Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Dona da Le Lis Blanc paga R$ 1 milhão ao MP por trabalho escravo

A Restoque, que assinou um termo  de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público, pagará indenização de  R$ 1 milhão após ter tido oficinas de produção flagradas com funcionários em  condições análogas ao trabalho escravo. O valor corresponde à indenização por  dano moral coletivo e foi fixado no TAC assinado com o Ministério Público do  Trabalho em São Paulo (MPT-SP).

Os funcionários das confecções produziam peças para duas marcas da rede: a Le  Lis Blanc e Bourgeois Bohêne (Bo.Bô), varejistas de luxo que vendem mercadorias  para classes de maior poder de renda. O valor da indenização ainda não era  conhecido e foi informado hoje pelo MP.

“O objetivo do acordo é que a empresa passe a fiscalizar e a se  responsabilizar pelas condições de trabalho em toda a sua cadeia produtiva”,  informa em nota o Ministério Público do Trabalho em São Paulo.  O dinheiro  será revertido a entidades assistenciais, a programas de capacitação e  qualificação profissional e de prestação de serviços jurídicos a trabalhadores. 

Em julho deste ano, 28 bolivianos foram flagrados em situação de exploração  em oficinas que confeccionavam peças para o grupo. Na época, a companhia apontou  não ter conhecimento do ocorrido e chegou a pagar R$ 600 mil a títulos de verbas  trabalhistas e rescisórias, informou o MP.

“Com o acordo, a Restoque ficou obrigada a só contratar fornecedores idôneos,  a fiscalizar as condições de trabalho dos empregados nessas empresas e a exigir  carteira assinada”, informa o Ministério Público. É necessário também cumprir a  jornada legal de trabalho (de oito horas diárias), proibir a contratação de  menores de idade e não aliciar trabalhadores, além de garantir que todos os  direitos trabalhistas sejam respeitados.

A confecção espanhola Zara foi a primeira empresa flagrada com trabalho  análogo a escravidão, em agosto de 2011. No episódio, 51 trabalhadores foram  resgatados, sendo 46 bolivianos. Eles trabalhavam em uma confecção em Americana  (SP), que fornecia peças para a loja de departamento.
 

http://www.valor.com.br/empresas/3242240/dona-da-le-lis-blanc-paga-...

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Respostas a este tópico

Não é novidade...

As confecções que tem funcionários internos, registrados regulares são considerados fornecedores "caros"...

Sempre há o discurso do produto Chines de qualidade e bom preço ...

Os critérios usados para fazerem parcerias com fornecedores são os mais diversos possíveis, qualidade, estrutura da empresa não conta, só indicações , preço...pontualidade a qualquer custo, mesmo com cronogramas iniciados já em atraso...

"Parceria"mesmo...palavra questionável..os que buscam fábricas para produzir "private label" nunca comprometem se a manter uma produtividade constante para que o fornecedor possa cumprir seus compromissos ...assim as fábricas vão desaparecendo e proliferando esta infinidade de oficinas clandestinas...

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