O Financial Times publicou uma reportagem sobre as dificuldades do setor têxtil no Brasil. Para o diário, o “custo Brasil (grafado assim mesmo, em português) cobra pedágio da indústria têxtil”, fazendo com que empresas dessa área transfiram parte da sua produção para países como a China.
“Hoje um dos mais atraentes e crescentes mercados consumidores, o Brasil se tornou um local difícil para quem quer produzir”, disse o FT. O País ainda é o quinto maior produtor têxtil, “mas nos últimos anos a moeda brasileira se apreciou rapidamente, tornado o País ainda mais caro do que já era, devido ao chamado custo Brasil, que é o custo que muitos pagam para lidar com a escassez de infraestrutura, a burocracia bizantina e impostos altos”, opinou o jornal.
O “Importômetro“, painel que exibe, em São Paulo, a estimativa de quantos empregos a indústria têxtil deixa de gerar por causa da importação de produtos estrangeiros, marca atualmente 574 mil.
Mas, sendo o País tão hostil para a indústria têxtil, por que ainda há muitas empresas instaladas aqui? O estilista Pedro Lourenço disse ao FT que produzir no Brasil é caro, mas transferir para a China exigiria uma escala de produção que ele ainda não tem.
No caso das empresas estrangeiras que vêm para cá, um motivo é a possibilidade de evitar impostos de importação. Foi assim com a espanhola Zara, por exemplo, que transferiu parte de sua produção para o Brasil e assim se estabeleceu. O FT observa que a inglesa Topshop, que está tentando rivalizar com a Zara no País, poderia também começar a produzir aqui. “Mas isso só valerá a pena se a empresa estabelecer uma base de consumidores muito mais alta: um círculo vicioso que poucos varejistas conseguem quebrar”, observou o FT.
http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/10/02/financial-ti...
outubro de 2012
Sílvio Guedes Crespo
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A reportagem apesar do tempo do tempo continua atualizada.
“Mas isso só valerá a pena se a empresa estabelecer uma base de consumidores muito mais alta: um círculo vicioso que poucos varejistas conseguem quebrar”, observou o FT.
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