A fabricante de vestuário Malwee, de Jaraguá do Sul (SC), pretende dobrar o tamanho da sua operação no varejo este ano. A companhia, que encerrou o ano passado com 100 lojas das bandeiras Malwee, Malwee para Brasileirinhos, Carinhoso e Scene, pretende abrir mais 100 pontos de venda até dezembro.
A atuação no varejo da Malwee é recente. A companhia começou a deslanchar o seu projeto de lojas em 2011, sendo, portanto, a última entre as três grandes confecções catarinenses - as outras duas são Hering e Marisol - a construir uma rede varejista.
Hoje, a Malwee conta com unidades próprias (cerca de 80) e franquias. A expansão planejada para 2014 ocorrerá exclusivamente com abertura de franquias.
Segundo Rodrigo Englert, gestor de varejo da Malwee, o faturamento do varejo ainda responde por uma parcela pequena das vendas totais da companhia, mas há intenção de que representatividade do canal aumente.
O executivo não abre o faturamento da companhia, diz apenas que a Malwee está com crescimento em ritmo "um pouco acima" do mercado.
No Brasil, o varejo de moda encerrou 2013 com crescimento próximo a 10% no faturamento, para R$ 174,2 bilhões. Em volume de peças, as vendas de vestuário subiram 4,6%, segundo projeção do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).
Todas as lojas da Malwee inauguradas em 2014 serão localizadas em shopping centers. "Estamos vivenciando uma seleção natural de lojas dentro deste segmento [shopping centers], onde identificamos espaço para aqueles que possuem grandes marcas com diferencial de mercado", afirma Englert.
Antes de assumir a função na Malwee, três anos e meio atrás, o executivo teve experiência na calçadista Via Uno e em varejistas de moda como Renner e Arezzo. Englert também teve passagem pela Marisol, dona das marcas LilicaRipilica e TigorT.Tiger, e concorrente direta na Malwee.
Para traçar o projeto de expansão, a Malwee fechou contrato com a consultoria ba}Stockler, do consultor Luis Henrique Stockler, que participou da estruturação da área de franquias da Hering. Stockler explica que as 100 novas lojas da Malwee a serem abertas este ano misturam unidades para o público infantil (Malwee para Brasileirinhos e Carinhoso) e adulto (Malwee). Cada uma deve ter entre 40 metros quadrados e 80 metros quadrados.
A consultoria pretende realizar cerca de 6 mil atendimentos a possíveis candidatos a franqueados. Segundo Stockler, o investimento em uma franquia da Malwee, desconsiderando o ponto comercial, vai variar entre R$ 250 mil a R$ 300 mil.
A Malwee fornece hoje para cerca de 12 mil pontos de vendas multimarcas em todo o Brasil. Nas lojas monomarcas, praticamente 100% do portfólio é de produtos confeccionados pela própria companhia, que tem especialidade em peças de malha. "É um dos diferenciais competitivos da Malwee", afirma Stockler.
A Malwee tem nove fábricas, das quais cinco em Santa Catarina - onde fica também a matriz da empresa-, duas no Nordeste (Ceará e Bahia) e uma no Mato Grosso do Sul. A empresa emprega cerca de 10 mil pessoas.
As marcas Malwee e Malwee para Brasileirinhos têm foco principal nas classes C e B, enquanto a Carinhoso é mais voltada para as classes A e B, e a Scene foca em mulheres maduras. "Temos também plano de expandir mais rapidamente uma rede de lojas da Scene, mas isso deve ficar mais para o fim do ano", diz Stockler.
A Malwee pertence ao Grupo Dobrevê, que, no início do ano passado, comprou uma fatia majoritária na rede de franquias de moda íntima Puket, com 100 lojas. A operação de varejo da Puket é gerenciada pelo sócio-fundador da companhia, Cláudio Bobrow.
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No Brasil, o varejo de moda encerrou 2013 com crescimento próximo a 10% no faturamento, para R$ 174,2 bilhões. Em volume de peças, as vendas de vestuário subiram 4,6%, segundo projeção do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).
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