Sozzani afirmou que a indústria da moda tem uma dependência de imagens que enaltecem a magreza extrema
Editora da revista afirmou que a indústria da moda tem uma dependência de imagens que enaltecem a magreza extrema
Após citar esses fatores, a editora falou a respeito da dependência da indústria da moda por imagens que glorificam a magreza extrema, excluindo a aparição de “outros corpos”, considerados mais saudáveis.
“Uma das razões pelas quais uma menina começa uma dieta muito rigorosa é a necessidade de corresponder a um padrão estético que recompensa a magreza, ainda que em seus excessos. De acordo com diversos psiquiatras, a atual inclinação para chegar a um padrão de beleza feminina, que exalta a magreza, traz consequências devastadoras para os hábitos alimentares de muitos adolescentes”, afirmou Sozzani.
Ainda durante seu discurso, Sozzani protestou contra sites que incentivam e orientam meninas a desenvolverem anorexia e bulimia para perderem peso e se encaixarem nos considerados padrões de beleza atuais.
Apesar das críticas que fez à indústria da moda em geral, a editora não fez menção em nenhum momento ao papel que a revista exerce neste segmento. Ao invés disso, Sozzani afirmou que a Vogue italiana lançará um especial dedicado à saúde.
O especial, segundo Sozzani, trará mulheres com “curvas e não curvilíneas”. No entanto, para que a plateia de Harvard entendesse corretamente seu recado a editora explicou que o especial trará mulheres “saudáveis” e que quando ela diz “mulheres com curvas”, não quer dizer “gordas”.
Por fim, Sozzani criticou também o uso de modelos cada vez mais jovens pela indústria da moda. Segundo ela, muitas meninas ainda nem desenvolveram seus corpos e já estão aparecendo em editoriais e anúncios.
“Por que a idade das modelos, que eram lindas e femininas, lentamente começou a diminuir? Agora temos adolescentes que ainda não se desenvolveram e não tem nenhum sinal de curvas nos corpos”, questionou a editora.
Proibição em Israel
Em março, Israel aprovou uma legislação que proíbe a participação de modelos muito magras em anúncios publicitários vinculados no país. Segundo o governo israelense, o objetivo da medida é erradicar a anorexia e outros distúrbios alimentares entre mulheres e crianças.
“Nós queremos quebrar a ilusão de que a modelo que nós vemos é real”, afirmou Liad Gil-Har, advogado assistente da idealizadora da lei, Dra. Rachel Adato, em referência ao uso exagerado de programas de edição nas fotos das modelos para torná-las ainda mais magras.
A medida impede que modelos com IMC (Índice de Massa Corpórea) abaixo de 18,5 participem de campanhas do país. Para isso, as modelos terão de apresentar um relatório médico de no mínimo três meses em cada sessão de fotos, para provar que não sofrem de distúrbios alimentares.
“Se de um lado talvez iremos ferir algumas modelos, do outro lado iremos salvar muitas crianças”, afirmou Adato. Cerca de 2% das meninas israelenses entre 14 e 18 anos têm algum tipo de distúrbio alimentar.
Fonte:|http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/20956/editora+da+vog...
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As revistas de moda, são as fontes de padrões de beleza. Nossa moda deve refletir o estilo da mulher brasileira, ou uma mulher de verdade. E não um cabide com pernas. Pois a juventude é extremamente influenciada por estes padrões que poem em risco a saúde e compromente o desenvolvimento do corpo e da mente for falta de alimentação. Mesmo eu sendo ligado basicamente a área da engenharia. Vejo o meu compromisso de opinar por uma questão de saúde das pessoas que embarcam em um padrão que pode levar a um problema gravissimo de anorexia que pode levar a morte.
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