Admirada e citada no mundo todo como um modelo de eficiência na gestão de estoques e na logística, nem a Zara escapou do "custo Brasil".
A empresa teve que adaptar aqui seus processos que, no resto do planeta, atropelam a concorrência, renovando as prateleiras de 1.770 lojas duas vezes por semana.
Dentre os 86 países em que o grupo espanhol Inditex -o maior varejista têxtil do mundo- atua com a bandeira Zara, o Brasil é considerado o mais difícil. Pior até que a Argentina, conhecida por barreiras aos importados.
O desabafo foi feito por Mauro Friedrich, diretor de logística da Zara no Brasil, em uma reunião com cerca de 30 investidores qualificados num banco, em São Paulo, no início de junho.
A Folha conversou com alguns participantes e obteve um relato detalhado do encontro escrito por um deles. A Zara disse que "não comenta rumores de mercado" e não permitiu que Friedrich desse entrevista.
Na reunião, o executivo apontou como dificuldades a burocracia, a logística, a tributação e a mão de obra pouco qualificada. Ele disse ainda que as concorrentes que estão chegando ao país, como H&M e GAP, vão "penar" para abrir dez lojas.
A Zara desembarcou no Brasil em 1999 e vem crescendo mais devagar do que esperava. Em 14 anos, somou 41 lojas. Friedrich contou aos investidores que o plano era "50 lojas em três anos".
Em reportagens publicadas na época da inauguração da primeira loja, o então presidente da Zara no Brasil, Pedro Janot, declarou um objetivo mais modesto: 40 lojas em seis anos. Ainda assim, demorou mais que o dobro do tempo previsto.
CLASSE A
No Brasil, a Zara se tornou uma marca voltada para a classe A, o que reduz o número de clientes e de lojas. É o contrário do que acontece na Europa, onde atinge até as classes mais baixas.
Os impostos e a infraestrutura ruim elevam os custos no Brasil, onde a renda média é menor. Uma comparação entre os preços praticados aqui e na Espanha em peças básicas encontrou diferenças de 11% a 76%.
"O saldo da Zara no Brasil é positivo. A empresa roubou mercado das marcas premium, mas não se transformou numa marca de massa", diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria GS&MD.
A Zara não divulga números por país. Os especialistas acreditam que a empresa está entre as dez maiores varejistas, mas longe das líderes C&A, Renner e Riachuelo.
A C&A é a única estrangeira do trio, mas chegou na década de 70, quando o mercado era fechado, e foi se "nacionalizando". São empresas acostumadas com as agruras do "custo Brasil".
"A Zara trouxe um modelo internacional e avalia o quanto vale a pena se adaptar", disse o consultor Maurício Morgado.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/09/1345599-custo-brasil-d...
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Quando entro na loja da Zara, o que menos vejo são roupas brasileiras. 80% vem de países totalmente sub desenvolvidos como Paquistão, Bangladesh, Indía etc...
Mas o que me incomoda não é isso (cada um faz o melhor negócio a disposição), e sim o fato dessas roupas serem vendidas como artigos de luxo, preço de luxo, e qualidade padrão Brás. Pagam US$ 10,00 e vendem por US$ 100,00. Depois querem falar de custo Brasil, quando eles mesmos deitam e rolam no lucro Brasil há anos... quanta hipocrisia.
Agora a pergunta que não quer calar: o que fazia Mauro Friedrich numa reunião tensa com investidores? Tomando cafezinho e jogando conversa fora é o que não era.
Sem comentário!
A empresa roubou mercado das marcas premium, mas não se transformou numa marca de massa",
Creio que o Henrique não entendeu o que é "custo Brasil". Mas o exemplo dele responde. Não ouço queixas da qualidade dos produtos vendidos pela Zara. Se não fosse bons a classe A e B já teriam fugido.
Quem compra na DIOR,SALVATORE FERRAGAMO,CHANEL,GUCCI e etc...
Compra na ZARA isto e fato, poderiam melhorar a qualidade? Claro que sim mas que alcançou a classe A nao tenho duvidas.
Acredito que a partir do momento que existem pessoas que reclamam muito da qualidade nao devem entrar na loja novamente, isto e uma questao de inteligencia afinal conheço pessoas que falam que a qualidade e pessima porem todo mês esta la comprando. Em minha concepçao o que nao e bom para mim eu descarto nao compro mais porem ficar reclamando e perder tempo.
O desabafo foi feito por Mauro Friedrich, diretor de logística da Zara no Brasil .Na reunião, o executivo apontou como dificuldades a burocracia, a logística, a tributação e a mão de obra pouco qualificada.
Zara!!! quando chegou ao Brasil foi uma esperança para os fabricantes..até descobrirmos que seu principal principal objetivo era ter produto brasileiro com exigencia internacional a preço da informalidade ...precisam encontrar empresas em território nacional que produzam tudo impecável à custo da escravidão asiática...trouxeram calculadoras com números diferentes...
Os especialistas acreditam que a empresa está entre as dez maiores varejistas, mas longe das líderes C&A, Renner e Riachuelo.
"A Zara trouxe um modelo internacional e avalia o quanto vale a pena se adaptar", disse o consultor Maurício Morgado.
Na reunião, o executivo apontou como dificuldades a burocracia, a logística, a tributação e a mão de obra pouco qualificada.
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