Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Embora as suas exportações continuem a crescer, as empresas chinesas de têxteis e vestuário estão a dar os primeiros passos a caminho do futuro, preparando-se para os desafios do aumento dos preços e das exigências ambientais através do investimento em unidades produtivas em países como os EUA. 

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China prepara futuro

As exportações da indústria têxtil e vestuário da China deverão crescer pelo menos 8% em termos anuais em 2014, graças à retoma nos mercados dos EUA e da União Europeia. Mas os produtores chineses sabem que se avizinham vários desafios e estão a preparar-se para o futuro.

Segundo um novo relatório da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Têxteis e Vestuário (CCCT), os produtores chineses também deverão beneficiar da «diminuição da diferença entre os preços do algodão chinês e do algodão no mercado mundial em 2014», que permitirá baixar os custos para os produtores chineses.

O presidente do conselho de administração da CCCT, Jiang Hui, afirma que isso irá tornar os produtores chineses mais competitivos no mercado mundial.

O preço do algodão chinês é, em média, de 5.000 yuans (cerca de 611 euros) por tonelada, um valor mais elevado do que no mercado mundial, devido ao programa nacional de criação de stocks de algodão que o governo chinês lançou em 2011 para subsidiar os produtores de algodão. Contudo, o programa tem várias falhas e o governo chinês vai substituí-lo por subsídios diretos.

As exportações chinesas de produtos têxteis e vestuário atingiram os 283,9 mil milhões de dólares (210,3 mil milhões de euros) em 2013, mais 11,4% do que em 2012, em comparação com um crescimento anual de apenas 2,8% em 2012.

Mas apesar deste novo aumento, os desafios continuam, de acordo com o Conselho Nacional de Têxteis e Vestuário da China (CNTVC).

Com efeito, a tendência a longo prazo pode ser de um crescimento ainda mais lento nas exportações diretas de têxteis e vestuário da China. «O aumento dos custos e a política ambiental cada vez mais restrita estão entre os principais desafios, sobretudo para as pequenas e médias empresas», aponta um relatório da CNTVC, publicado em janeiro.

Muitas empresas chinesas de têxteis e vestuário continuam a transferir as suas unidades produtivas para outros países para fugirem ao aumento dos custos e até às barreiras comerciais, aumentando, assim, as vendas de empresas detidas por chineses mas diminuindo o foco na produção de vestuário na China.

Por exemplo, o Keer Group Co Ltd, sediado em Zhejiang, vai investir 218 milhões de dólares para construir uma fiação de algodão em Lancaster County, na Carolina do Sul, nos EUA. Segundo a Keer, a construção vai começar em fevereiro, com as operações a deverem começar em outubro. «É a nossa primeira unidade no estrangeiro, marcando o início de uma estratégia mundial que nos pode ajudar a escapar ao aumento dos custos na China», explica Huang Guogang, diretor na Keer.

Keer também refere benefícios em termos de qualidade com a decisão de produzir nos EUA. «Enquanto terceiro maior produtor de algodão e principal exportador de algodão do mundo, os EUA têm recursos suficientes para produzir algodão de grande qualidade. A Carolina do Sul é historicamente um estado de empresas têxteis, por isso tem uma cadeia de aprovisionamento para a indústria altamente desenvolvida», acrescenta Huang.

Surpreendentemente, os custos mais baixos da eletricidade nos EUA também incitaram a mudança, refere. Na China, custa 0,70 yuans por quilowatt/hora, em comparação com apenas 0,30 yuans nesta parte dos EUA.

Entretanto, outras empresas chinesas de têxteis e vestuário estão a tentar fazer aquisições no estrangeiro para ajudar a impulsionar as vendas no estrangeiro. A Bosideng International Holdings Ltd, uma produtora de vestuário chinesa com sede em Changshu, na província de Jiangsu, comprou a marca britânica de vestuário de homem Greenswoods, em outubro de 2013. O vice-presidente da Bosideng, Sun Zhili, disse numa nota aos investidores que o objetivo da compra é acelerar a expansão da empresa na Europa.

Outra razão para as empresas chinesas investirem no estrangeiro é a força crescente do yuan. «Agora é uma ótima altura para as empresas chinesas comprarem bens e recursos estrangeiros», considera Xu Hubin, secretário-geral do Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China.
 

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Outra razão para as empresas chinesas investirem no estrangeiro é a força crescente do yuan.

Surpreendentemente, os custos mais baixos da eletricidade nos EUA também incitaram a mudança, refere. Na China, custa 0,70 yuans por quilowatt/hora, em comparação com apenas 0,30 yuans nesta parte dos EUA.

ISTO É IVEROSSIMEL!! PURA UTOPIA DE QUEM VE, OUVE E VE, SÃO A ESTIGMA DOS TRES MACACOS.

A IMPLANTAÇÃO DE INVERDADES NO MEIO CIRCULANTE E DE "IGNORANTES" LENDO E ANALISANDO COMO QUEREM, SEM LASTRO DE VERDADES, TORNA TUDO MUITO DIGERIVEL, MAS É VERDADEIRO???

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