Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Estudo revela dados sobre desempenho da indústria têxtil e de confecções

Pesquisa mostra que, em 2012, o valor das vendas industriais dos segmentos têxtil e de confecções foi de R$ 46,5 bilhões.

O uso da capacidade instalada pela indústria têxtil e de confecções tem se mostrado em níveis superiores a 80%, aliado aumento no número de empregos e evolução de faturamento se opõem a informações recentes de que o setor está vivendo sua maior crise.

Ao contrário, o cenário mostra plena utilização da capacidade instalada e aumento de empregos no setor de confecções  nos últimos anos.  Mas os baixos índices de investimento em inovação e treinamento para formação e retenção da mão de obra preocupam o grande varejo e ameaçam o atendimento à demanda crescente, penalizando o consumidor final.

É o que mostra um novo estudo elaborado pela FGV Projetos que está sendo apresentado a representantes do governo pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). “Buscamos com este trabalho uma análise independente e especializada que pudesse mostrar a realidade do setor”, comenta a ABVTEX.

O trabalho intitulado Análise da Estrutura Setorial da Cadeia Têxtil Brasileira e Perfil de Consumo de Artigos de Vestuário mostra que, em 2012, o valor das vendas industriais dos segmentos têxtil e de confecções foi de R$ 46,5 bilhões. Esses dois elos da cadeia empregaram pouco mais de 1 milhão pessoas. No varejo, o nível de emprego em 2012 foi de 670 mil pessoas.

Entre 2007 e 2012, o segmento de confecção apresentou crescimento de 8,9%, sendo que o volume de vendas do varejo de artigos têxteis e de vestuário cresceu 3,9% ao ano em média.

O indicador de utilização da capacidade instalada nos dois segmentos industriais (têxtil e de confecções) revela que o setor trabalha a plena capacidade.  

Ressalta-se também que o gasto estimado anual das famílias brasileiras com esses produtos em 2012 foi da ordem de R$ 102 bilhões. Esse valor representou 3,7% das despesas de consumo das famílias, parcela superior aos gastos com itens como medicamentos e eletrodomésticos. 

O relatório da FGV exibe os resultados obtidos a partir de séries históricas referentes aos três elos produtivos da cadeia: o varejo e as indústrias que o suprem, têxtil e de confecções.

Nível de emprego na indústria cresce

Mais um dado surpreendente do estudo da FGV Projetos está relacionado ao nível de emprego da indústria. A análise detalhada mostra que o nível de emprego formal nos três elos analisados no estudo superou em 2012 a marca de 1,7 milhão de postos de trabalho, o que representa 3,7% do total de empregos formais ativos no Brasil neste ano. Destacando apenas o varejo têxtil, os 693 mil empregos ativos em 2012 representavam 10,6% do total de posições formais ofertadas pelo comércio varejista como um todo no país.

Desde 2007, o crescimento médio do emprego no setor foi de 3,6% ao ano, o que resultou na criação de 277 mil novos empregos no período. A dinâmica do emprego em cada um dos segmentos foi bastante distinta.

Gráfico 5.1.1

Evolução anual do emprego na cadeia têxtil brasileira - 2007-2012
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* Estimativa FGV 

Fonte: RAIS e Caged / MTE. Elaboração: FGV

O gráfico acima apresenta a evolução do número formal de empregados nos três elos da cadeia têxtil, bem como do emprego total. No setor têxtil, nota-se a estabilização do emprego. Já na indústria de confecção, o crescimento foi de 3,7% ao ano em média e foram criados 123 mil postos de trabalho formais no período. A grande expansão do emprego formal, isto é, com carteira de trabalho assinada, se deu no varejo, com 5,3% de crescimento médio ao ano e a criação de 157 mil postos de trabalho formais.

O estudo nota que o segmento de confecção tem passado por um forte movimento de formalização de sua mão de obra, fato que explica o bom desempenho do emprego com carteira assinada.

PIB Setorial é positivo, mas investimentos não priorizam mão de obra

O PIB da cadeia têxtil em 2012 atingiu R$ 38,3 bilhões e estava distribuído da seguinte forma: 

• Fabricação de produtos têxteis: R$ 8,1 bilhões;

• Confecção de artigos de vestuário e acessórios: R$ 9,5 bilhões; 

• Varejo de produtos têxteis e de confecção: R$ 20,7 bilhões.

Entre 2007 e 2012, o PIB do setor têxtil caiu 3,4% ao ano em média, já descontada a influência dos preços. No entanto, no segmento de confecção e no varejo houve crescimento de 5,3% e 5% na mesma base de comparação, respectivamente.

A despeito dos resultados, os investimentos do segmento têxtil mostram-se bastante tímidos, somando R$ 1,1 bilhão. Na indústria de confecções, esse número foi de R$ 615 milhões ou 23,3% do total. Já no varejo, o investimento foi de R$ 910 milhões ou 34,4% do total.

A queda no investimento no segmento têxtil tem limitado o acesso à inovação no segmento, uma vez que as empresas desse ramo apontam a aquisição de máquinas e equipamentos como a principal fonte de acesso a novas tecnologias. No ramo de confecção, apesar da importância atribuída ao treinamento como forma de acesso a inovações, os gastos das empresas com esse tipo de atividade ainda é limitado.

Segundo a ABVTEX, a falta de investimentos da indústria em inovação e treinamento de mão de obra são muitos preocupantes e comprometem o futuro da cadeia. Não adianta investimentos em maquinário sem uma mão de obra preparada para utilizar as tecnologias. O componente humano é ainda fator chave nesta cadeia”, informa a ABVTEX.

Importações suprem demanda

O comércio exterior brasileiro de artigos têxteis e de confecção tem sido deficitário nos anos recentes. Esse desequilíbrio chegou a US$ 2,9 bilhões em 2012, sendo US$ 2,2 bilhões referentes a artigos de vestuário e US$ 737 milhões relativos artigos de tecelagem. A alta cambial registrada desde o final de 2011 não alterou a tendência de piora desse saldo negativo.

Especialmente no segmento têxtil, o crescimento das importações tem contribuído para suprir o descompasso entre o crescimento da demanda das famílias e a produção industrial

É importante destacar que o crescimento das importações de têxteis e vestuário está em linha com um movimento mais geral, observado no comércio exterior brasileiro como um todo. Assim, considerando o período 2006-2012, o valor total das importações brasileiras passou de US$ 7,6 bilhões para US$ 17,5 bilhões, o equivalente a um crescimento médio anual de quase 15% ao ano. Ao par disso, as importações de bens de consumo em geral passaram de US$ 997 milhões para US$ 3,2 bilhões, apresentando crescimento médio anual de 22%. Por sua vez, as importações de têxteis e vestuário cresceram 22,6% e 35,3%, respectivamente, no mesmo período.

“Apesar de expressivas, essas taxas de crescimento das importações de têxteis e vestuário cumpriram papel importante no abastecimento do mercado interno brasileiro no período”, destaca a FGV Projetos. Assim, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) do IBGE, entre 2006 e 2012, o volume de vendas do comércio varejista de artigos têxteis, vestuário e calçados cresceu cerca de 5% ao ano em média. Com isso, em 2012, o mercado nacional desses produtos era cerca de 1/3 maior do que no início do período. 

Gastos das famílias

Do gasto total das famílias brasileiras com artigos da cadeia têxtil, 45,2% se referem à compra de artigos para mulheres. Seguem-se os gastos com aquisição de roupas masculinas (36,1% da categoria), infantis (17%) e os tecidos e artigos de armarinho (2%).

Regionalmente, os gastos das famílias com artigos da cadeia têxtil concentram-se no Sudeste (46,3% do total). Seguem as regiões Nordeste (20,6%), Sul (18,9%), Norte (7,2%) e Centro Oeste (6,9%).

Considerando os estratos de renda, as famílias com ganhos de até 3 salários mínimos respondem por 16,1% dos gastos com artigos têxteis e de vestuário. As faixas entre 3 e 10 salários mínimos representam 44,2% desse total e aquelas com renda acima de 10 salários mínimos, 39,7%.

“Hà um descompasso entre os números do varejo e da indústria. O aumento de renda das famílias e a consequente expansão do mercado consumidor não têm sido acompanhados do crescimento da produção indústria, daí a necessidade de importar artigos de confecções para garantia de abastecimento”, analisa a ABVTEX.

À plena capacidade

Como regra, a utilização da capacidade instalada no segmento têxtil se manteve sempre acima dos 80%.

Gráfico 2.3.3

Evolução da utilização da capacidade instalada – média móvel dos 4 últimos trimestres (2000 - 2012)
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Fonte: FGV

O segmento de vestuário e calçados apresentou uma tendência crescente de utilização da capacidade instalada, de forma que, no final do ano de 2012, estava muito próximo do valor mais alto da série histórica analisada. Esse aumento foi uma resposta do setor industrial ao crescimento do comércio.  “A utilização da capacidade instalada superior a 80% por quase todo o período observado nos dois segmentos, indica que o setor apresenta pouca ociosidade e que, portanto, aumentos de produção para responder a elevações da demanda, no curto prazo, poderiam pressionar os preços”, diz o estudo.

Conclusões

O estudo conclui que o setor brasileiro de produtos têxteis e de confecções constitui uma das cadeias produtivas mais importantes da indústria brasileira, tanto por conta do número de empregados quanto pela relevância de seus produtos na atividade do varejo e nos gastos das famílias.

Em paralelo, o crescimento real da renda, sobretudo nos estratos mais pobres, tem garantido forte expansão do comércio. As taxas de crescimento do varejo têxtil e de confecções só têm ficado abaixo da média do comércio em geral por conta do desempenho excepcional de segmentos como o de automóveis, produtos da linha branca e materiais de construção, fortemente estimulados por medidas de desoneração que se intensificaram após o início da crise financeira internacional em 2008.

No segmento de confecção, o estudo conclui que o grande desafio encontra-se na conciliação de ganhos de qualidade, em linha com as exigências dos consumidores finais, com ganhos de produtividade, imposição da concorrência externa. Estes últimos devem resultar da intensificação dos esforços de treinamento de mão de obra e de uma colaboração intensa e contínua com o próprio varejo, canal natural de contato com os consumidores finais. Nesse sentido, é fundamental garantir a continuidade do processo de formalização das empresas de confecção, processo com o qual a atuação responsável das empresas do varejo pode contribuir como fator indutor decisivo.

Por fim, no ramo têxtil, o estudo afirma que é urgente recuperar os níveis de investimento que caíram desde o início da crise internacional. Dado que os diferenciais de salário são francamente desfavoráveis à indústria local em um comparativo internacional, a modernização do parque produtivo surge como mecanismo preferencial de modernização as técnicas produtivas, abrindo espaço para a recuperação dos ganhos de produtividade. Só assim será possível às empresas desse segmento fazerem frente ao desafio competitivo das importações e buscarem elas próprias explorar possibilidades de ganho no mercado internacional.

“As dimensões do mercado brasileiro de produtos têxteis e de confecção permitem explorar as oportunidades de operar em escala. Mas essa vantagem de um mercado interno grande e em expansão deve servir de fundamento para estratégias de internacionalização, não de fechamento. O acesso das famílias brasileiras de maior renda a produtos estrangeiros, sobretudo por ocasião de suas viagens internacionais, deixa explícito o diferencial competitivo entre o mercado brasileiro e muitos mercados internacionais de produtos de vestuário”, afirmam os analistas.

Acesso aos mercados internacionais via exportação e importação, atenção crescente às exigências dos consumidores, treinamento e investimento com ganhos de produtividade. “Essa é a síntese da cadeia brasileira de produtos têxteis e de confecção em um cenário ideal”, destaca a FGV Projetos.

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O estudo conclui que o setor brasileiro de produtos têxteis e de confecções constitui uma das cadeias produtivas mais importantes da indústria brasileira, tanto por conta do número de empregados quanto pela relevância de seus produtos na atividade do varejo e nos gastos das famílias.

Nos 5 últimos anos do século XX, o setor têxtil proclamava através de carta aberta a Fernando Henrique, então presidente da república, o índice de 3 milhões de empregados, exportações na ordem de US$ 4,5 bilhões, um investimento de 3 bilhões em maquinário,  uma reclamação veemente contra as então importações de países asiáticos que pagavam US$20 por mês e uma jornada de 12 horas e um repúdio ao " custo Brasil", jargão criado na época. Essa carta era assinada por inúmeras instituições do setor têxtil, desde da ABIT até o Sindicato das Indústrias de Confecções do Estado de Tocantins. 

Pois bem, após quase 18 anos, estamos com 1,7 milhões de empregados, temos US$ 2,9 bilhões de déficit na nossa balança comercial, investimentos anunciados em maquinário para aumento da produtividade, uma gritaria contra os impostos, apelos para fechamento do mercado à importações e pedidos de socorro ao governo e manifestos abertos publicados por membros do setor têxtil.

Então, pelo fato do setor ter sido comprimido, não mudou nada nos últimos 18 anos; até as soluções apontadas não mudaram: aumento da competitividade para fazer frente aos preços internacionais e os conselhos de que não adianta investir apenas no maquinário.

Nada mudou porque não mudamos. Continuamos achando que o governo deve resolver a questão. Ora se quando tínhamos 3 milhões de empregados e com desemprego na casa dos 10% no Brasil, esses números não foram suficientes para sensibilizar o governo, quem dirá agora. Nós não somos os principais arrecadadores de impostos ao governo, portanto não somos um "cliente" muito bom, e talvez por isso não temos a atenção que achamos que merecemos.

O fato é que o governo mais uma vez não deverá fazer nada. Se nós também reagirmos da mesma forma do passado, daqui a 18 anos, vamos novamente retomar o assunto com números ainda menores no setor. Ou entendemos que temos que ser competitivos, investindo em máquinas, na qualificação profissional, educação de nossos trabalhadores (não só máquinas); na busca de soluções conjuntas de trabalhadores, empresários e governo; pensar e planejar soluções a nível nacional para o setor ( é inacreditável mas é verdade: comprarmos o tecido em Pernambuco, costuramos no Paraná, e vendemos a roupa pronta nas cidades de Pernambuco); se não fizermos nada de diferente, o futuro será igual.

Há quem diga que temos que participar da política. Pois bem, tivemos como  vice-presidente da república um empresário do setor, temos como representante da Fiesp um senhor que se declara nosso protetor, temos representantes no legislativo. E aí? o que acontece? Também estamos na política e agora? Será que estamos servindo apenas de palco para projeções políticas? O fato é que não estamos obtendo bons resultados como estamos atuando até agora. Contribuímos em nossas folhas de pagamento (em empresas não optante pelo SIMPLES) com uma parcela próxima a 3% para setores prepararem nossa força de trabalho. E aí? os empresários podem investir em maquinários, mas contam que essa contribuição paga através de encargos na folha de pagamento também ajude a qualificação do nosso setor. Se estão treinando e qualificando, o que não podemos questionar, talvez seja necessário um redirecionamento na forma e conteúdo das qualificações.

Pois bem, o fato é que precisamos mudar. Continuar a luta de cada empresa isolada em seu faturamento não nos trará mudanças. Continuar achando que somos "esquecidos" pelo governo e esperar que ele resolva tudo, não também não adiantará. Continuar a ver personagens que usam nossas instituições com intuito de projeção política e defesa de assuntos pessoas, também fará com que a política e as relações com o Estado continuem do mesmo: sem soluções para o setor.

Temos que nos unir em torno de nossos propósitos comuns. De que forma? Não sei. Continuar apenas reclamando não é a melhor forma. Talvez as associações possam fazê-lo, mas de uma forma diferente, envolvendo empresários e trabalhadores; somando opiniões além daquelas obtidas até o momento, procurando formas de nos aglutinarmos...não sei...mas espero que alguém nos ajude nisso.

 

Prezados Amigos do Setor Têxtil,

Me desculpem pela minha falta de compreensão, mas sobre a matéria  Estudo revela dados sobre desempenho da indústria têxtil e de confecções  acredito eu, não ficaram claras algumas questões (isso é, no meu ponto de vista, talvez eu esteja errado e gostaria que assim fosse). Então vamos lá:

Sou do setor têxtil e tenho dezenas de amigos que também possuem confecção.

Em contato com esses amigos (proprietários de confecções), TODOS, sem exceção, informam que está impossível continuar trabalhando no setor.

Estão, nos últimos 12 meses com uma ociosidade, praticamente, superior a 50%, além de: 

o que fabrica não conseguem vender, lançam uma coleção e com 30 dias já precisam "queimar" a coleção pela metade do preço, estão reduzindo cada vez mais a quantidade de funcionários e ESTOCANDO máquinas de costuras, são empresas que produzem (ou melhor, teriam condição de produzir dezenas de milhares de PEÇAS por mês)  e ai vejo uma matéria informando que a necessidade de demanda interna do Brasil não consegue ser suprida por confecções nacionais ?  Deve ter algo errado ...

Ou será que estão querendo que uma confecção brasileira, produza uma peça para vender por R$ 6,00 ,  é isso que é ser competitivo ?  Competir com um produto importado que é revendido por um importador  no  Brasil a R$ 6,00 e o CUSTO de produzir esse mesmo produto aqui seria de R$ 12,50. Será que isso estimula investimentos no setor ? 

Por favor, caso eu estiver equivocado, peço orientação de alguém.

Herbet

ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil)... kkkkkkkkkkkkkkkk... O varejo encomendando estudo para atacar ... a indústria... Que interessante... Credibilidade do estudo? NENHUMA... QUALQUER IDIOTA QUE ANDE EM DUAS PATAS E CUJAS ORELHAS NÃO RASPEM O TETO SABE E CONHECE A CRISE POR QUE PASSA A IND. TÊXTIL E ALGUMAS OUTRAS TAMBÉM. Isso é claramente um golpe, um estudo encomendado, pois o varejo acha realmente (e relinchando bem alto) que não precisa dos empregos na indústria. Os orelhudinhos não entendem que o comércio NÃO ABSORVE A PEA BRASILEIRA, que não existe país forte sem ind. e que a área têxtil é a 2ª maior empregadora do país.

O varejo com seus orelhões tinham margens de 200%, hj tem de 2000%, gera inflação e ainda querem mais. Tiro no pé... Vão acabar sem consumidores... Mas como tem orelhões, andam de quatro... já devem estar começando a pastar... barriguinhas cheinhas de capim... E tem gente seguindo os quadrúpedes! Vão lá...

Acesso aos mercados internacionais via exportação e importação, atenção crescente às exigências dos consumidores, treinamento e investimento com ganhos de produtividade. “Essa é a síntese da cadeia brasileira de produtos têxteis e de confecção em um cenário ideal”, destaca a FGV Projetos.

Caro Herber,

Também trabalho no setor e tenho varias amigos que enfrentam dificuldades, mas  creio que o maior problemas que temos, além da ganacias de alguns, é o governo que além de impostos altissímos, não ajuda em nada.

Abs

Milton

Herbet Silva disse:

Prezados Amigos do Setor Têxtil,

Me desculpem pela minha falta de compreensão, mas sobre a matéria  Estudo revela dados sobre desempenho da indústria têxtil e de confecções  acredito eu, não ficaram claras algumas questões (isso é, no meu ponto de vista, talvez eu esteja errado e gostaria que assim fosse). Então vamos lá:

Sou do setor têxtil e tenho dezenas de amigos que também possuem confecção.

Em contato com esses amigos (proprietários de confecções), TODOS, sem exceção, informam que está impossível continuar trabalhando no setor.

Estão, nos últimos 12 meses com uma ociosidade, praticamente, superior a 50%, além de: 

o que fabrica não conseguem vender, lançam uma coleção e com 30 dias já precisam "queimar" a coleção pela metade do preço, estão reduzindo cada vez mais a quantidade de funcionários e ESTOCANDO máquinas de costuras, são empresas que produzem (ou melhor, teriam condição de produzir dezenas de milhares de PEÇAS por mês)  e ai vejo uma matéria informando que a necessidade de demanda interna do Brasil não consegue ser suprida por confecções nacionais ?  Deve ter algo errado ...

Ou será que estão querendo que uma confecção brasileira, produza uma peça para vender por R$ 6,00 ,  é isso que é ser competitivo ?  Competir com um produto importado que é revendido por um importador  no  Brasil a R$ 6,00 e o CUSTO de produzir esse mesmo produto aqui seria de R$ 12,50. Será que isso estimula investimentos no setor ? 

Por favor, caso eu estiver equivocado, peço orientação de alguém.

Herbet

Concordo contigo amigo Milton,

Realmente é uma sucessão de fatos que imperam CONTRA o setor têxtil nacional.

Abraços,

Herbet

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