Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Os desafios da industria têxtil e do vestuário pós–eleição 2014

Independentemente de quem se elegerá nestas eleições presidenciais, o setor têxtil e de confecção continuará enfrentando grandes desafios para continuar a ter destaque no segmento industrial brasileiro.

O Setor de confecção caracteriza-se pela falta de barreira tecnológica à entrada de novas empresas e baixo investimento requerido para a construção de uma unidade produtiva de pequeno porte a médio porte, o que acaba gerando a abertura de novos negócios sem a estrutura adequada de gestão e consequentemente o fechamento constante de empresas com baixa maturidade.

O setor também é caracterizado pelo emprego intensivo de mão de obra o que faz com que o custo da mão de obra seja significativo no custo total de fabricação. Esse fator aliado a má gestão, explica em parte a migração das empresas para regiões ainda subdesenvolvidas ou em desenvolvimento o que agrava ainda mais a produtividade e a boa gestão dos recursos.

O consumo por produtos têxteis e de vestuário cresce mas em contra partida a produção nacional decai frente a crescente importação de produtos asiáticos. E por quê?

Além dos problemas já conhecidos como o custo brasil, temos se comparados com outros países, um baixo índice de produtividade e de tecnologia, o que as torna não competitivas diante do mercado global.

Há muito o que se fazer dentro das próprias empresas para aumentar o nível de produtividade e por conseguinte recuperar a posição de destaque mundial. O aumento da produtividade vem através da redução de custos de toda a sua cadeia, redução do tempo de produção, uma melhor gestão das pessoas, dos sistemas de informação e urgentemente rever as questões relativas às estratégias, bem como as questões relativas à inovação e da tecnologia.

O complexo têxtil tem de fazer um grande esforço de investimento em inovação tecnológica e de desenvolvimento de suas competências essenciais para ser competitivo. Deve desenvolver habilidades, conhecimento tecnológico e estruturas organizacionais requeridas para operar eficientemente uma tecnologia e suportar qualquer processo de mudança tecnológica.

Essa indústria é a responsável pela fabricação da moda e nenhuma outra indústria tem de acompanhar tão rapidamente as mudanças de estilo de vida dos consumidores. Assim sendo, os produtos possuem uma vida curta, contrariamente o fluxo produtivo é um dos mais extensos e complexos. Essa dicotomia resulta em um desafio para as empresas que precisam responder ao mercado de forma rápida e dinâmica.

A inovação só é alcançada se quem a produz está conectado intimamente aos seus clientes ou consumidores. Só assim, a empresa será capaz se ante ver aos seus concorrentes e criar novas necessidades de mercado.

A inovação não está somente na criação de novos produtos, mas certamente na introdução de novos conhecimentos de processos e de gestão.

De qualquer forma, para as empresas têxteis brasileiras se inserirem no contexto competitivo internacional, precisam além de tudo de atitude, conhecimento e capacidade para mudar. Há também a necessidade das empresas perceberem a sua situação de gestão de pessoas e dos processos, de forma a promover as mudanças incrementais e dinâmicas dentro da empresa que deem a ela a sustentação necessária no mercado competitivo.

O empresariado não quer protecionismo e sim justiça e condições melhores para promover o crescimento sustentado da sua organização. Mas, somente com uma visão ampliada dos negócios, com uma estratégia bem direcionada ao seu mercado, com ações concretas interligadas às estratégias e com profissionais competentes que não visam somente resultado de curto prazo, só assim se obterá um incremento de produtividade e o crescimento sustentado ao longo prazo da sua organização.

Este post foi publicado em Blog em 25 de agosto de 2014 por Luiz Felipe

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  Há muito o que se fazer dentro das próprias empresas para aumentar o nível de produtividade e por conseguinte recuperar a posição de destaque mundial.

   O empresariado não quer protecionismo e sim justiça e condições melhores para promover o crescimento sustentado da sua organização.

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