Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Na última década, o Brasil passou de importador de algodão para exportador. O país é o quinto maior produtor de algodão no mundo e o terceiro maior exportador da cultura. Mas o mercado interno também é um grande consumidor e fica com cerca de 900 mil toneladas do produto brasileiro.

Segundo o coordenador do Comitê de Algodão na Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Alexander Kurre, o preço do algodão no longo prazo vai depender da política de estoques chinesa, se o governo chinês - maior comprador mundial - seguirá comprando e aumentando seus estoques ou não. “Deverá haver uma tendência de estabilidade se eles continuarem comprando, caso contrário poderemos ver certa baixa no mercado em termos de preços”, destaca. O executivo ressalta que, neste ano, a perspectiva de exportação brasileira caiu em função da menor área plantada. Com isso, países como Estados Unidos, Índia, Austrália e África poderão suprir a lacuna do algodão brasileiro no mercado mundial.

Kurre destaca ainda que, no período de entre safra norte-americana, as atenções geralmente se voltam para o Brasil, que tem disponibilidade de julho a setembro, outubro. “Mas para os meses seguintes poderíamos ter certa dificuldade. Tudo vai depender dos basis praticados, os quais já caíram para o algodão brasileiro em função da qualidade comprometida nas duas safras anteriores”, comenta.

A mudança de importador para exportador ocorreu no País devido ao deslocamento da plantação: hoje mais de 50% da cultura é plantada no Mato Grosso. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, explica que o clima no cerrado é adequado para o plantio porque não chove na colheita, o que confere mais qualidade ao algodão. Outros estados como Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo se destacam na produção do algodão também. O custo de produção de um hectare de algodão gira em torno de R$ 6.000 - para se ter uma ideia, o da soja custa aproximadamente R$ 2.300, segundo o especialista.

Neste ano, os produtores de algodão devem plantar um 1,07 milhão de hectares e devem ser colhidas 1,55 milhão de toneladas na próxima temporada, de acordo com Pinesso. A safra 2012/2013, encerrada em julho, fechou os dados de exportação brasileira de algodão com 937.753 toneladas enviadas ao exterior. O valor é 10,12% menor que as 1.043.354 toneladas exportadas na safra 2011/2012, quando o Brasil bateu o recorde de exportação de pluma. A justificativa para redução na quantidade exportada ocorreu devido à redução de 37% na área plantada na safra recém-encerrada.

Coreia do Sul, Paquistão, China, Indonésia e Malásia são os cinco principais importadores da fibra brasileira. Só em 2013 eles compraram, respectivamente, 67.867, 63.751, 48.061, 19.369 e 17.417 toneladas.

Todos os anos, uma média de 35 milhões de hectares de algodão é plantada por todo o planeta. O comércio mundial do algodão movimenta anualmente cerca de US$ 12 bilhões e envolve mais de 350 milhões de pessoas em sua produção, desde as fazendas até a logística, o descaroçamento, o processamento e a embalagem. Atualmente, o algodão é produzido por mais de 60 países, nos cinco continentes.

Fonte:|http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/operacoes-empresari...

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O Brasil esta ficando para traz e tudo,menos na robalheira ai somos os primeiros do Mundo

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