A procura por artesanato e produtos customizados alterou as características do setor têxtil no Paraná, fazendo a área crescer. Em seis anos, de acordo com a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), o número de lojas de tecidos e armarinhos registrados saltou de 67 para quase 800 – uma expansão aproximada de 1.000%.
“É um setor que saiu da característica de fazer roupas e foi mais para a característica de decorações de artesanato. Então, a pessoa prefere decorar a casa com algo mais customizado, que só ela tenha”, avalia Priscila Takata que é pesquisadora da Fecomércio.
Os exemplos de criatividade são encontrados com facilidade em todos os cantos do estado. Paula Paia, por exemplo, mora em Curitiba e transformou a sala de estar do apartamento em uma oficina de criação. Os panos, fios e caixas mudaram a cara da casa. Com um blog e uma loja virtual, hoje, ela tem renda igual a que tinha quando era funcionária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
“É uma conquista porque é um trabalho super gostoso, prazeroso e compensador. A gente consegue uma recompensa financeira em relação a ele”, afirma Paula.
Atentas a expansão do setor, algumas lojas apostam também na formação de novos profissionais. Em um estabelecimento de Curitiba, especializado na venda de artigos de patchwork, muitas clientes viraram alunas. A loja é também um ateliê que oferece cursos de costura. Segundo a dona da loja, Patrícia Avanci, 70% das alunas se inscreveram com o intuito de garantir uma renda extra no fim do mês, que pode chegar a R$ 4.000,00 se o trabalho for de qualidade.
Não faltam oportunidades nem mesmo para quem está começando na área. A aposentada Erika Brandalise está animada. Há um mês no curso, ela já recebeu vários pedidos. “Já está começando a pequena fábrica de bichinhos”, brinca.
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