Santa Catarina produziu R$ 14,7 milhões em 2013 Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS
O setor têxtil e de confecção da indústria catarinense conhecerá hoje os caminhos para construção do futuro até 2022. O projeto da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) envolveu 77 pessoas, entre empresários e representantes da academia, do governo e do ramo. O resultado será apresentado às 9h no Senai.
Com crescimento e geração de emprego acima da média brasileira, a produção catarinense representa 20% do ramo têxtil e de confecção no contexto nacional. Para que o setor atinja níveis de inovação e competitividade desejados em um período de oito anos, o relatório aponta o investimento na formação de profissionais, criação de infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento, fortalecimento de políticas públicas, integração entre empresas do ramo, desenvolvimento e inovação como ações prioritárias.
– Esses fatores precisam ser superados para chegarmos à visão de futuro. A qualidade de produção deve ser pensada a nível internacional – analisa o diretor de Desenvolvimento Institucional e Industrial da Fiesc, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
Objetivo é reconhecer SC no mercado global
A análise do panorama atual mostra que o Vale do Itajaí e o Litoral Norte se destacam na importação e exportação. Mas a crescente compra de produtos asiáticos, principalmente da China, resultou em déficit de US$ 995 milhões em produtos têxteis e de US$ 705 milhões de confecção na balança comercial de 2013. Além disso, o relatório aponta que faltam investimentos na formação de profissionais e em pesquisas e apoio financeiro, técnico e à exportação.
Para Fonseca, um dos principais desafios da indústria é tornar Santa Catarina reconhecida no mercado global com diferenciais como moda, design e valor: — A indústria têxtil e de confecção deve focar na agregação de tecnologia e design. Cada vez mais é necessário investir em tecnologias atreladas ao setor no que se refere ao produto final e investir no design no que se refere à moda.
Segundo Fonseca, o mais importante neste estudo da Fiesc é ter uma agenda única, na qual tanto o setor produtivo quanto academia, governo e entidades de apoio tenham um foco único de visão de futuro do ramo. Para desenvolver o setor e posicionar o Estado em lugar de destaque não apenas no Brasil, mas no mundo, o projeto apresenta visões que compreendem os fatores críticos do cenário atual da indústria catarinense e sugere ações que podem ser implementadas no curto, médio e no longo prazo.
Para o diretor de Operações da Dudalina, Gerson Otto, o projeto possui propostas objetivas, claras e fundamentadas que vão nortear as empresas do Estado para alcançar a competitividade internacional:
— Ao construir uma proposta de trabalho em conjunto com as demais empresas, nos unimos e fortalecemos o setor. A indústria têxtil precisa de um olhar e valorização diferenciados e quando há este alinhamento de contexto conseguimos buscar soluções melhores para buscar competir internacionalmente.