Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Pesquisa mostra resultados positivos na aplicação de corantes naturais na indústria têxtil

Da natureza vem a inspiração para várias tonalidades - Foto: Ecycle

Da natureza vem a inspiração para várias tonalidades - Foto: Ecycle

27/03/2014 - Fonte: USP

Você já se perguntou de onde vêm as cores presentes nas roupas que usamos? A maior parte delas é oriunda dos corantes artificiais, que precisam ser misturados à água para chegarem à tonalidade correta na hora da aplicação ao produto. Porém, os resíduos desse processo descartados incorretamente acabam prejudicando corpos d'água. No entanto, um ramo que surge como alternativa é o dos corantes naturais, que têm se mostrado muito eficazes. Um exemplo disso é a recente pesquisa de Janice Accioli Ramos Rodrigues.

A aluna de mestrado da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP), realizou uma pesquisa que consistia em buscar na natureza corantes que pudessem ser usados em tecidos, de modo a diminuir o impacto causado pela indústria têxtil.

O local escolhido para extrair os pigmentos foi a Amazônia, região conhecida pelas variedades de espécies e por dispor de aditivos naturais que movimentam a economia e o mercado de trabalho do locais. Os corantes naturais escolhidos para o estudo foram: andiroba (Carapa guianensis Aubl.), açaí (Euterpe Oleracea), jenipapo (Genipa americana L.), mamorana (Pachira aquática Aubl.), cipó verônica (Dalbergia subcymosa Ducke) e urucum (Bixa orellana L.). Os componentes foram preparados, processados e, posteriormente, testados em tecidos. Os testes se realizaram  em panos planos PT com ligamento de sarja, de algodão 100% e, no segundo momento, em um tecido meia-malha composto por 98% algodão e 2% elastano - o algodão teve predominância devido à origem vegetal.

Andiroba é uma planta comumente encontrada no Cerrado  - Foto: Wikimedia

Após a análise da eficácia do tingimento, um novo teste foi feito para analisar a solidez dos corantes diante da lavagem. Fatores como alcalinidade, alvejamento, ação abrasiva e temperatura foram levados em consideração para concluir a análise. Após a experiência foi feita uma cartela de cores como resultado das colorações, uma coleção e quatro artigos de vestuário com tecidos tingidos. “Quanto aos resultados, pode-se dizer que se chegou ao objetivo proposto, pois foram obtidos corantes aptos a serem usados na indústria têxtil, com boa solidez às lavagens e à luz, além de terem sido produzidas peças de roupa em tamanho normal para aplicação dos mesmos”, disse a pesquisadora.

Urucum: tonalidade vermelha é fonte de pesquisa sobre os corantes  - Foto: Leonardo Ré Jorge/Wikimedia

Os benefícios de utilizar corantes naturais vão além da redução da degradação da natureza e riscos à saúde. Estímulos da indústria têxtil poderiam contribuir para o aumento da economia dos locais de extração, sem danificar o meio ambiente.

http://www.revistaecologico.com.br/noticia.php?id=1984

Exibições: 1049

Responder esta

Respostas a este tópico

parece mentira que alguem recebeu um diploma de mestre por isto, quando temos livros escritos e empresas que ja fazem isto a tempos, por exemplo o casulo feliz no parana que produz tecidos com o descarte da seda, faz isto nao sei nem a quantos anos, nos aqui do natural cotton color ja fazemos isto aqui ha 8 anos, so com a casca do cajueiro nos tiramos masi de 4 cores, inclusive o grafite, nem se falou ai que tecido sintetico nao pega tinta natural, o que absorve melhor as cores e a seda depois o linho e por ultimo o algodao e nem fiz tese nenhuma para saber disto, menos ainda a glicinia setenareski do casulo feliz, o brasil tem uma riqueza vegetal impar e nos nao sabemos aproveitar e ai vem alguem achando que descobriu a polvora, pelo amor de deus e o governo ainda paga por isto, e so procurar os indios que eles dao uma cartela de cor melhor que qualquer pesquisador destes ai, alias eles sao fontes de pesquisa da glicinia e eu pesquisei em livros que sao escrito por pessoas ligados aos indios do peru e aqui empriciamente com nossas cascas e plantas locais, porem ja sei que tem empresa no pernambuco que se aproveitoru do nosso trabalho e diz que tira cores destas plantas que citamos acima, o dono comprou varias cascas e sementes e fica la de amostra, porem pergunta se ele tira tinta na frente de alguem, agora a gli ja fez na tv e nos aqui fazemos para quem quiser ver

 O problema é que o setor têxtil está cheio de gente que sabe de tudo. Por isso estamos onde estamos.

Reclamar e criticar os outros quando fazem alguma coisa; dizer que tem a solução de tudo ; e quando algo dá errado tirar o corpo fora dizendo que a culpa é dos outros é uma prática petista que parece que está migrando para a cadeia têxtil.

pois e caro senhor esta mesmo e para seu desespero estas praticas estao dando certo e esta vindo gente ate da onu tentar aprender com estes petistas nordestinos e sem saber da nada, mas que nunca tira o corpo fora, seria mais saudavel o senhor tentar aprender alguma coisa, inclusive o que viver numa democracia, entao o senhor absorvia melhor SUA TURMA  esta fora do poder e cada dia ficando mais longe, enquanto isto eu lhe recomendo começar a aprender a fazer oposição, buscar mais conhecimento (politico), porque textil o senhor sabe tudo.......ai sim fazer criticas com conteudo, pois estas crticas totalmente veja e rede globo ja ficou provado que nao esta dando certo.

TEM MUITA COISA MAIS IMPORTANTE, COMO VOCE MESMO CITOU O LIVRO DO EBER QUE FOI FEITO NO CASULO FELIZ E LA TEM MUITAS PESSOAS USANDO A EMPRESA COMO CAMPO DE PESQUISA, POREM TEM MUITA GENTE USANDO ISTO COMO A DESCOBERTA DA RODA E TEMOS QUE AVANÇAR E NAO FICAR ESCREVENDO O QUE JA FIZERAM A MUITO TEMPO TAMBEM JA FUI PESQUISADORA SOU MESTRE E VI DE PERTO COMO SE FABRICA TESES POR ISTO ABANDONEI A VIDA ACADEMICA, PORQUE ESTA TOTALMENTE BICHADA COMO QUASE TUDO NESTE PAIS, TEM MUITA TESE SERIA, MAS TEM UMAS QUE E PURO ENGODO

Desculpa-me Francisca, qual o problema nisso?

Não vejo problema. Eu queria ter mais livros, informações de outras pessoas. Para!!! A gente é muito pobre aqui!!!

Pobre de informação, pobre de espírito, pobre de conhecimento, pobre de pesquisas, pobre de educação, pobre de tudo!!! Aí vem os alemães, e nos levam tudo, fazem dinheiro lá, nas empresas deles, nas basfs da vida!!! Aí vem os japoneses e patenteiam o cupuaçu! Por que??? 

AH MEU DEUS É POR ISTO QUE O SETOR PRIVADO QUER DISTANCIA DOS ACADEMICOS, PELO MENOS NO BRASIL, EU TAMBEM FUI NO PERU E POR ISTO MESMO NAO VEJO NECESSIDADE DE PESQUISA NESTE CAMPO, ENQUANTO FALTA TUDO EM RELAÇAO A MERCADO ENTRE OUTROS PROBLEMAS QUE VOCE COMO ACADEMICA NEM DEVE SONHAR QUE EXISTAM

Dona Francisca, teus argumentos são falaciosos e também são prepotentes!!! E logo a senhora, que se beneficia da pesquisa para obter o pão de cada dia!!!! Deveria envergonhar-se!!! 

querida aqui se trablha com pesquisa seria, e o meu pao de cada dia vem do meu trabalho, que pelo jeito e uma coisa que voce desconhece

Senhoras...calma...

Dona Francisca, não sou partidário político nem simpatizante, nem se quer trabalho em órgãos estatais ou obtenho rendimento estatal; por isso não preciso defender ou levar alguma bandeira político partidária.

Minha citação sobre a "prática petista" é para caracterizar uma situação análoga à prática política que se inicia com "eu não tenho nada com isso...eu não sabia de nada" -do Ilmo Presidente Luís Inácio Lula da Silva  - na ocasião da divulgação do caso do Mensalão; até os dias de hoje com a Ilma Presidenta Dilma Russef que diz que não foi ela que errou e sim um tecnocrata, no caso atual da Petrobrás.  Essas atitudes são citadas de forma jocosa quando alguém quer se eximir de culpa por qualquer coisa. Só isso.

Nesse fórum, creio que não seja adequado para tratar de questões politicas partidárias. 

Os governos passam, os partidos mudam e os líderes morrem; mas a necessidade de se manter o desenvolvimento tecnológico, pesquisas, empregos...isso sempre será necessário e é um assunto que deve ser tratado de forma "apartidária", pois a alternância de partidos no poder, faz parte da democracia; e defender uma política industrial ou desenvolvimento de pesquisas com a nuance política que ocupa o poder na ocasião é algo temeroso; que rompe a continuidade desses processos, pois são processos que possuem abrangência superior ao período em que um partido ocupa o poder numa democracia. Regimes autoritários que visam a permanência no poder , nos mostram atualmente que não possuem lastro (veja o caso da Venezuela e outros regimes autoritários instalados no mundo - o desgaste que sofrem para se manter no poder , a censura, etc..) e acredito que a senhora também não defenda o autoritarismo e a ditadura seja ela rotulada por qualquer ideologia econômica ou política.

Afinal, creio que estou me dirigindo a alguém que possui uma titulação muito maior que a minha , e saberá me compreender e analisar os fatos como se fossem uma pesquisa- isentos de nuances pessoais.

Sinceramente, acho que a Tv Globo sempre foi situacionista, até pelo local que ocupa nas telecomunicações no Brasil; e a Veja faz a oposição clara e direta que a liberdade de imprensa - tão defendida no passado - lhes garante. Creio que isso faça parte de um ambiente democrático que também deve estar presente nas discussões acadêmicas.

Boa Noite !!!  Gostaria de participar do debate, no entanto refuto a discussão politica anterior, falando apenas sobre a questão corantes naturais versus corantes sintéticos. Defendo a pesquisa, estudo e produção dos dois tipos de corantes, claro levando em conta a demanda necessária, pois considero ambos importantes e práticos em determinadas situações. Os corantes naturais são fáceis de serem obtidos e manipulados em aplicações artesanais e situações de baixo consumo, no entanto onde temos alta demanda torna-se dispendioso e inviável economicamente. Cito como exemplo uma malharia pequena, onde produza por ex. 100 t/mês de malha de algodão, e que para tanto necessita de algo como 2 a 3 t/mês de corantes para tingir em diversas cores e tonalidades, então considero que produzir corantes naturais para o ex citado exigiria um tempo e esforço que seria inviável, portanto para casos assim ou onde temos demandas superiores é necessário o corante sintético. Repito ambos são importantes e devemos estimular o estudo e a produção, no entanto cada um ocupara o seu devido espaço, em função da necessidade, custo, aplicação, modelo de produção, marketing e demais variáveis. Em tempo: trabalho com os dois tipos de corantes !!!!

Vamos deixar a política de lado e espero que o grande visionário Fábio Luiz "Lulinha" da Silva descubra o nosso setor.

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço