A política governamental aplicada nos últimos anos fez milhares de brasileiros saírem da pobreza e aquecerem o mercado. O problema é que os maiores beneficiados deste movimento têm sido os produtos estrangeiros, que conquistam espaço cada vez maior nas vendas. Enquanto isso, a produção industrial no Brasil tem reduções preocupantes. A lista de setores atingidos é extensa. Empresários da indústria têxtil e de confecção, por exemplo, reclamam do perigo que corre uma das cadeias que mais emprega pessoas no Brasil inteiro. Economistas acreditam que, se medidas forem tomadas com urgência, como políticas econômicas e investimento em inovação, o quadro pode ser revertido. Aliado a isso está o aumento do custo de mão de obra na China, que pode reduzir a competitividade dos produtos chineses.
Indústria de confecção está entre as que registram maiores quedas, mas é uma das que mais empregam no paísUm bem manufaturado nacional da indústria de transformação é, em média, 34,2% mais caro que o similar importado dos principais parceiros comerciais. Em relação à China, o valor sobe para 34,7% de diferença, já contando com as alíquotas de importação vigentes. São diversos os fatores que prejudicam a concorrência do produto brasileiro em relação aos estrangeiros. Entre eles, especialistas destacam o Custo Brasil – nível de competitividade da indústria brasileira.
Em 2011, o governo lançou o Plano Brasil Maior, que tem entre seus objetivos incrementar a competitividade da indústria. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, o plano ajudou a solucionar alguns problemas, mas ainda falta mais para frear a queda na produção e a maior atratividade dos importados. Questões que, de acordo com ele, estão em negociação entre governo e empresariado, e podem mostrar resultados satisfatórios dentro de dois anos.
O presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário Feminino e Infanto-Juvenil de São Paulo e Região (Sindivest), Ronald Masijah, é um dos que temem o possível desaparecimento da indústria têxtil e de confecção. A indústria têxtil vem caindo de 2% a 4% e as importações já respondem por 20% do mercado de roupas no Brasil. Para Masijah, além de maiores incentivos, é preciso uma conscientização dos brasileiros, que precisariam dar maior valor à indústria nacional e, assim, contribuir para o desenvolvimento do país.
Se nada for feito, dou 10 anos para todo mundo virar importador
"Se nada for feito urgente, dou 10 anos para todo mundo virar importador. Porque as empresas não morrem, elas vão continuar trabalhando, só que com materiais lá de fora. Os empregos serão perdidos. O setor de confecção é o segundo maior gerador de empregos no país. Somos o principal gerador de empregos de mão de obra feminina, isso vai ser perdido de forma muito perigosa. A curto prazo, para o consumidor brasileiro, escolher o produto importado não faz diferença. Mas, a médio e longo prazo, isso significa colocar milhares de pessoas nas ruas, voltaremos a sofrer com desemprego no país", comentou.
Masijah pede que todas as empresas da área tenham facilidades para produzir, não apenas as micro e pequenas empresas, que já foram beneficiadas com o Simples Nacional. Uma das alternativas seria o Regime Tributário Competitivo para a Confecção (RTCC), projeto apresentado pela Abit ao governo, e que está em fase de análise. O objetivo da medida é desonerar, simplificar e desburocratizar a carga tributária que incide sobre o setor. Segundo a Abit, ela aumentaria em 69% a produção física e geraria cerca de 300 mil novas vagas no setor, até 2025.
"Se você for ao aeroporto vai ver uma quantidade assustadora de 'sacoleiros' vindo de Miami. A presença deles no mercado já é muito significativa e não contribui em nada com o governo, eles no máximo pagam excesso de bagagem à companhia aérea. Nós temos equipamentos modernos, mão de obra qualificada. Antigamente, a empresa nacional era copiadora, hoje, o mundo inteiro vem para cá ver o que estamos fazendo. Não falta inovação, falta uma carga tributária menor", aponta Masijah.
Em 2011, enquanto a indústria geral cresceu 0,3%, a têxtil teve queda de 14,9%, a maior da indústria de transformação (IT) naquele ano, depois de crescer 4% no anterior e cair mais 4,2% no ano passado. Em 2012, a maior queda na IT foi experimentada pelos setores de máquinas para escritório e equipamentos e veículos automotores (13,5%), que, no entanto, tiveram crescimento significativo dois anos antes, de 13,2% e 24,2%, respectivamente. A exceção ficou a cargo do setor de material eletrônico e equipamentos e aparelhos de comunicação, que caiu 13,5% em 2012, sem crescimentos significativos nos anos anteriores. De janeiro a julho deste ano, todavia, já registra crescimento, ao contrário da indústria têxtil, de vestuário e acessórios e de calçados.
O maquinário da indústria têxtil está muito defasado. Ao mesmo tempo, o custo da mão de obra aumentou
O diretor do Instituto de Economia da UFRJ, Carlos Frederico Leão Rocha, acredita que, se as coisas continuarem como estão, o quadro pode se agravar ainda mais, com perspectivas pessimistas para a indústria geral. Ele destaca a situação atual do setor têxtil: “O maquinário dessa indústria está muito defasado e, ao mesmo tempo, o custo da mão de obra aumentou, o que retira a competitividade do setor”.
Frederico lembra que o setor têxtil sofreu um movimento em direção ao Nordeste, em busca de menores salários, e também um processo de trabalho em cooperativas, para ter custos indiretos mais baixos. Em 2003, contudo, este movimento começou a ser coibido, fazendo com que as empresas tivessem que arcar com mais custos indiretos na produção. A indústria brasileira, então, começou a migrar para vizinhos como o Paraguai. “Quanto à indústria, sou muito pessimista, Se tudo continuar do jeito que está, vai reduzir ainda mais o tamanho”.
Competitividade de produtos chineses pode reduzir com aumento de salários no país
Empresários reclamam da concorrência desleal com os produtos da China, onde a maioria das empresas têm a presença do governo, a mão de obra é extremamente barata e não existe uma preocupação com questões ambientais, por exemplo. Além disso, reforçam, no Brasil são altos os custos com energia, infraestrutura logística e capital de giro.
A grande competitividade do produto chinês no Brasil, no entanto, pode ser revertido com o constante aumento do custo de mão de obra no país asiático, como aponta o economista Heron do Carmo. "A China está mudando. Com a tendência de aumento da mão de obra lá, melhoram as condições relativas de competitividade da produção brasileira. O salário chinês está aumentado significativamente e pode favorecer o produto brasileiro", disse.
Para Heron, junto à provável perda de competitividade chinesa e ao movimento de desvalorização cambial, as ações do governo para solucionar os problemas da indústria são positivos e devem trazer resultados. Ele destaca produtos brasileiros que já fazem sucesso no exterior, como as sandálias Havaianas, para reforçar que também é importante que as empresas invistam em inovação e design, para competir com o mercado internacional.
A queda de produção não se coaduna com a capacidade do setor
"O desempenho da indústria depende de um ambiente macroeconômico, da logística. O Brasil é um país em construção, com grandes oportunidades, mas com grandes desafios. Não temos nada contra a integração com o mundo, pelo contrário. Mas nós estamos perdendo espaço de mercado para outros países, como a China, que não tem marco regulatório, comprometimento com a questão trabalhista. A queda de produção não se coaduna com a capacidade do setor de gerar emprego e valor", avalia o diretor da ABIT, Fernando Pimentel.
José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Decomtec), atribui ao custo Brasil e à antiga valorização do real as perdas na indústria de transformação. "É muito caro produzir no Brasil, o produto estrangeiro chega muito mais barato. A principais razões são o capital de giro, os juros altos, energia cara, que já diminuiu um pouco. A carga tributária brasileira é enorme e exige um custo extra à empresa, como para contratação de pessoas só para lidar com esses impostos e com o emaranhado de leis e portarias soltas diariamente. Quem está ganhando com aumento de renda no Brasil é o produto importado".
http://www.jb.com.br/economia/noticias/2013/10/06/aumento-nas-venda...
Pamela Mascarenhas
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A” lenga lenga” é a mesma a muitos anos :
A maior causa, desse anacronismo da industria Brasileira, é culpa dos empresários, que vivem e acham que vivem, com os benefícios de suas bolsas famílias “empréstimos BNDS – impostos sonegados – propinas – benefícios fiscais – terrenos concedidos e outras - benesses ” e principalmente, não cobrarem dos governantes, planejamentos e planos para a industria, e que seja cobrado, eficiência da justiça para punir culpados, de desvios e corruptos sem perdão.
Sabemos, de qualquer medida, a ser tomada em planejamentos e planos, vai gerar investimentos e impostos, que devem, ter o compromisso social assegurado em seu retorno, pela justiça, punindo exemplarmente a todos que fugirem das suas responsabilidades.
Esses são, os princípios de países democráticos do primeiro mundo.
Amigos, somente para esclarecimento, o atual Presidente da ABIT é o Sr. Aguinaldo Diniz Filho e não o Sr. Fernando Pimentel, como citado no inicio da reportagem, mas isto não muda nada e o assunto realmente é assustador, da maneira como estamos caminhando, acredito que nossa industria de confecção não dure os 10 anos citados e sim, bem menos, se nada for feito.
Manolo,
Concordo em partes com você, porém não acho que os empresários são assim culpados. A maioria deles age de maneira completamente independente do governo e, talvez isso sim leve a alguma falha de planejamento. Tenho dois sócios e juntos representamos oito indústrias têxteis nacionais, as quais eu conheço a história de cada uma delas desde sua fundação e sei muito bem que todas elas foram construídas, e são tocadas até hoje com muito suor de seus fundadores; muito diferente dessa meia dúzia de mega-empresários encostados no BNDES da vida que você sugere.
Ainda, dessas empresas, a minoria utilizou de práticas comerciais que sonegassem impostos no passado, porém de uma década para cá, nenhuma mais utiliza e, pelo contrário, se esforçam ao máximo para cumprirem tudo no mais alto rigor que o protocolo fiscal exige. Como consequência, possuem preços bem menos competitivos e possuem uma fatia razoável no mercado, porém menor do que seus esforços e investimentos constantes merecem.
Protecionismo cria monstros e isso não está certo. Onde já se viu pagarmos R$ 250 por uma camisa no Brasil? Essa mesma camisa não custaria mais que U$ 35 em Miami, USA? Todos não gostaríamos de pagar algo entre R$ 70 e R$ 80 em uma camisa de marca e qualidade aqui no Brasil? Isso não seria bom para nossa economia, inflação e próprios bolsos?
Na Alemanha os salários são sim mais caros, porém esses salários não são de produtos manufaturados. Pelo contrário, são produtos provindos de muita pesquisa e de extrema tecnologia, investimentos os quais são praticamente nulos em nosso país. Ainda, ouvi falar que na Alemanha o que falta é alemão... pois há sim uma classe imensa e cada vez maior de imigrantes africanos e asiáticos em geral.
Onde quero chegar?
Nosso país não comporta mais produzir manufaturados. É mal negócio para o próprio cidadão brasileiro pagar o preço que paga em roupas. Seria muito melhor desenvolvermos tudo aqui e pagarmos para produzir nas Private Labels do Chile, Bolívia, China e, quando essas ficarem caras (e vão ficar), passássemos para o caminho natural que nos conduzirá até a África.
Dessa forma, afirmo que falta responsabilidade no nosso governo. O governo federal está sendo completamente irresponsável, isso sim. É preciso parar urgentemente de beneficiar meia dúzia de mega empresários pleiteando apenas financiamento para campanha, e acabar com essa guerrinha ridícula que existe entre o governo e a classe empresarial comum, dando um norte aos mesmos. Para isso é preciso abrir o jogo sem medo de perder o curral eleitoral composto por cada assalariado atrás de cada máquina de costura desse país.
Mas muito pelo contrário, o governo vulgarmente utiliza o empresário para manter o seu curral eleitoral (empregos), sem dar a mínima para onde esses empresários irão, como se reinventarão, se irão fecharem, falirem ou mudar de ramo. Os próprios incentivos do governo para esses empresários visam na maioria das vezes a mera ampliação do parque fabril, para o consequente aumento de meros empregos. Quando não, muitas vezes, esses "incentivos" estão diretamente atrelados a isso; como por exemplo o desconto de 3% no ICMS no estado de Santa Catarina, se o empresário comprovar o montante obtido em desconto como investimento direto no parque fabril.
Porém, se o governo é nitidamente a favor dos importados, para com razão baratear o custo da roupa para todos nós (em especial para seu curral eleitoral), porque continua 'incentivando' ou 'abafando' os empresários nos velhos moldes? Não seria melhor um 'papo reto' e direto, apontando qual é o caminho para a economia do nosso país para os próximos 10 ou 20 anos? Será que os empresários não haveriam de concordar com a situação uma vez que ela é totalmente racional e nítida? Porque o governo ao invés de incentivar a geração de ‘empregos por empregos’, não financia cientistas dentro de cada empresa? Porque os incentivos não são atrelados diretamente proporcionais a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, ao invés de serem exclusivamente atrelados a mera ampliação fabril e consequente ampliação do seu curral eleitoral? Porque o incentivo a ciência e empreendedorismo dentro das próprias universidades federais são tão inexpressível?
Acontece que igualmente a nossas vergonhosas “cracolândias”, nosso governo está completamente viciado em três coisas: geração de meros empregos, levantamento de caixa para campanha e commodities. Ou seja, um retrato panorâmico e preciso da falta de responsabilidade, da obsessão pelo poder e principalmente, um reflexo nítido do imediatismo.
A reação da classe empresarial comum a esse panorama não poderia ser outra que instintivamente defensiva. Por isso apelam ao protecionismo na esperança inconsciente que essa "novalgina" talvez contribua ao menos para que essa perturbadora enxaqueca dê um tempo e então, poderem clarear os pensamentos e talvez formar um planejamento mais racional e completo.
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manolo perez disse:
A” lenga lenga” é a mesma a muitos anos :
- 1. Empresários reclamando da concorrência desleal com os produtos da China, será que o problema é a china, ou a modernização (da indústria) e na exigência dos empresários, na implementação de políticas governamentais, que possibilitem competitividade, e sejam eficazes não somente para verem o mercado interno Brasileiro e sim o mundo.
- 2. O custo da mão de obra aumentou, imaginem a competitividade alemã e de outros países, com seus salários pagos, enfrentando os chineses ?
A maior causa, desse anacronismo da industria Brasileira, é culpa dos empresários, que vivem e acham que vivem, com os benefícios de suas bolsas famílias “empréstimos BNDS – impostos sonegados – propinas – benefícios fiscais – terrenos concedidos e outras - benesses ” e principalmente, não cobrarem dos governantes, planejamentos e planos para a industria, e que seja cobrado, eficiência da justiça para punir culpados, de desvios e corruptos sem perdão.
Sabemos, de qualquer medida, a ser tomada em planejamentos e planos, vai gerar investimentos e impostos, que devem, ter o compromisso social assegurado em seu retorno, pela justiça, punindo exemplarmente a todos que fugirem das suas responsabilidades.
Esses são, os princípios de países democráticos do primeiro mundo.
Ok Ruan concordo com vc, mas também concordo com o Manolo
Concordo que nosso destino seja a produção de tecnologia e produtos de valor agregado; foi assim com os países que nos sucederam no desenvolvimento econômico. Temos que investir na educação e na pesquisa; é o caminho a seguir, podíamos segui-lo por amor a causa, mas teremos que seguir pela dor de não ter alternativas. Ter produtividade é a única forma de poder pagar salários melhores.
Quanto a USA produzir têxteis só se for com valor agregado, outras alternativas de mão de obra mais barata está surgindo no mundo, como Camboja, Mexico, Vitenã, Bangladesh e com o incentivo EUA futuramente surgirão alternativas na África, via incentivo americano (Projeto Agoa - com recursos destinados e já arrolados até 2015); portanto isso corrobora com a ideia de ser difícil continuar competir na manufatura de fast fashion e commodities. Lógico que alguns setores como denim e moda praia são as exceções atuais.
Porém, empresariado tem sua culpa sim, e exatamente por não pensar de maneira setorial, mas sim de uma maneira sempre unilateral. E agora a falta de articulação empresarial está resultando nessa fraqueza na reação contra a situação atual. Eis aqui alguns pontos que considero que são sim, falhas de nossos empresários:
1. Olhar apenas para seus umbigos imaginando que o governo é que tem a responsabilidade de organizar e defender seus negócios fora da porta da fábrica;
2. encarar outro empresário como inimigo, não como concorrente de um mesmo mercado;
3. não conseguir sentar a uma mesma mesa sem que seus interesses estejam acima do interesse do setor;
4. não conseguir sentar em uma mesma mesa sem desconfiar que o outro empresário terá alguma vantagem que ele não terá;
5. olhar para uma liderança populista em suas entidades empresariais e não dizer nada, deixando que suas entidades empresariais sejam utilizadas como trampolim de interesses particulares e políticos; entidades que sustentam via folha de pagamento; e sobre esse ponto transcrevo trecho do poema de Bertolt Brecht:
"Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
....
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados."
É isso aí Hilário, também concordo com você.
Apenas atribuo uma parcela a mais de culpa no governo por acreditar que ele deve ser a liderança máxima. É dever do empresário liderar sua empresa; de uma associação liderar um setor; mas é dever do governo liderar à todos!
Valeu.
Pera ai, e que pais você mora ? governo liderando alguma coisa ? a culpa e dos empresários - que se vendem - por mazelas ou por benefícios - e falar em liderança de algum setor e ver a liderança virar politica e só olhando os seus interesses é nunca a da classe - e fácil de constatar isso - se você vive no Brasil
Ruan Tarlis Mendes de Oliveira disse:
É isso aí Hilário, também concordo com você.
Apenas atribuo uma parcela a mais de culpa no governo por acreditar que ele deve ser a liderança máxima. É dever do empresário liderar sua empresa; de uma associação liderar um setor; mas é dever do governo liderar à todos!
Valeu.
Manolo, você está longe de estar errado. Está certo sim. Eu apenas fui no cerne da questão colocando um outro ponto de vista, partindo daquilo que poderia ser considerado o ideal, com governo e empresários lutado juntos pelos interesses do país, seguindo um mesmo caminho. Adianta o governo apontar um caminho e os empresários insistirem em outro? Quem plantaria milho em solo preparado para arroz?
Acontece que nem o governo aponta o caminho, muito menos os empresários possuem uma causa comum e são persistentes. A união faz a força, mas em nosso país, tudo vira lobby e troca de favores, politicagem imediatista de quinta categoria. Qualquer tempo gasto em prol de causas coletivas e comuns, seja no meio empresarial, em associações comerciais, no condomínio do seu prédio, na associação do seu bairro ou em uma obra de caridade (com exceção do sagrado futebol), para grande maioria dos brasileiros é algo abertamente considerado como "coisa de tolos".
Esse é o cerne.
valeu - Ruan Tarlis Mendes de Oliveira - nossos pensamentos são iguais - temos que lamentar os nossos governantes e os dirigentes setoriais que só querem levar vantagem.
Ruan Tarlis Mendes de Oliveira disse:
Manolo, você está longe de estar errado. Está certo sim. Eu apenas fui no cerne da questão colocando um outro ponto de vista, partindo daquilo que poderia ser considerado o ideal, com governo e empresários lutado juntos pelos interesses do país, seguindo um mesmo caminho. Adianta o governo apontar um caminho e os empresários insistirem em outro? Quem plantaria milho em solo preparado para arroz?
Acontece que nem o governo aponta o caminho, muito menos os empresários possuem uma causa comum e são persistentes. A união faz a força, mas em nosso país, tudo vira lobby e troca de favores, politicagem imediatista de quinta categoria. Qualquer tempo gasto em prol de causas coletivas e comuns, seja no meio empresarial, em associações comerciais, no condomínio do seu prédio, na associação do seu bairro ou em uma obra de caridade (com exceção do sagrado futebol), para grande maioria dos brasileiros é algo abertamente considerado como "coisa de tolos".
Esse é o cerne.
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