Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Aprovado. Rihanna colocou a “lingerie invisível” à prova em sua aparição no Council of Fashion Designer of America 2014

Los angeles, EUA. Quando os principais nomes de Hollywood passaram pelo tapete vermelho na noite da entrega do Oscar, em 22 de fevereiro, várias das estrelas mais importantes estavam usando uma grife muito discretamente. Mas não era uma linha secreta de alta costura ou, em segredo, uma peça comprada no shopping mais próximo.

Eram peças da Commando, uma linha de roupas de baixo que se vende como “underwear invisível” por usar um tecido moldável, ao invés de elásticos, para criar contornos mais suaves.

“Com todas essas luzes e câmeras, você precisa escolher alguma coisa sem costura”, afirma Leslie Fremar, estilista de Nova York, que geralmente usa peças da Commando quando está trabalhando para celebridades como Julianne Moore e Reese Witherspoon, duas atrizes que ela vestiu para a cerimônia do Oscar.

“É a base de todos os looks que criamos”, diz Karla Welch, estilista de Los Angeles que veste Felicity Jones, Olivia Wilde e Amy Poehler. “É um pequeno segredo simples, esperto e ao alcance de todo mundo. Foi a grande descoberta das roupas de baixo”, afirma.

A Commando também participa regularmente da Semana de Moda de Nova York, onde os designers, incluindo Rebecca Minkoff, Prabal Gurung e Michelle Smith, da Milly, adoram a maneira como as peças ficam quase invisíveis mesmo da primeira fila, quando as modelos desfilam vestidos e saias curtos.

“As peças permitem que as moças se movam livremente e mostrem bem os looks que eu criei”, afirma Michelle, cujas modelos usaram tangas cor de pele da Commando em seu desfile de 16 de fevereiro.

A natureza discreta da linha de lingerie foi colocada à prova no prêmio Council of Fashion Designer of America 2014 (Conselho dos Designers de Moda dos Estados Unidos 2014), quando Rihanna usou um vestido transparente de Adam Selman que deixava pouco para a imaginação.

Julgando pela pouca atenção que a roupa de baixo recebeu (e pela quantidade de notícias que o vestido gerou), a peça se mostrou perfeita para a função. “Quando é para usar tangas cor de pele, sempre escolho as da Commando”, afirma Mel Ottenberg, estilista de Rihanna há muito tempo. “Elas não aparecem, mesmo quando o vestido é muito fino e as pessoas vão ver tudo”.

Mudança de vida. Dada a adoção pelo pessoal da moda, seria de se esperar que a Commando fosse uma invenção de um estilista de Hollywood ou de um designer de Nova York. Mas a marca foi criada por Kerry O´Brien, antiga publicitária do meio financeiro de 43 anos que vive em Shelburne, Vermont, e passa o tempo livre esquiando em Stowe e fazendo stand up paddle no lago Champlain.

Kerry fundou a Commando em 2003, depois de trabalhar como vice-presidente sênior da firma de relações públicas Weber Shandwick, onde se especializou em mídia financeira. Em 2001, no dia seguinte aos ataques de 11 de setembro, ela pediu demissão.

“Sabia que teria que assistir à cobertura dos ataques várias vezes, como parte do meu trabalho, e tinha certeza de que não conseguiria”, explica Kerry. “Hoje percebo que, de qualquer maneira, estava provavelmente muito estressada”, avalia.

Vilão. Enquanto tentava descobrir o que fazer, ela respondia perguntas de amigas que procuravam conselhos sobre que roupas deveriam usar. Em vez de dar dicas sobre o que vestir e como se maquiar, Kerry acabava normalmente perguntando sobre a roupa de baixo das amigas. E o mais comum é que ela considerasse as peças das amigas pouco atraentes. E havia um vilão.

“O elástico é o inimigo das roupas de baixo”, afirma. “Ninguém fica bem ou se sente bem com um elástico no corpo.”

Caroline Tell The New York Times

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