Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estilistas baianos ganham espaço fora do país e estado ocupa quarta posição no setor da moda

Este ano, as exportações já movimentaram um total de US$ 94.347.035. Bahia Moda Design começa hoje e vai trazer uma rodada de encontros de negócios com 20 empresas

Que a Bahia é famosa pelo Carnaval, acarajé e pelas praias, todo mundo sabe, mas o que nem todos imaginam é o alcance que o mercado de moda baiano tem no exterior. De grandes estilistas a pequenas confecções, a terra de todos os santos exporta itens de vestuário para todo o mundo. Este ano, as exportações já movimentaram um total de US$ 94.347.035.

Adriana Liberato, Goya Lopes, Irá Salles e Vitorino Campos são exemplos de estilistas que estão aproveitando o aquecimento do mercado. São 678 micro, pequenas e grandes empresas responsáveis pelo quarto setor da economia baiana: o vestuário, que deve ficar ainda mais agitado no Bahia Moda Design.


Vitorino Campos no ateliê em Salvador: moda baiana não é regional

O evento, que tem a duração de dois dias, começa hoje e vai trazer uma rodada de encontros de negócios com 20 empresas. Segundo a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindivest), Maria Eunice de Souza, o Bahia Moda Design deve movimentar cerca de R$ 1,5 milhão. “Às vezes o negócio não acontece no mesmo instante, mas a pessoa faz contatos e vende depois”.
 
Reconhecidamente regional, a designer têxtil Goya Lopes cria, há 25 anos, tecidos inspirados nas raízes  afro-brasileiras. “Hoje o que se quer ver é a cultura, a diversidade, a cara brasileira. O mercado pede criatividade”. Ela chegou a exportar suas confecções, mas, como vende estamparia, resolveu mudar.

Hoje trabalha com design de superfície, criando estampas em parceria com empresas diversas para decorar produtos que vão de objetos, pisos a roupas de cama, mesa e banho. “Eu vendi pra Estados Unidos e Europa, mas para continuar tinha que ter volume. Como não consegui, busco a minha parte nas parcerias com outras empresas”, diz.


Adriana Liberato contratou consultoria e investirá também no atacado
 
Micros
Na passarela baiana, o destaque vai para as microempresas, que representam 59,3%, com 402 empreendimentos e geram 1.679 empregos. Em seguida vem as pequenas, com 35% o - 237 empresas e 4.774 empregos. As médias ocupam 4,7% do mercado - 32 empresas e 3.017 trabalhadores. Por último, mas com a maior geração de empregos, estão os grandes negócios, com sete empreendimentos (1% do total) e 6.126 profissionais, totalizando 15.696 empregos.
 
Para Maria Eunice, o potencial da Bahia para moda ainda é subaproveitado, mas o cenário deve mudar. “A Bahia tem um grande diferencial, tem um povo criativo, tem a moda como expressão cultural. Só precisamos aproveitar os pontos fortes e identificar os fracos para fazer correções”.  
 
O estilista Vitorino Campos não rotula a moda feita na Bahia como regional. “Vejo a moda baiana como a que se faz em outros lugares. Aqui há artistas de todos os tipos”, dispara. No mercado há cinco anos, Vitorino veste atrizes e apresentadoras como Luciana Gimenez e Bárbara Paz e está montando um desfile para o São Paulo Fashion Week.
 
Adriana Liberato, dona da loja Madda, apostou em temas alegres e que remetem à Bahia para se posicionar no mercado, mas se apoiou sobretudo em estratégias de negócio específicas para se consolidar. “No fim do ano passado, contratei uma consultoria de brand para avaliar minha posição no mercado e segui todos os passos”, conta.

Entre as mudanças está previsto o fechamento da loja no Rio Vermelho e a ampliação da já existente na Pituba. Ela também vai produzir roupas para a venda no atacado, e aponta uma falha mercadológica na Bahia. “Aqui não tem nada, quem trabalha com multimarcas tem que viajar todo mês ou visitar showrooms. Isso atrasa a chegada dos produtos”, relata.
 
Visão
Por meio da produção de bolsas e sapatos, a também baiana Irá Salles exporta 20% da sua produção para países como Emirados Árabes, Estados Unidos e República Dominicana. “O fato de ter morado fora me fez ver o Brasil de fora e daí apostar no diferencial do meu país. Minha marca é a cara da Bahia chique”. Ela mora em Salvador, mas lançou sua coleção para o Verão 2014 em Nova York.
 
A coordenadora do curso de moda da Universidade Salvador, Virgínia Saback, conta que o curso de moda vai de vento em popa. Ela aposta na formação superior como um diferencial para a qualificação da mão de obra.

Fonte Nova abriga o Bahia Moda Design hoje e amanhã
A terceira edição do Bahia Moda Design começa hoje e vai até amanhã. Organizado pelo Sindivest, com o apoio do Sebrae, Senai e Senac, o evento acontece na Arena Fonte Nova. Além de desfiles, restritos a convidados das marcas, haverá encontros de negócio, showrooms de marcas de Salvador e Feira de Santana - Bonie, Maddá, Lela Canela, Tempt, Maria Fernanda, Adocica, Haiduck, Mahalo, Lorena, Cia 29, Yes Bahia, Fio Têxtil, Anaport e Iza & Bell -, mesas-redondas, oficinas e exposição.

As atividades começam às 14h. Entre os nomes nacionais que vão participar das mesas-redondas estão Ronaldo Fraga, Mário Queiroz, Mary Design, Mário Francisco e Cláudio Silveira. Os baianos são Jeferson Ribeiro, João Damascena, Virgínia Moraes e Juliana Rabinovitz.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artig...

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Mim cinto agraciado em saber que a Bahia esta despontando e representando o brasil nos pais vizinhos,...não é por ser meu estado não é porque eles são criativos mesmos.kkkkk

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