Um diretor da GEP Indústria e Comércio, empresa que detém as grifes Luigi Bertolli, Cori e Emme e representa a Gap no Brasil, prestou esclarecimentos nesta quarta-feira (17) na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre a denúncia de trabalho escravo na linha de produção.
No mês passado, o Ministério do Trabalho libertou 29 bolivianos que, segundo o órgão, trabalhavam em uma oficina de costura em condições semelhantes às de escravidão. A multa estipulada à GEP foi de R$ 1,1 milhão.
Os indícios foram de aliciamento de trabalhador no estrangeiro, tráfico de pessoas, servidão por dívida e condições degradantes de trabalho. O representante da GEP afirmou que não sabia do fato. “Nunca soube que nossos fornecedores trabalhavam com trabalho escravo”, disse o sócio-diretor Nelson Volpato.
Na semana passada, o programa Profissão Repórter, da TV Globo, mostrou a oficina de costura na Zona Leste em que os 29 bolivianos trabalhavam. Eles já chegavam aqui endividados com os custos da passagem e do visto.
Os trabalhadores costuravam por até 13 horas por dia, de segunda a sábado, e viviam em quartos adaptados, com beliches.
Na Assembléia Legislativa, o sócio-diretor da GEP assumiu publicamente que a empresa falhou. “Nós falhamos em não aprofundar mais da mercadoria que mandava até o destino final", disse Volpato.
Não conhecer as práticas dos fornecedores da cadeia produtiva é a explicação recorrente das grandes marcas envolvidas em casos de trabalho escravo. O argumento não convenceu a comissão.
O deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB) afirmou que o representante da GEP apresentou teses contraditórias e que o problema do trabalho escravo em oficinas deve ser enfrentado. "Tem gente ganhando dinheiro com isso", disse.
A GEP pagou os direitos trabalhistas dos funcionários e ainda uma indenização por danos morais.
Fonte:|http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/04/grifes-afirmam-que-de...
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