Com a compra do controle da Puket, de moda íntima, o grupo Dobrevê, dono da catarinense Malwee, estreia nas classes A e B. Guilherme Weege, presidente da Malwee, disse ao Valor que um dos objetivos da transação foi complementar o portfólio. Fora a Malwee e a Puket, o Dobrevê tem as marcas Zig Zig Zaa, Malwee Liberta, Carinhoso e Enfim, todas voltadas aos consumidores das classes C e D.
O posicionamento difere do da Puket, que tem um perfil mais premium e potencial para operar com margem mais folgada. "Podemos produzir e vender a um preço superior", afirma Weege.
O valor da operação anunciada ontem não foi informado. A concretização da transação dependerá da autorização prévia do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Puket teve faturamento de R$ 95 milhões no ano passado. A empresa tem duas fábricas, vende para 4 mil pontos multimarcas e tem uma operação monomarca no varejo de 100 lojas, quase todas franquias.
Cláudio Bobrow, sócio-fundador da Puket, disse que a associação com o Dobrevê não obrigará a empresa a comprar exclusivamente do grupo. "Isso é uma possibilidade, não uma exigência. Continuaremos com vários de nossos antigos fornecedores", disse.
Bobrow afirmou que há várias sinergias entre as empresas e a captura delas facilitará a expansão da rede de lojas Puket, através de franquias, daqui para frente. "Queremos poder oferecer margem maior para o franqueado", disse o empresário. Ele vai permanecer na Puket como conselheiro, assim como seu irmão Adolfo, também fundador do negócio.
O executivo Sérgio Dinov, atual superintendente da Puket, assumirá a presidência da empresa. "Sempre deixamos muito claro que queremos que a Puket continue com os mais altos padrões de governança. Família? Só no conselho", disse Bobrow.
O grupo Dobrevê opera no setor de confecções, logística e de energia eólica. O braço têxtil tem sete fábricas - cinco em Santa Catarina, uma no Ceará e outra na Bahia. Anualmente, produz entre 50 e 60 milhões de peças e emprega 10 mil funcionários.
Antes da Puket, a operação no varejo do Dobrevê se resumia a 40 lojas próprias da Malwee e uma da Carinhoso, do segmento infantil. "A marca [a Puket] tem muita alma, enxergamos um grande potencial de expansão", disse Weege.
Além das lojas da bandeira Puket, a Puket opera franquias da Love Brands, modelo de loja lançado em maio do ano passado a partir da união com a Balonè, de acessórios femininos, e a Imaginarium, de presentes. O conceito, que traz produtos das três marcas, foi criado para cidades pequenas e médias, onde não existem shopping centers. Até agora, foram abertas dez lojas da Love Brands.
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Não entendi, vende de 50 a 60 milhões de peças (acho que p/ano), e fatura 95 milhões por ano? Tem algo errado!
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