Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ex-empregados e fornecedores da falida fábrica de tecidos, Suape Têxtil S.A, vão receber R$ 11 milhões em crédito. O pagamento foi deferido pelo juiz Rafael de Menezes, da 2ª Vara Cível do Cabo de Santo Agostinho. Na última sexta-feira (25/07), o magistrado determinou a expedição de alvará para criação de contas judiciais individualizadas nas quais esses credores poderão sacar o dinheiro.

Do valor total dos créditos, R$ 5 milhões serão destinados a 1.700 ex-trabalhadores da fábrica. O restante do valor, R$ 6 milhões, será destinado à quitação da dívida com os fornecedores da empresa. Segundo o juiz Rafael de Menezes, será o primeiro pagamento concedido aos fornecedores e o segundo dos ex-empregados. "Após termos pago 5 salários mínimos a cerca de 1.700 credores trabalhistas em 2013, com base no art 151 da lei 11.101/05, além de todos os credores trabalhistas que prestaram serviços após a decretação da falência, estamos agora pagando os credores extraconcursais, que forneceram crédito, serviços e mercadoria durante a frustrada Recuperação Judicial".

O valor a ser pago aos credores foi levantando por meio da venda de máquinas e mobiliários, além da realização de um leilão de um terreno da fábrica na PE-60. Haverá ainda mais um novo leilão de dois imóveis da empresa localizados no estado de São Paulo. O valor arrecadado será destinado ao pagamento de outros créditos preferenciais, e havendo disponibilidade, a instituições financeiras e dívidas tributárias. A falência da Suape Têxtil foi decretada em março de 2011, quando a dívida com os credores estava estimada em R$ 150 milhões.

"A importância dessa decisão está justamente no pagamento dos credores extraconcursais, pois muitas falências se limitam ao pagamento de verbas trabalhistas, mas neste processo da Suape Têxtil bancos, fornecedoras de materiais e prestadoras de serviço estão tendo seus créditos satisfeitos. Tal pagamento consagra aspecto importante da nova lei de falências que dá prioridade aos credores que acreditaram na recuperação judicial e deram crédito a empresa em dificuldade para evitar sua falência", explicou o magistrado.
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Que pena uma empresa desse tamanho quebrar desse jeito! Fui fornecedor durante muitos anos e sempre gostei muito da empresa e das pessoas, onde fiz muitos amigos. Verdadeiramente uma pena!

Uma falência pode ser provocada por fatores, às vezes, adversos que os gestores não têm como evitar. Entretanto, na maioria das vezes, ela acontece por má gestão, diga-se incompetência dos gestores, ou por estratégia equivocada da direção maior ou de seus conselheiros, etc. Em todos os casos perdem todos: os acionistas que vêem seu capital se esvair, os trabalhadores que perdem seus ganha-pão, os fornecedores, o Estado, a comunidade, enfim, todos, absolutamente, todos perdem. É mesmo de se lamentar.

Do valor total dos créditos, R$ 5 milhões serão destinados a 1.700 ex-trabalhadores da fábrica.

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