Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O gigante do retalho espanhol está a ser acusado de produzir roupa da Zara em unidades de produção que violam os direitos dos trabalhadores, com jornadas de 13 horas diárias sem pausas. Uma alegação do grupo de defesa dos trabalhadores La Alameda já negada pela Inditex.

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Inditex acusada na Argentina

 O grupo Inditex negou as alegações de uma entidade de proteção dos direitos de trabalhadores que a liga a violações laborais em fábricas na Argentina. O gigante da fast fashion afirma não ter qualquer notificação oficial dos abusos mas do que sabe, as fábricas em questão não estão relacionadas com os seus fornecedores aprovados.

Retalhistas em todo o mundo estão a tomar medidas severas para com os fornecedores que contratem trabalho a outras empresas sem permissão e o Wal-Mart reescreveu completamente os termos aplicáveis aos fornecedores em janeiro, após ter descoberto que várias empresas estavam a subcontratar trabalho a outras.

Os investigadores alegam que o grupo de direitos dos trabalhadores La Alameda encontrou trabalhadores imigrantes, sobretudo da Bolívia, a produzir vestuário para a Zara em más condições, com os trabalhadores a afirmar serem forçados a trabalhar mais de 13 horas por dia e a serem impedidos de deixar a fábrica sem autorização, segundo noticiaram vários jornais. Um porta-voz da La Alameda revelou ao jornal The Telegraph que as pessoas eram obrigadas a começar o trabalho às 7 horas e trabalhar sem pausas até às 23 horas, seis dias por semana. As autoridades fizeram uma visita surpresa à fábrica após uma denúncia da La Alameda.

«Estamos surpreendidos com as alegações», afirmou um porta-voz da Inditex. «Com base na informação limitada que recebemos até agora, as fábricas em questão parecem não ter qualquer relação com os nossos fornecedores aprovados na Argentina. Queremos trabalhar com a La Alameda para perceber a substância das alegações, mas não recebemos qualquer contacto deles em relação a estas queixas nem tivemos qualquer contacto ou queixa por parte das autoridades argentinas».

A maior retalhista do mundo enfatizou que tem uma política de tolerância zero a qualquer violação das leis laborais e que o seu Código de Conduta exige que todos os fornecedores cumpram todas as leis laborais locais.

O porta-voz acrescentou ainda que a Zara tem 60 produtores argentinos e que conduziu 300 auditorias a fornecedores e fábricas do país nos últimos dois anos. Também indicou que a empresa irá cooperar com todas as investigações.

Em janeiro, a empresa espanhola suspendeu dois fornecedores depois de ter conhecimento de que estavam a subcontratar uma empresa do Bangladesh onde houve um incêndio que matou sete pessoas.

http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42276/xmview/...

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Conheço bem o grupo Inditex dono da marca Zara e outras marcas, visitei-os durante muitos anos em Arteixo Na Galiza onde eles têm a sua sede principal, fiz-lhe vendas de centenas de milhares de metros de tecido para fatos de homem principalmente um tecido tipo "Bengalina" sei das suas exigências e do seu profissionalismo e também sei que quando sabiam de alguma irregularidade laboral ao nível dos direitos dos trabalhadores eles simplesmente cortavam com o fornecedor imediatamente. Por tal motivo não tenho a menor dúvida que só por desconhecimento é que mantém relações comerciais com quem não cumpre a lei.

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