Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fabricante mineira de denim e sarja com quatro fábricas dependia em 90% da rede externa de água e reduziu o montante para 44%.

Com quatro unidades produtivas em Minas Gerais, a Cedro intensificou, nos últimos três anos, ações de combate ao desperdício de água com processos de reúso e investimento em uma estação de tratamento. Sustentabilidade não é novidade para a empresa que tem uma estação de geração de energia própria da década de 20 e vem mudando sistemas para controles ambientais desde o final da década de 90. Nessa época, com o aumento do custo da captação da água, a empresa começou a implantar um sistema de tratamento de efluentes que permitiu uma economia de 35%. “Decidimos atacar o problema na origem, para a redução do custo do lançamento de água no meio ambiente, além do tratamento”, explica Márcio Alvarenga Miranda, gerente de meio ambiente e qualidade da Cedro.

Um dos processos modificados foi a separação da água colorida daquela do resfriamento, que pode ser recuperada. De acordo com Miranda, nos últimos três anos a empresa tem feito um controle estrito do consumo de água dos poços artesianos e acompanhado o volume de chuvas na região (centro e norte de Minas Gerais). Outra iniciativa é a exigência que os fornecedores implantem processos limpos com reúso de água na lavanderia. “Já chegamos a usar 90% de água de concessionárias externas. Com a mudança de processos, conseguimos reduzir esse montante para entre 50% a 44%”, avalia Miranda.

Em 2013, mudou o processo de produção na área de tingimento de fios que passou a usar menos água, com melhor aproveitamento do corante. “Só com esse processo alcançamos 30% de economia”, afirma Miranda. Um novo sistema de tratamento de efluentes, implantado no ano passado, permite economia de 35% com o uso do rejeito tratado para processos de tingimento. Hoje, a empresa trata 15% do rejeito e a previsão é chegar a 30% até setembro deste ano.

A Cedro também conta com uma estação geradora de energia que produz 6% do que consome. “Já submetemos ao estado projeto de modernizar esse sistema, mas as licenças ambientais são muito demoradas e custosas”, diz Miranda. De acordo com o executivo, se a falta de chuvas continuar serão necessárias ações mais pontuais, tanto das indústrias quanto do estado. “Com a escassez, será necessário priorizar o topo da cadeia que é o consumo humano, agricultura e consumo animal. O estado terá que pensar novas leis para que a divisão seja equitativa para toda a sociedade. Não dá para repetir a falta de planejamento que vivemos no ano passado”, afirma Miranda.

Das quatro fábricas, duas estão localizadas em Pirapora, no norte de Minas Gerais, e funcionam às margens do rio São Francisco. “Mesmo após a cheia do final do ano, a vazão da Barragem Três Marias, que fica na região, está com apenas 11% de seu volume, e no ano passado manteve uma média de 28%. Como a densidade da população da região é bem menor que São Paulo, a situação não é preocupante, mas todo o país está em alerta para ações preventivas”, diz Miranda.

http://www.gbljeans.com.br/noticias_view.php?cod_noticia=5875

Ana Luiza Mahlmeister

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Parabéns ao sempre competente Márcio Álvarenga
Meus parabéns ao Márcio Alvarenga e à Cedro pela implantação de todo este sistema de recuperação de efluentes. Infelizmente poucas são as empresas que tomaram esta atitude. Adicionalmente as empresas precisam investir em máquinas com menor relação de banho, alterando consequentemente os processos e produtos de tingimento. Apesar da água estar a cada dia ficando mais escassa, ainda há tempo para as mudanças, com futura redução de custos.
Impressionante como todos os custos caem sobre a industria, que não é a maior consumidora. Exemplo gritante é o custo da energia no horario de ponta e no período seco: só a industria é penalizada! Vamos seguir o exemplo dos camioneiros: Paremos o país!

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