Por Kledir Salgado
Designer de moda com Mestrado em Têxtil e Moda pela USP*
Historicamente, o luxo e a riqueza do vestuário associados à história da França remetem ao século XVI, quando o rei e a corte se instalaram em Paris no Palácio do Louvre. Essa mudança impulsionou os setores econômicos urbanos, no sentido de atender a uma crescente demanda por produtos de luxo. A proximidade da corte estabelecida na cidade transformou o modo de se vestir e criou uma nova tendência doravante conhecida como moda: a diversidade do corte, de tecidos e de cores foi crescentemente valorizada pelas elites, de tal forma que não bastava ter apenas uma túnica, mas uma diversidade e profusão de peças.
Foi nesse período que alfaiates, costureiras, bordadores e tingidores alcançaram uma posição de destaque entre os artífices de todas as áreas, pois eram responsáveis por traduzir em roupas, por intermédio das suas habilidades, a pompa e o espetáculo da vida na corte, bem como causar a melhor impressão possível dos nobres que a vestiam. Porém, a formação de padrões de vida baseados na elegância e sofisticação foi redefinida na França com a ascensão ao poder de Luís XIV, o Rei Sol, no século XVII, que se valeu do saber fazer francês para estabelecer o domínio daquilo que viria ser conhecido como o rentável mercado.
O estilo de vida determinado durante o reinado de Luís XIV continuou no século XVIII e a figura da rainha Maria Antonieta foi uma das mais imitadas pelas jovens da corte francesa e posteriormente influenciando a maneira de vestir das jovens burguesas.
Até o século XVII, o status da costureira, era quase que nulo. Ela fazia consertos e ajustes a alfaiates e camiseiros famosos e poucas conseguiam construir uma rede de clientela edificada, sendo que somente mestres alfaiates tinham legitimidade para vestir a elite. Somente em 1675, por ordem por ordem do rei Luis XIV, é que as mestras costureiras adquirem reconhecimento e podem vestir mulheres da corte, entretanto sem poder ainda ter em suas lojas quaisquer peças de tecido ou comercializá-las. Tais costureiras estavam divididas em quatro categorias:
Rose Bertin, ministra da moda
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O papel da costureira era confeccionar a roupa somente após o cliente ter escolhido o tecido, sendo a forma colocada em segundo plano.
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