Sobre o Relatório “Faculdade Senai-Cetiqt PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – 2010/2014 , Rio de janeiro 2011 SENAI-CNI ( disponível na internet) .
COMENTÁRIOS: Foi o então ETIQT que mudou o SENAI, mais particularmente por ter sido o primeiro Centro de Tecnologia do sistema. Cito:
“em 26 de outubro de 1979, quando a ETIQT completava trinta anos e já formara 1.300 técnicos, o ato normativo lavrado pelo Conselho Nacional do SENAI – resolução nº 114 mudou de forma marcante a designação e o papel da instituição. Por este ato, a ETIQT transformou-se no 1º Centro Tecnológico do Sistema SENAI: Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT), uma entidade dinâmica, com objetivos amplos e ações bem definidas, mantendo como foco central e principal atividade fim, o Ensino, núcleo irradiador de suas ações.”
Hoje o SENAI tem inúmeros Centros de Tecnologia , e certamente o modelo foi gerado a partir do então ETIQT, durante a gestão do Professor Luiz Gonzaga Lopes, partir de 1978, tendo eu tido o privilégio de assessorar toda esta transformação de 1978 até 1981, quando eu ( turma de ETIQT de 1961) trabalhei no ETIQT-CETIQT primeiro como assessor, e em regime permanente ( 1981 -1983), como Diretor de Pesquisa e Ensino de Terceiro Grau, quando implantamos dois Cursos de Especialização, e iniciamos pesquisas , como por exemplo no caso do algodão pegajoso, algodão avermelhado, e estrutura de fibras desenvolvida pelo IAC, para relacionar a estrutura com a resistência ( baixa) da fibra. Entre 78 e 81 , nos reuníamos com toda a Diretoria, para traçar os planos de implantação do CETIQT. Sem falsa modéstia, isso saiu de nossa cabeça, cabendo ao SENAI o mérito de permitir que este trabalho criativo chegasse a um conclusão vitoriosa. Vários professores foram enviados para a North Carolina State University , onde fiz química têxtil, PhD em engenharia química,e trabalhei como pesquisador ( 1968 a 1977). Três destes que forma para a NCSU completaram a pós : dois mestres e um doutor, tendo restante recebido treinamento.
Ouso dizer que não foi o SENAI que “criou” o CETIQT Foi o CETIQT que criou um NOVO SENAI, pois a implantação de Centros de Tecnologia expandiu de forma radical o alcance dos serviços da instituição. O CETIQT foi o primeiro centro.
Isto posto, o artigo do SENAI-CNI recheado de elogios e reconhecimento no relatório SENAI-CETIQT, contrasta com a abrupta intervenção no sistema, com demissão de vários professores e remoção do cargo de profissionais sem nenhum envolvimento político, experts de reconhecida capacidade, com significativa contribuição para o sistema nacional de ciência e inovação. O ambiente gerado , sem que se saiba a que veio esta intervenção, não é propício a inovação ,e se algo reflete, é a incapacidade do sistema SENAI (mantido pelos trabalhadores) de reconhecer o ambiente em que a inovação pode florescer. Como o nosso sistema está repleto e empresários mal sucedidos, muitas vezes sem culpa própria, mas em função das difíceis condições impostas aos empresários, é preciso que eles aprendam que escola não é fábrica onde os empregados pagam pelos erros do governo ou dos donos de fábrica. Sem dignidade não há inovação. Para haver inovação de fato no sistema o SENAI tem que refletir sobre a sua gestão,respeitando os princípios da democracia quando se trata de educação.
Trechos do Relatório estão abaixo:
O material abaixo foi copiado do relatório “Faculdade Senai-Cetiqt PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – 2010/2014 , Rio de janeiro 2011 SENAI-CNI ( disponível na internet)
Elaboração
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – 2010/2014
ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DO SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional do SENAI
Rafael Lucchesi
Diretor Geral do Departamento Nacional
Conselho Técnico-Administrativo do senai-cetiqt
Aguinaldo Diniz Filho
Presidente
Conselheiros:
Antonio Carlos Dias
João Batista Gomes Lima
José Francisco Veloso Ribeiro
Leonardo Garcia Teixeira Mendes
Luiz Augusto Barreto Rocha
Luiz Augusto Caldas Pereira
Maria Lúcia Paulino Telles
Pierangelo Rossetti
Rolf Dieter Bückmann
ADMINISTRAÇÃO DO SENAI-CETIQT
Alexandre Figueira Rodrigues
Diretor Geral
Renato Teixeira da Cunha
Diretor de Educação e Tecnologia
Dácio Lara de Lima
Diretor de Operações
Citações
“O SENAI foi criado em 1942, por iniciativa do empresariado brasileiro. Hoje, um dos mais importantes órgãos de geração e difusão de conhecimento aplicado ao desenvolvimento industrial. Como parte integrante do Sistema Confederação Nacional da Indústria – CNI – e Federações das Indústrias dos Estados, o SENAI apóia
28 (vinte e oito) áreas industriais através da formação de recursos humanos e da prestação de serviços na forma de assistência ao setor produtivo, consultoria, serviços de laboratório, pesquisa aplicada e informação tecnológica.”
“O CETIQT – Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil, originalmente denominado de Escola Técnica Federal da Indústria Química e Têxtil – ETFIQT, foi criado sob o Decreto-Lei 5.222 de 23/01/43, tendo o SENAI como idealizador, mantenedor e seu primeiro administrador. Em meados de 1947, o então Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Dr°. Euvaldo Lodi iniciou a construção das instalações da então ETFIQT. Naquela ocasião, foram selecionados e enviados engenheiros e químicos a universidades dos Estados Unidos para cursos de especialização e pós-graduação na área têxtil. Esse grupo retornou dois anos depois para compor o corpo docente da ETFIQT que, em março de 1949, ofereceu o primeiro Curso Técnico na formação de recursos humanos para a indústria têxtil do país, reunindo muitas das características dos cursos de nível superior das Escolas Têxteis americanas e européias. No início da década de 60, a Escola passou a se chamar ETIQT: Escola Técnica da Indústria Química e Têxtil. A partir de 1969, por resolução do Conselho Nacional do SENAI, ganhou autonomia didático pedagógica, administrativa e financeira, através da criação do Conselho Técnico Administrativo – CTA, seu órgão consultivo maior. Em pouco tempo, a ETIQT constituiu-se referência das indústrias têxteis brasileiras para a qualificação de profissionais.”
“Dinâmica e atenta às exigências do mercado, a ETIQT lançou, em 1975, em convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, o Curso de Engenharia Operacional Têxtil. Na mesma década, criou três especializações para a formação do técnico têxtil e passou a desenvolver atividades nas áreas de assistência técnica, informação têxtil e pesquisa aplicada. A excelência desses serviços foi rapidamente reconhecida e, em 26 de outubro de 1979, quando a ETIQT completava trinta anos e já formara 1.300 técnicos, o ato normativo lavrado pelo Conselho Nacional do SENAI – resolução nº 114 mudou de forma marcante a designação e o papel da instituição. Por este ato, a ETIQT transformou-se no 1º Centro Tecnológico do Sistema SENAI: Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT), uma entidade dinâmica, com objetivos amplos e ações bem definidas, mantendo como foco central e principal atividade fim, o Ensino, núcleo irradiador de suas ações.”
“Atualmente, o SENAI/CETIQT, Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil, é o principal centro formador de recursos humanos para a Cadeia de Valor Têxtil e de Confecção Nacional e um dos mais destacados do mundo. A infraestrutura física e tecnológica é seu mais importante diferencial: instalado em uma área de 50.000 m2 no bairro do Riachuelo, dispõe de plantas-piloto, Rede Integrada de Laboratórios (RIL),
Instituto de Design (ID), Instituto da Cor (IC), Instituto de Prospecção Tecnológica e Mercadológica (IPTM), ARTêxtil – A Casa da Inclusão Social, e acomodações confortáveis, envolvendo salas de aula, salas de estudo, biblioteca, auditórios, laboratórios de informática, laboratórios específicos, refeitórios, cantina, alojamento
feminino e alojamento masculino, parque esportivo completo e demais instalações, típicas de um centro de estudo e pesquisa”.
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PREZADO EDSON,
SABEMOS QUE O CETIQT É OBJETO DE COBIÇA DE POLÍTICOS APROVEITADORES E IRRESPONSAVEIS MAS QUALQUER LUTA PELA SOBREVIVENCIA E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO CETIQT É VÁLIDA E DEVEMOS ENGAJAR TODOS NELA.
CONSIDERO QUE É UMA DAS POUCAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE CONTINUA CONFIÁVEL EM TODO O BRASIL E A INDUSTRIA TEXTIL BRASILEIRA, APEZAR DE MUITOS ACHAREM QUE ESTÁ MORTA E ENTERRADA PELOS CHINESES AMIGOS DOS "HOMENS", AINDA É A ÚNICA ESCOLA DE BOM NÍVEL PARA ATENDER A DEMANDA DESSA INDUSTRIA.
TEMOS QUE LUTAR ATÉ O FIM PARA O CETIQT NÃO SER TOMADO POR APROVEITADORES INCAPAZES QUE PENSAM EM FAZER DO CETIQT UM TRAMPOLIM POLÍTICO "DE ESQUERDA" .....
VAMOS TODOS...VAMOS SALVAR O CETIQT...
É...a estratégia é seguir a " grana" e os apátridas que vendem o Brasil
Prezado Prof. Edison Bittencourt
Eu não vou lhe trata-lo como colega, fiquei restrito ao piso de fábrica, caminhei muito como o Sr., ainda que nossas trajetórias terem sido bem diferentes, chegamos a lugar semelhante – o ostracismo.
Suas venturas foram fascinantes e lhe proporcionaram grande orgulho; pode-se ver pelos relatos que insistentemente faz questão de registrar. Eu acredito em tudo que o Sr. diz; acredito que foi um grande acadêmico, cioso de suas responsabilidades, confiante em suas convicções, perseverante e estudioso. Envidou todos os seus esforços para que o seu conhecimento e experiência fossem transferidos aos que o sucederam. Não conheço, perfeitamente o seu trabalho na ETIQT, meu tempo foi anterior à sua passagem como professor. Cheguei à Escola em 1970, período, portanto, antecedente ao seu. Trabalhei como monitor na Superintendência de Ensino com o queridíssimo Prof. Gonzaga, uma figura mitológica a quem eu não canso de referenciar a memória.
Como aluno, tenho certeza, me formei numa Escola exemplar, das mais evoluídas de sua época, estruturada conforme as melhores existentes no mundo.
Alguns outros cursos de aperfeiçoamento, assim como grandes colegas mais experientes ensinaram-me e deram a capacitação para exercer a função de gerente industrial em grandes empresas por mais de 25 anos. Meu tempo total de trabalho, descartados os estágios durante o curso foi de mais de 38 anos, ininterruptos, sem nunca ficar desempregado um só dia.
Desenvolvi grandes trabalhos, desde aumento de produtividade, implantação de sistema de qualidade, produtos e processos. Vários artigos ainda estão sendo produzidos, frutos desses desenvolvimentos. Há tecidos que venderam milhares de metros e as coleções ainda são utilizadas por confecções que ocupam o lugar de elite no mercado, as chamadas “boutiques”. Na área de meio ambiente, recursos humanos, manutenção, etc., etc. tive igual sucesso.
Fui um técnico absolutamente dedicado, profissional ético, leal às empresas em que trabalhei; honesto, respeitado nas empresas pelos proprietários e seus colaboradores. Tive uma visão moderna de administrar, onde o custo, a qualidade e a produtividade eram elementos fundamentais para consecução do objetivo precípuo de um negócio, isto é, o lucro.
Nunca desprezei a importância dos colaboradores, investi na educação, treinamento e capacitação dos diversos níveis, isto é, de operadores e chefias para que os resultados fossem atingidos conscientemente por todos.
O que tenho hoje foi fruto do meu trabalho, nunca me beneficie de nada além do que representaram os meus salários.
Além disso, por esforço, prossegui minha formação humana, conciliando trabalho e estudo, sou um pesquisador contumaz. Aprecio a filosofia, escrevo meus versos, me orgulho das amizades importantes que conquistei e que contribuíram, sobremaneira, para o meu amadurecimento.
Eduquei meus filhos, todos bem formados, profissionais de alto nível.
E daí.
Tudo passou, o que sei é que agora:
Estou, tonto
Tonto de tanto de dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto.
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantaria dela.
Fiquemos nisto, estou tonto.
Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
...O que sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelados na parede .
(Álvaro de Campos – F. Pessoa)
Caro Prof. Edison, os tempos mudaram só a gente não mudou.
Produza seus trabalhos, publique-os aqui ou em outro lugar que julgar conveniente, auxilie os que ainda não sabem, mas não se esqueça:
Fábrica muda, a “minha mesa” mudou de lugar, os meus quadros foram descartados, minhas planilhas foram aposentadas, meu computador foi substituído. Ficou somente a minha história que ninguém quer conhecer, estou velho, tenho 59 anos.
Desculpe-me por alongar demasiado.
Como me ensinou o caro Ingo: Afetuoso abraço,
José Carlos Dias
Bom dia José Dias
Eu me formei no ETIQT em 1961- fui aluno do Professor Gonzaga ( tecelagem) . Comecei minha carreira em Janeiro de 62, fazendo estágio na Nova América , para onde me convidou o Professor Daltro, na área de tecelagem, por 6 meses.Em seguida fui para a Sudamtex onde fiquei até , creio que Abril de 1968.Na Sudamtex convivi de novo com o Professor Gonzaga, que era Diretor de Treinamento. Creio que maioria dos técnicos da Sudamtex era do ETIQT. Daí peguei minha indenização, vendi meu Fusca, e fui estudar na Carolina do Norte, onde me mantive às minhas custas, pagando meu próprio estudo. Na Sudamtex trabalhei no laboratório químico, onde aprendi muito,e pude participar do desenvolvimento de produtos que cabaram dando vida a uma grande empresa brasileira de auxiliares químicos para o setor têxtil. 59 anos é velho? Não acho. Eu tenho 70 e continuo trabalhando e aprendendo muito. Eu exponho minha experiência neste espaço porque julgo necessário para melhor defender o CETIQTe continuarei com esta atitude independente de qualquer ponto de vista que ( infelizmente) venha a questionar esta atitude. O importante em termos do meu trabalho é que ele significa muito para mim pois desdeque me conheci me esforcei na direção do conhecimento e da colocação deste à serviço deste País. Minha história não é melhor do que a história de ninguém- dejeito nehum.Além do que eu acredito, que de certa forma, não somos nós que escolhemos nosso destino. Parabéns pela sua história
Em tempo: Sugiro que consulte no dicionário o significado do termo "ostracismo". Eu creio que o termo não se aplica ao senhor e nem a mim. Nos dois casos beiraria a ofensa gratuita e não justificada pelos fatos . Eu continuo orientando teses, fazendo pesquisa , publicando artigos, fazendo assessoria, dando aulas, e batalhando , sempre que posso contra, a injustiça, o abuso, e a falta de respeito à classe de professor, com agradecimeto ao Erivaldo que criou este espaço eletrônico.
José Carlos Dias disse:
Prezado Prof. Edison Bittencourt
Eu não vou lhe trata-lo como colega, fiquei restrito ao piso de fábrica, caminhei muito como o Sr., ainda que nossas trajetórias terem sido bem diferentes, chegamos a lugar semelhante – o ostracismo.
Suas venturas foram fascinantes e lhe proporcionaram grande orgulho; pode-se ver pelos relatos que insistentemente faz questão de registrar. Eu acredito em tudo que o Sr. diz; acredito que foi um grande acadêmico, cioso de suas responsabilidades, confiante em suas convicções, perseverante e estudioso. Envidou todos os seus esforços para que o seu conhecimento e experiência fossem transferidos aos que o sucederam. Não conheço, perfeitamente o seu trabalho na ETIQT, meu tempo foi anterior à sua passagem como professor. Cheguei à Escola em 1970, período, portanto, antecedente ao seu. Trabalhei como monitor na Superintendência de Ensino com o queridíssimo Prof. Gonzaga, uma figura mitológica a quem eu não canso de referenciar a memória.
Como aluno, tenho certeza, me formei numa Escola exemplar, das mais evoluídas de sua época, estruturada conforme as melhores existentes no mundo.
Alguns outros cursos de aperfeiçoamento, assim como grandes colegas mais experientes ensinaram-me e deram a capacitação para exercer a função de gerente industrial em grandes empresas por mais de 25 anos. Meu tempo total de trabalho, descartados os estágios durante o curso foi de mais de 38 anos, ininterruptos, sem nunca ficar desempregado um só dia.
Desenvolvi grandes trabalhos, desde aumento de produtividade, implantação de sistema de qualidade, produtos e processos. Vários artigos ainda estão sendo produzidos, frutos desses desenvolvimentos. Há tecidos que venderam milhares de metros e as coleções ainda são utilizadas por confecções que ocupam o lugar de elite no mercado, as chamadas “boutiques”. Na área de meio ambiente, recursos humanos, manutenção, etc., etc. tive igual sucesso.
Fui um técnico absolutamente dedicado, profissional ético, leal às empresas em que trabalhei; honesto, respeitado nas empresas pelos proprietários e seus colaboradores. Tive uma visão moderna de administrar, onde o custo, a qualidade e a produtividade eram elementos fundamentais para consecução do objetivo precípuo de um negócio, isto é, o lucro.
Nunca desprezei a importância dos colaboradores, investi na educação, treinamento e capacitação dos diversos níveis, isto é, de operadores e chefias para que os resultados fossem atingidos conscientemente por todos.
O que tenho hoje foi fruto do meu trabalho, nunca me beneficie de nada além do que representaram os meus salários.
Além disso, por esforço, prossegui minha formação humana, conciliando trabalho e estudo, sou um pesquisador contumaz. Aprecio a filosofia, escrevo meus versos, me orgulho das amizades importantes que conquistei e que contribuíram, sobremaneira, para o meu amadurecimento.
Eduquei meus filhos, todos bem formados, profissionais de alto nível.
E daí.
Tudo passou, o que sei é que agora:
Estou, tonto
Tonto de tanto de dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto.
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantaria dela.
Fiquemos nisto, estou tonto.
Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
...O que sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelados na parede .
(Álvaro de Campos – F. Pessoa)
Caro Prof. Edison, os tempos mudaram só a gente não mudou.
Produza seus trabalhos, publique-os aqui ou em outro lugar que julgar conveniente, auxilie os que ainda não sabem, mas não se esqueça:
Fábrica muda, a “minha mesa” mudou de lugar, os meus quadros foram descartados, minhas planilhas foram aposentadas, meu computador foi substituído. Ficou somente a minha história que ninguém quer conhecer, estou velho, tenho 59 anos.
Desculpe-me por alongar demasiado.
Como me ensinou o caro Ingo: Afetuoso abraço,
José Carlos Dias
Grande amigo Dias, quem fez o que voce fez nunca ficará no ostracismo. Será sempre lembrado para o bem.
Abraços Romildo.
Bom dia, caros Srs.
Uma noite mal dormida, uma madrugada de frio acarreta um turbilhão de pensamentos. Aprendi que pensamentos são entidades autônomas, e agem independentemente de nossa própria vontade. A palavra ostracismo foi inadequada, sobretudo com o prezado Prof. Edison e a quem nem de sombra pretendi ofendê-lo, mesmo porque entendo como a profissão mais nobre de todas a de PROFESSOR.
Perdoe-me pela impropriedade, caro Professor Edison, acompanho suas intervenções com atenção e respeito, temos um amigo comum na UNICAMP, o Prof. José Vicente Haddad. Agradeço-lhe a atenção da resposta.
Você só tem razões para se orgulhar do seu trabalho
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