Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Rafael Cervone Netto, 45 anos, é o presidente mais jovem da história da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), uma das organizações empresariais mais influentes do país.

Ele assume o cargo disposto a acabar com a imagem de protecionista do setor partir para um "ataque comercial", aproveitando o dólar mais desvalorizado. "O Brasil tem uma cultura de país fechado, mas hoje temos uma visão clara de que não adianta ser protecionista."

Em sua primeira entrevista no cargo, Cervonne Netto não poupa críticas ao ambiente de negócios no Brasil. "Hoje vivemos uma política do puxadinho. Precisamos de políticas horizontais", diz.

Quais são as suas prioridades?

É claro que a agenda número um é a da competitividade. Sabemos que não adianta ficar chorando e criticando o governo. Temos que trabalhar desenvolvimento, inovação e sustentabilidade.

Mas todo mundo fala isso. O que podemos fazer de diferente? O setor está se preparando para deixar de produzir commodities e partir para valor agregado.

Como?

Tem lição de casa para fazer. Uma delas é a modelagem das roupas. Nossa modelagem é boa, mas poderia ser melhor. Tenho rodado os centros de inovação e design: Japão, Estados Unidos, Portugal, Espanha e Israel. Eles inovam, mas produzem na Ásia. Nós temos 32 mil indústrias no Brasil. Por que não aplicar a inovação no Brasil?

A confecção migrou para a Ásia e os países ricos na moda. Dá para ter tudo?

Sim. Estados Unidos e União Europeia querem se reindustrializar. Eles precisam gerar emprego para sair dessa crise. A China está ficando cara. Hoje o que se fala é que a produção tem que estar próxima do consumo.

Enquanto os outros países perderam a confecção, somos um dos poucos que detêm o know-how de todos os elos da cadeia. Qual é a sua avaliação sobre o atual patamar do câmbio?

Saímos de uma fase muito ruim com câmbio muito baixo, que coincidiu com um mercado interno muito forte. Isso desestimulou o setor industrial a exportar e estimulou as importações. Mas, se você não for competitivo globalmente, também não será aqui. Não somos favorável a um mercado fechado.

É claro que existe uma agenda de defesa comercial, mas temos que partir para o ataque, inclusive na China. Nos últimos 120 dias, o número de consultas para o nosso programa de exportação aumentou muito.

Além disso, temos sérios problemas na Argentina. Os empresários não querem deixar esse mercado, mas precisam de novas alternativas.

O setor têxtil é protecionista?

Nos últimos oito anos, nossas importações aumentaram 27 vezes. O Brasil tem uma cultura de país fechado que hoje está mudando. Existe uma visão muito clara de que não adianta ser protecionista. Defesa comercial é sempre importante, mas não significa proteção.

Se pedimos uma medida de defesa comercial, é porque temos um problema pontual. Isso não interfere na nossa visão holística de abertura do mercado.

Qual é a sua expectativa para 2014?

No ano que vem, temos eleições. A expectativa em relação ao governo não tem sido tão positiva. O governo tem passado por uma crise de credibilidade, principalmente o Ministério da Fazenda. O ano que vem precisa ser de mudança -não necessariamente de governo, mas de rumo do país.

O ambiente de negócios no Brasil atualmente está muito ruim. Todo dia surge uma medida provisória nova que cria uma insegurança jurídica muito grande. Vivemos uma política do puxadinho -um benefício para cada setor. Precisamos de políticas horizontais. Acordos de livre comércio é outro drama. Estamos isolados.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/12/1385633-setor-textil-p...

RAQUEL LANDIM

Exibições: 761

Responder esta

Respostas a este tópico

"Hoje vivemos uma política do puxadinho. Precisamos de políticas horizontais",

Temos que trabalhar desenvolvimento, inovação e sustentabilidade.

boa!!!!! vamos ao atacar.............. quem? o que? .............

a luta maior e a venda, produção e planejamentos temos, o maior problema da indústria têxtil ,a a mudança de coleção, faz as fabricas da a luz em 2 ou 4 vezes por ano, 2 ou 4 vezes de sorte, ou sonho, e uma luta diária, se as industrias produzir, só um produto como a Coca-Cola ,a indústria têxtil vai crescer, mas não pode o cliente , quer sempre novidade......mata as industrias e elas sempre tem que começar.......ai e o problema........

Atacar com o que?

Estilingue contra laser ?

Só Davi ganhou de Golias!

Infelizmente perdemos a Onda.

As duas maiores cidades chinesas ocupam a 1ª e a 3ª posição e Singapura a 2ª.Somos o 57º pais na escala de Educação. 

Como vamos,desenvolver, inovar com esta geração "NEM". NEM escola, NEM trabalho. 

... Além disso, temos sérios problemas na Argentina. Os empresários não querem deixar esse mercado, mas precisam de novas alternativas. ...

Segue alternativa: http://colombiatex.inexmoda.org.co/es/# 

A Colombiatex é a segunda maior feira da América Latina ...

Bom proveito !

boa!!!!! vamos ao atacar.............. quem?   o que? .............

caro georges xavier, é excelente sua pergunta.

quem ? : todos nós que estamos envolvidos com a área.

interesse politico com sérias e honestas propostos, forçando o Governo, a melhor agir no momento que determinar subsidiar as importações.

CRIAR DEBATES NA MÍDIA, EXTERNANDO TODAS AS LUTAS E PREJUIZOS DO SETOR, QUE ESTÁ PRÓXIMO A SUCUMBIR.

o que ? - o setor carecido é, de uma planificação capaz de ter oferecer mecanismos para apoio, do desenvolvimentos:(capacitação pessoal, métodos, tempos operacionais, custo e sobretudo estratificação da PRODUTIVIDADES, por setores da área têxtil, salários compatíveis e convênios internacionais.

materias primas com o qualificativo dentro dos padrões internacionais e custo por quilo.

financiamentos diversos, mesmo sabendo que o setor muito errou no passado.

rtatamento dentro dos padrões internacionais, com respeito ao grande fornecedor de preço, que é a china.

Senhores,
Vamos dar um voto ao novo presidente da Abit.
Pelo menos o discurso está mais coerente , não fica só jogando a culpa no governo.
Concordo com as posições declaradas (exceto ao " ataque" ).

Só espero que não trate a Abit com interesses políticos ou particulares com aquele que vemos constantemente na TV sob a sigla da FIESP se auto promovendo.

Causa tristeza quando esses senhores ligam as instituições que presidem aos interesses políticos de governos ou próprios. Essas instituições não podem ficar atreladas à políticas e partidos políticos, pois são entidades perenes e que defendem interesses supra partidários, que não podem ficar a mercê da linha política no poder.

Infelizmente essas instituições estão confundindo o serviço social privado com a assistência social pública, e quando vêm à mídia difundindo ações sociais, fica confusa sua função como entidade privada criada para defender interesses de uma categoria econômica.

Nossa indústria necessita de políticas industriais, melhor qualificação da população. Políticas sociais cada indústria deve realizar de acordo com suas convicções.

Quando se fala de inovações, pesquisas tecnológicas financiadas, creio que estão regando um solo sem sementes - como esperar a solução de uma equação se temos deficiências em regras de três? . Temos que antes criar sementes de conhecimento - investir na educação e formação - , aproximar a academia com a indústria e mercado; depois fomentar inovações. Pode demorar 3 ou 4 anos, mas pelo menos teremos resultados mais concretos. Países como Taiwan, Japão, Índia não estão colhendo frutos de investimentos na educação realizados no ano passado.

Quanto mais tempo demorarem com demagogia e defesa de interesses particulares nas instituições que nos representam vamos continuar a chorando... até o último de nós.

delato tudo! hoje ,15 de dezembro 2013......

dona dilma, acorda e vai ajudar o setor têxtil, como ajudou os carros, eletros domerticos etc.......

E! AI... OQUE O GOVERNO PODE FAZER......?

PEGAR EMPRESARIOS COMO EU , CABEÇA DURA, QUE SO VE O MEU LADO, QUE NUMCA PREOCULPOU ,EM AJUDAR.

SEM , ESTUDO,APREDEU ERRADO, NA MARRA, NA SORTE, FORÇA DE VONTADE......

. IMAGINA ,NO PAIS DE  HOJE,PROFICIONAIS AUTAMENTE CAPASITADOS, MAQUINARIO,PRODUZIDO NO BRASIL, FABRICA DE TESIDOS NOVAS, PERFEITAS, COM ALTA TECNOLOGIA........

VAI DEMORAR MUITO TEMPO...PARA ISSO ACONTESER.......1

somos desunidos.......burros,
 
petrúcio josé rodrigues disse:

boa!!!!! vamos ao atacar.............. quem?   o que? .............

caro georges xavier, é excelente sua pergunta.

quem ? : todos nós que estamos envolvidos com a área.

interesse politico com sérias e honestas propostos, forçando o Governo, a melhor agir no momento que determinar subsidiar as importações.

CRIAR DEBATES NA MÍDIA, EXTERNANDO TODAS AS LUTAS E PREJUIZOS DO SETOR, QUE ESTÁ PRÓXIMO A SUCUMBIR.

o que ? - o setor carecido é, de uma planificação capaz de ter oferecer mecanismos para apoio, do desenvolvimentos:(capacitação pessoal, métodos, tempos operacionais, custo e sobretudo estratificação da PRODUTIVIDADES, por setores da área têxtil, salários compatíveis e convênios internacionais.

materias primas com o qualificativo dentro dos padrões internacionais e custo por quilo.

financiamentos diversos, mesmo sabendo que o setor muito errou no passado.

rtatamento dentro dos padrões internacionais, com respeito ao grande fornecedor de preço, que é a china.

O ambiente de negócios no Brasil atualmente está muito ruim. Todo dia surge uma medida provisória nova que cria uma insegurança jurídica muito grande.

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço