiquetas veremos uma infinidade de artigos made in "ASIA", ou então as etiquetas foram substituidas por "nacionais", o que explica a forte demanda por etiquetas nos meses anteriores, enquanto as confecções estavam praticamente paradas ou fechando as portas....
Não boto a menor fé na veracidade dos números apresentados.
Menos que 10% provocando essa devastação toda??? Não pode ser.
Não tenho a menor dúvida de que os importadores estão comemorando muito, enquanto a grande maioria dos produtores nacionais, que são pequenas confecções, passarão o reveillon a base de água pois certamente não sobrará grana para comprar champagne. Não soltarão fogos de artifícios. Muito pelo contrário. Passarão a luz de velas orando para que 2012 seja muito melhor que esse ano.
Que a Dudalina é uma empresa fantástica não tenho a menor dúvida e fico feliz que seja brasileira e esteja estendendo seus negócios para o exterior.
Agora, quantos % da população brasileira tem condições de pagar R$ 250,00 por uma camisa ??? Uns 3 ou 4% ??? Não estou questionando o valor da camisa dela, pois refere-se a um produto de alto valor agregado. Estou falando de capacidade financeira da população em geral.
Ainda assim concordo que temos que melhorar nossos produtos. Isso é essencial para a continuidade da nossa cadeia.
Bom final de semana a todos!!!
Os números mascaram a verdade. Empresas brasileiras estão importando produtos da China com a sua própria etiqueta. Casos Hering, Marisol, entre outras.
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