O Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia têxtil somou R$ 38,3 bilhões em 2012, incluindo indústria têxtil e de confecção e varejo. De 2007 a 2012, o crescimento médio real do PIB dos três segmentos foi de 2,9%, acima do crescimento médio do país e em direção contrária à indústria geral de transformação, que registrou queda no período, sempre considerando as médias anuais.
A indústria têxtil teve o pior desempenho entre os três segmentos nos últimos anos. Descontada a influência dos preços, o PIB desse ramo caiu 3,4% ao ano, em média, também no período de 2007 a 2012. Os segmentos de confecção e do varejo registraram crescimentos reais de 5,3% e 5%, respectivamente.
Os dados são de um estudo feito pelo braço de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex). A entidade apresentou os resultados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) na segunda-feira.
O investimento total nos três elos da cadeia produtiva cresceu a uma média de 4,9% ao ano de 2007 a 2012, mas se manteve praticamente estável na indústria têxtil (ver ao lado). De acordo com a FGV, o baixo investimento "tem limitado o acesso à inovação no segmento, uma vez que as empresas desse ramo apontam a aquisição de máquinas e equipamentos como a principal fonte de acesso a novas tecnologias". Do total gasto pela indústria têxtil em inovação, 77% é usado na compra de máquinas e equipamentos.
A Abvtex defende uma política de incentivo à inovação na indústria têxtil. Marciel Costa, membro do conselho diretor da associação diz que, entre as demandas da entidade, estão a diminuição da carga tributária, mudanças na legislação trabalhista e investimentos em infraestrutura.
"A indústria brasileira é uma grande parceira do varejo, e queremos continuar com a indústria nacional", diz Costa, explicando que a indústria instalada no país responde à demanda do consumidor com mais agilidade. O produto importado demora mais de seis meses para chegar, de acordo com o membro da Abvtex e gerente da Hering. "Aí já passou a estação e a moda. O importado é para complementar o mix", afirma.
Nos últimos cinco anos, as exportações do setor caíram e as importações aumentaram expressivamente. Como resultado, o setor começou a ter déficit comercial em 2007, ultrapassando US$ 2,9 bilhões em 2012.
Segundo o levantamento, as vendas industriais dos segmentos têxtil e de confecções somaram R$ 46,5 bilhões em 2012, 6,6% a mais que em 2011. O gasto estimado das famílias brasileiras com produtos têxteis e de vestuário em 2012 foi da ordem de R$ 102 bilhões, o que representa 3,7% das despesas de consumo.
O uso da capacidade instalada nas indústrias do setor ficou acima de 80% nos últimos cinco anos. Segundo a FGV, o indicador "revela que o setor apresenta pouca ociosidade e que, portanto, aumentos de produção para responder a elevações da demanda, no curto prazo, poderiam pressionar os preços".
Autor(es): Por Adriana Meyge | De São Paulo Valor Econômico
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Ué! Mas o estudo da tal ABRAVEST não diz que a ind. vai muitíssimo bem obrigado? Aqueles caras são perniciosos da pior espécie. Se a ind. não reagir, aqueles desgraçados vão destruir a ind. têxtil no Brasil.
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