Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Manual de sobrevivência - Dicas para as confecções se manterem saudáveis no período atual

 

Não, não é uma receita pronta ou uma fórmula mágica o que você verá aqui nestas páginas. Mesmo porque, se houvesse uma, ninguém estaria enfrentando tanto sufoco, não é mesmo?

Tempos bastante bicudos os que vivemos atualmente em todo o país. E para a confecção não é diferente. Recessão no consumo, alta dos juros, oneração nas folhas de pagamento, falta de água, alta de luz, ânimos políticos exaltados, ou seja, a conta ficou caríssima para nós, e sem direito a parcelamento. O que mais falta?

O balanço de 2014 do setor têxtil e confeccionista anunciado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) no dia 22 de janeiro, em sua sede em São Paulo (SP), não teve uma sonoridade tão acalentadora. Já caminhando em déficit na balança comercial há alguns anos, o setor fechou o ano passado com mais um: US$ 5,9 bilhões, e a previsão para 2015 é que ele se amplie para US$ 6,13 bilhões.

“O que inverterá esse quadro são ações concretas. Por isso, a Abit mapeou 12 áreas para buscar investimentos e melhorias. Em 2015, o foco estará em quatro áreas: trabalhista, tributária, comércio exterior e inovação e produtividade”, declarou Rafael Cervone, presidente da Abit, durante coletiva de imprensa.Segundo ele, ninguém está otimista, mas é preciso trabalhar com confiança no futuro. Na área trabalhista, o foco é a modernização em suas relações; na tributária, é fortalecer as confecções por meio do Regime Tributário Competitivo para as Confecções (RTCC); em comércio exterior, reforço e busca de novos acordos comerciais; e em inovação e produtividade, a intensificação de investimentos em produtos e gestão. As outras áreas destacadas são: segurança jurídica, financiamentos, burocracia, infraestrutura, macroeconomia, educação e capacitação, MPEs (micros e pequenas empresas) e sustentabilidade.

A entidade também fez uma adequação em seu Plano Têxtil até 2030, firmando uma parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Senai/Cetiqt e a Fundação Certi (Centro de Referência de Tecnologias Inovadoras), especialmente para o projeto “Confecção do Futuro”, que é uma planta industrial modelo de última geração, baseada em conceitos inovadores, que serve de referência a empresários de todo o país; inserção do setor nas cadeias globais de valor (estudo em parceria com o Senai/Cetiqte a Confederação Nacional da Indústria – CNI); inclusão do setor têxtil e confeccionista no Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento (Agenda Tecnológica Setorial); inclusão do kit têxtil no programa Minha Casa Melhor; lançamento da terceira legislatura da Frente Parlamentar Têxtil e Confecção (em março); e participação no 2o Fórum Internacional de Inovação Têxtil, que acontecerá no dia 7 de abril, em São Paulo (SP), enfocando os esportes.

“É fundamental pensar a longo prazo para superar os desafios atuais. Para 2015, apesar do PIB estagnado, estimamos um crescimento de 0,7% na produção de confecção e 0,3% nos têxteis”, destacou Cervone, incentivando as empresas a ampliar seu leque de opções e olhar para outros segmentos que ainda podem ser explorados, como o hospitalar, o automobilístico, o de fardamento e uniformes, por exemplo. O surfwear também se torna um nicho interessante pelo “efeito Medina” e o grande apelo jovial, conforme destaca Marcelo Villin Prado, sócio-diretor doInstituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). Vale lembrar que, no balanço de 2014, o ano fechou com uma queda de 5% na produção de têxteis em comparação a 2013, e o de vestuário retraiu 2% nesse mesmo período, tendo fabricado 6 bilhões de peças.

“Investir em diversificação de produtos, melhoria de qualidade, operação mais eficiente e design serão ferramentas importantes para enfrentar mais esse período de turbulências”, adverte Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, de São Paulo. Para ele, esse é o momento de, em conjunto, as empresas pleitearem a melhora do ambiente de negócios no Brasil, atuando junto às associações de classe.

Outro dado bastante preocupante foi a queda de postos de trabalho. Só em 2014, o setor teve inacreditáveis 20 mil vagas formais fechadas, com previsão de menos 4 mil para 2015. E para onde vão esses trabalhadores, que setor os absorverá? Além dos postos de trabalho fechados, são 24 mil famílias sem renda, o que não gera consumo e, por sua vez, não movimenta o mercado. Sem movimento no mercado, não há movimento na economia do país, o governo deixa de arrecadar. É um círculo perigoso, do qual temos que criar formas de sair. Por isso, além da desoneração da folha de pagamento, que era uma medida inicial importante para a retomada da competitividade, mas que foi revertida, outros pontos da agenda trabalhista precisam ser discutidos a fim de facilitar e desburocratizar a relação empregador-empregado.

“Temos de trabalhar a agenda trabalhista e, que fique bem claro, ninguém está falando de precarização de nada. Mas é um absurdo você pagar um salário menor do que deveria e, ao mesmo tempo, saber que o funcionário custa mais que o dobro do que ele recebe. Há alguma coisa errada, inclusive para todos os níveis de empresa. Portanto, o Brasil tem de se reinventar com uma nova técnica de desenvolvimento: temos oportunidades, talento, competência, já mostramos isso em diversas ocasiões e vamos mostrar de novo. Claro que, por estarmos inseridos na economia mundial, somos influenciados por ela com os mesmos males e benefícios, mas o problema maior é interno, ou seja, nós é quem temos de resolver a nossa vida. A inflação alta é produto de nossas decisões governamentais, assim como os juros altos e o baixo crescimento também são frutos dessas decisões equivocadas”, pondera Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit.

CENÁRIO ECONÔMICO

Assim como num teatro, a atuação de nossos governantes tem se mostrado desastrosa no cenário econômico nos últimos quatro anos, especialmente em 2014. Sob “nova direção”, a equipe econômica liderada pelo ministro Joaquim Levy, conhecido por suas medidas impopulares para arrumar a casa, tem mostrado o lado mais amargo do remédio para curar o estado debilitado ao qual chegamos, mas inevitável para a recuperação.

Na avaliação de Thiago Biscuola, o desafio fiscal será grande, pois o gasto do governo tem crescido numa velocidade maior que a expansão do PIB, e ele não ampliou os recursos para investimentos. “O governo sinaliza, com a indicação dos nomes da equipe econômica, que pretende fazer o ajuste necessário. No entanto, a equipe ainda não revelou como fazer esse ajuste. O risco é fazê-lo, mais uma vez, com o aumento dos impostos, como já se observa com a volta dasContribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O mais grave, agora, é a elevação da contribuição das empresas que adotaram a desoneração em folha, os setores que antes pagavam 1% sobre o faturamento e passarão a recolher 2,5% depois de junho. Além disso, enquanto o mundo se beneficia de custos energéticos em queda, o Brasil vai na contramão e assiste ao significativo aumento do custo da energia elétrica e dos combustíveis. Com certeza, esses últimos gerarão uma pressão de custos adicional importante para a cadeia de têxteis e confecções. A tributação complexa e excessiva é um desafio a ser vencido. O nível das expectativas dos empresários está muito dependente de sinalizações práticas do governo no segundo mandato de Dilma. O desafio de colocar a economia brasileira de volta na rota do crescimento é grande e parece cada vez mais distante”, indica o economista.

ALTA DO DÓLAR: ANJO OU DEMÔNIO?

Em meio a todo o caos que vivemos, talvez só a alta do dólar tenha um papel dúbio nessa situação: boa para uns, ruim para outros. A parte ruim é que maquinário e insumos estão mais caros. Por outro lado,favorece as exportações ao mesmo tempo em que pode ser um freiona entrada de importados, especialmente no vestuário, impulsionando a produção interna.

A Zune Jeans, por exemplo, uma das grandes empresas paulistas do segmento e que produz 100 mil peças por mês, atualmente confecciona 40% no Brasil e importa os outros 60%. Para 2015, de acordo com seu diretor, José Eduardo Nahas, haverá uma inversão nessa equação: importar 40% e produzir os outros 60% em casa.

Essa é realmente uma boa oportunidade para aumentar a demanda por produtos nacionais e fortalecer os exportadores, mas não pode ser tomada como uma tábua de salvação, já que o câmbio é oscilante e essa é uma estratégia pontual, como comenta Fernando Pimentel: “Acho que a mistura do câmbio com a incerteza da demanda tende a favorecer uma visão mais a curto prazo e pode beneficiar a indústria local, que tem maior facilidade para trabalhar em condições mais rápidas de entrega e com menores lotes para atender a essa demanda, que está difícil de ser prognosticada. Então, não podemos nos iludir com uma eventual melhoria de curto prazo decorrente de fatores que não controlamos. Esse é um ano em que, se não tivermos feito lições de casa relevantes e se o mundo encontrar um novo ponto de equilíbrio, as coisas voltam a ser como antes”.

Segundo dados da Abit, o setor perdeu competitividade no mercado internacional, mas o Brasil tem todas as condições de ser um grande player, tanto interna quanto externamente, pois inova e produz em grande escala. O que falta é clareza e planejamento nas políticas econômicas e trabalhistas para quehaja condições de os empresários saberem que passos dar. “É preciso que a política econômica seja de Estado, não de mandato”, enfatiza Pimentel.

Para tanto, a entidade vem trabalhando no programa Texbrasil há 15 anos, fomentando a internacionalização da moda brasileira. Nesse período, mais de 1.500 empresas participantes do projeto exportaram US$ 3,2 bilhões – em 2014, elas foram responsáveis por 64,6% das exportações do setor – e geraram 25 mil empregos como resultado dessas ações. Em dezembro de 2014, a Abit firmou seu nono convênio com a Apex-Brasil e tem programadas 776 ações até novembro de 2016, apoiando mais de 250 empresas em 45 feiras no exterior. “Buscamos resultados reais, que já estão sendo apresentados”, afirmou Rafael Cervone.

O Brasil está entre os cinco maiores representantes da área têxtil do mundo e possui a maior cadeia produtiva integrada do Ocidente, além de um varejo que figura entre os sete maiores do mundo, com grande potencial de crescimento. “As estimativas mostram que, se o país engatar novamente a marcha do desenvolvimento, com taxas modestas para o que precisamos ao ano, que é de 3%, e crescimento de renda real em 1% ao ano, o mercado de vestuário sairá de 1,2 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas vendidas nos próximos dez anos, ou seja, é um salto monumental. No entanto, se nada for feito, nós vamos perder essa fatia. O Brasil ficou muito oscilante em sua posição no mercado mundial e o cliente não pode ficar dependendo dos humores das políticas. Não é à toa que 2006 foi o último ano em que tivemos superávit na balança comercial de manufaturados. No ano passado, tivemos mais de US$ 100 bilhões de déficit. O Brasil sempre foi o vagalume dessa política internacional de exportação de manufaturados”, enfatiza Fernando Pimentel.

 

ORDEM NA CASA

 

Anderson Ozawa, diretor-geral da AOzawa Consultoria.

Foto: Divulgação

 

Se não dá para contar com a ajuda de fora, ao menos por dentro a casa precisa se manter em ordem. Ficar paralisado e deixar a empresa à mercê dos acontecimentos é uma péssima ideia para quem almeja se manter no mercado. Com certos cuidados, como a redução das despesas e a revisão dos cálculos de demanda, já dá para começar o planejamento, como indica Anderson Ozawa, diretor-geral da AOzawa Consultoria, empresa direcionada a gestão estratégica. “Em minha opinião, não dependa do governo. Em nenhum momento. Aproveite-se, obviamente, das formas de executar um planejamento tributário aderente ao seu negócio, por exemplo, e de observar as tendências econômicas para maximizar sua participação e, ao mesmo tempo, blindar e minimizar qualquer sinal de turbulência. Dessa forma, independentemente do governo, invista em seu negócio buscando ter o máximo de controle e eficiência a fim de obter a melhor performance possível. Estude seus clientes e torne-os fieis à sua marca. Cative seus colaboradores e torne-os fiéis à sua ideologia. Os fatores governamentais são incontroláveis. Sua empresa é controlada por você e é nela que seus esforços devem ser concentrados. Seus clientes podem sem controlados por você, com base no produto e na forma de vendê-lo. Reavive a todo instante sua postura empreendedora, criando o cenário que você quer para sua empresa, e tenho certeza de que sairá ileso do que pode acontecer este ano”, recomenda Ozawa.

Somando-se a isso, o consultor de gestão industrial Rubens Nunes, da Megatech Consultoria, presente no chãodefábrica de confecções Brasil afora, destaca que, além de planejar suas ações futuras, programar as ações planejadas e controlá-las, o confeccionista precisa ter sob controle a noção de tempo de execução de cada ação, estar atento às necessidades de correções e ajustes e treinar seu maior patrimônio, ou seja, seus colaboradores. “Infelizmente, nosso segmento quase nunca é ouvido e, muitas vezes, somos tratados como vilões. Apenas as ações de maus empresários (trabalho escravo) é que ganham os noticiários nacionais, as ações sociais que desenvolvemos (qualificação de mão de obra, por exemplo) quase não são divulgadas. O simples fato de termos empresas totalmente legalizadas já possibilitaria uma forma de concorrência mais honesta dentro da confecção. Enfim, o setor já passou por situações parecidas e soube criar condições de superá-las. Nossos administradores são profissionais em ‘sobreviver’ a períodos de caos no mercado, mas precisam estar atentos aos sinais e reconhecer a hora de agir”, desabafa Rubens.

 

Juliana Borges, analista técnica da carteira de moda e confecções da Uaci – Sebrae Nacional.

Foto: Divulgação

 

Rever a gestão de processo produtivo e as parcerias para novas negociações comerciais são os dois principais pontos aos quais as empresas precisam estar atentas nesse momento, especialmente para entender que desafios o pequeno negócio está apto a assumir em curto prazo,na avaliação de Juliana Borges, analista técnica da carteira de moda e confecções da Unidade de Atendimento Coletivo Indústria (Uacin) do Sebrae Nacional. Para ela, o empreendedor precisa mensurar o lucro obtido com produtos “carro-chefe”, acompanhar o nível de estoque, avaliar erros e acertos na produção anterior e entender se tem condições de atender a novas ordens de serviço de curto, médio e longo prazos. Para tanto, o Sebrae oferece diagnósticos online como o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) na Avaliação da Gestão de Negócios (www.ead.sebrae.com.br/cursos/meg-na-avaliacao-da-gestao-de-negocios), bem como atendimento presencial nos postos de atendimento nos estados. “O objetivo é fazer com que a empresa se situe e se conheça melhor antes de pensar em qualquer passo em direção à sustentabilidade nos próximos meses”, explica Juliana.

Conhecer a fundo seu negócio é o principal para que o empresário cresça, pois o que pode ser oportunidade para uns não é para outros. E isso serve de alerta especialmente para os pequenos negócios, que representam 98% da indústria de moda no país, com 271 mil pequenas empresas, que são as que mais crescem no setor, de acordo com o Sebrae.

Segundo um estudo feito pela entidade sobre o perfil dos microempreendedores individuais (MEI), o varejo de moda, representado pelas sacoleiras, é a segunda maior atividade recém-chegada à formalidade. Para Juliana, “isso significa que o setor de confecção deve pensar políticas de comercialização e captação desses novos clientes. Essa oportunidade remete, inclusive, a grandes empresas fornecedoras de insumos para a confecção nos pequenos negócios”.

Outras sugestões do Sebrae para dar apoio às confecções são os cursos de Gestão de Qualidade: Visão Estratégica (pensamento estratégico), SEI – Unir Forças para Melhorar (melhores práticas de como atuar em grupo) e Compras Governamentais (para conhecer mais sobre as compras governamentais – o que são, como se preparar para os editais, repensar práticas comerciais e fornecimento em conjunto). Além disso, o Sebrae incentiva os empresários a procurar as entidades representativas locais e os projetos de indústria da moda de seus estados.

 

O QUE ELAS ESTÃO FAZENDO?

 

Eugenio Konopatzki, diretor do Grupo Luiz Eugenio Camisaria.

Foto: Silvia Boriello

 

Além das instituições, precisamos ouvir também o que algumas confecções estão fazendo para atravessar essa fase.

O Grupo Luiz Eugenio Camisaria, com sede em Francisco Beltrão (PR) – que está há 37 anos no setor de confecção, atende a uma extensa carteira de clientes no Brasil e no Mercosul e fabrica internamente mais de 60 mil camisas por mês em suas três plantas fabris,divididas nas linhas Luiz Eugenio (camisaria masculina com peças mais sofisticadas), Porto&Co (urbana), Walbann (clássica para o dia a dia) e Maria Eugenia (camisaria feminina) – tem seguido o lema “pénochão”.Eugenio Konopatzki, diretor da marca, diz que sua estratégia para 2015 é muito trabalho, sem se atrelar tanto ao sobe e desce de impostos e cargas do governo, pois precisa manter a produção e seus cerca de 500 funcionários internos, uma tarefa bastante árdua. “A carga tributária é alta, mas mantemos todas as responsabilidades fiscais em dia, por isso às vezes não somos tão competitivos como gostaríamos de ser. Além de enfrentarmos o problema dos produtos vindos do mercado externo, enfrentamos os do mercado interno também, pois há muitas empresas no país que não pagam seus impostos como deveriam e, por isso, têm um preço menor”, diz Eugenio.

Quem pode dizer que teve um ano diferente de muitas empresas é a Fakini Malhas, de Pomerode (SC). Tendo completado 20 anos em 2014, aquele teria de ser “o ano”, por isso foram desenvolvidas ações em todas as áreas da empresa desde o primeiro dia útil de trabalho. “Para isso, nos aprimoramos, nos reinventamos e nos desdobramos para alcançar nossos objetivos. Podemos dizer agora que 99% deles foram cumpridos, graças ao empenho e à determinação de uma equipe de trabalho fantástica. Esquecemos as adversidades, não deixamos os noticiários nos desmotivarem e colocamos lenha na caldeira, fazendo a empresa crescer significativos 25% em2014”, comemora Francis Fachini, diretor comercial da Fakini.

 

Francis Fachini, diretor comercial da Fakini Malhas.

Foto: Actnove Fashion Photography/Divulgação

 

A empresa produz mais de 1 milhão de peças mensalmente e, para 2015, pretende avançar 15% em seu crescimento, com o auxílio de novos equipamentos para agregar valor aos produtos, reforçar sua equipe comercial no Nordeste do país, onde ainda são pouco agressivos, e se aproximar cada vez mais de seus principais clientes, como explica Francis. “Particularmente, em nosso negócio, trabalhamos 100% de acordo com a legislação e sofremos com isso, pois a grande maioria das indústrias locais beneficia-se de artimanhas para burlar o fisco e sonegar impostos, apresentando ao mercado produtos com preços bastante inferiores aos cobrados por nós. Daí a especialização e diferenciação de produtos para buscar um perfil de cliente que procure melhores soluções e parcerias mais sólidas. Assim, buscaremos em 2015 um crescimento saudável e um aprimoramento de nosso portfólio de produtos”, defende Francis.

 

DICAS PARA ANOTAR, DESDE SEMPRE:

 

-       Trabalhar dentro da legalidade e atender às exigências do fisco – honestidade é fator preponderante no mercado;

-       Preocupar-se com o caixa, controlando seu fluxo financeiro e garantindo uma sobra saudável para eventuais impactos econômicos ou de recuo na produção;

-       Estar atento a tudo o que acontece dentro da empresa, tendo um controle eficiente da produção, desde a compra da matéria-prima, os custos, passando pelo maquinário e os trabalhadores, olhando os números e medindo o desempenho por indicadores, sem “achismo”;

-       Não deixar estoque com falta ou excesso de produtos – calcular e programar a produção, pois todos esses são custos;

-       Conhecer a fundo seus produtos e o mercado, adequando-se ao que for necessário, atendendo aos desejos e necessidades dos clientes, sem medo de deixar de produzir em tempos difíceis aquilo que não desperta interesse;

-       Investir em capital humano, reconhecendo e retendo talentos e capacitando-os constantemente – o ativo intelectual é mais valioso que o financeiro, pois é ele que executa e transforma a concepção em realidade;

-       Ganhar velocidade com novas tecnologias;

-       Diminuir a distância com o consumidor final;

-       Especializar-se visando atender a um nicho de mercado e oferecer a ele uma solução completa, com produtos inovadores;

-       Lançar novas marcas para alcançar nichos de mercado específicos;

-       Fazer distribuição multicanal – ver as possibilidades que mais se adequam à sua empresa (lojas próprias, franquias, internet, entre outras);

-       Ter fontes variadas de suprimento – produção própria, terceirização, importação, produção no exterior;

-       Ter maior atuação no ponto de venda para ampliaro giro de produtos;

-       Focar: não chore, não reclame, saia do senso comum daqueles que somente criticam o cenário. Seu foco na solução, e não no problema, o ajudará a seguir em frente.

Por Silvia Boriello

Colaboração: Roselaine Araujo

http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/31/materia/especial.html

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Respostas a este tópico

primeiro se fala em sustentabilidade quando o texbrasil nao tem uma feira internacional voltada para este tipo de produto, nos somos o exemplo disto que tivemos todas as nossas solicitacoes negadas porque segundo o proprio texbrasil, so quem se interessa por este tipo de feira sao as empresas ligadas ao grupo do algodao colorido aqui da paraiba.
quanto a exportacao, esta e uma batalha perdida, porque com o banco do brasil que temos, ineficiente, inoperante, incompetente, pode ter certeza cada dia fica mais dificil para um pequeno empresario querer entrar nas exportacoes e ai vem a pergunta o que a ABIT esta fazendo para melhorar o banco do brasil, onde em um estado como o da paraiba, nao tem ninguem nem na superintendicia do banco para voce ter qualquer orientacao, o que a ABIT esta fazendo para que a receita federal nao passe uma semana 10 dias 15 dias com sua mercadoria la parada e nos perdendo cliente todo dia por causa disto, sinto muito dizer mas esta e uma guerra perdida, nos nao temos condicoes de exportar isto aqui e um pais que esta no tempo jurassico, no que diz respeito a exportacao e o tiranossauro rex se chama banco do brasil o banco oficial das exportacoes brasileiras, inovar e questao de sobrevivencia, agora com um sistema de logisttica, bancario e fiscal que temos, isto mais parece uma piada de mau gosto para irritar mais ainda a classe empresarial

  Segundo dados da Abit, o setor perdeu competitividade no mercado internacional, mas o Brasil tem todas as condições de ser um grande player, tanto interna quanto externamente, pois inova e produz em grande escala.

So se eles derem um jeito de tirar o banco do brasil das exportacoes ja seria 50% dos problem as resolvidos

  Já caminhando em déficit na balança comercial há alguns anos, o setor fechou o ano passado com mais um: US$ 5,9 bilhões, e a previsão para 2015 é que ele se amplie para US$ 6,13 bilhões.

EU DIGO QUE TEM QUE FECHAR O BANCO DO BRASIL PARA AS EXPORTAÇOES CRESCEREM, EU NAO ESTOU BRINCANDO, A MINHA CONTA TEM 20 ANOS, EXPORTO A SEIS ANOS E AGORA MINHA AGENCIA QUE TEM UM NOVO GERENTE, SENHOR MARCOS DA SILVA,  DIZ QUE O SE FOR CAMBIO ANTECIPADO ELE NAO AUTORIZA A OPERAÇÃO PORQUE ELE NAO ME CONHECE, ENTAO EU EXPORTO A SEIS ANOS E APESAR DO BANCO DO BRASIL TER PERDIDO MEUS CONTRATOS VARIAS VEZES E EU TER QUE IMPRIMIR NOVAMENTE E IR NA AGENCIA DEIXAR, APESAR DE NAO TER UM UNICO CENTAVO DE DIVIDA COM O BANCO, NAO TER NADA ABSOLUTAMENTE NADA IRREGUQUANDO LAR ELE NAO AUTORIZA MEU CAMBIO ANTECIPADO, OU SEJA O CLIENTE DO EXTERIOR UE NAO TEM HISTORICO NENHUM SOBRE MINHA EMPRESA, CONFIA EM ANTECIPAR MEU CAMBIO, O BANCO ONDE TENHO CONTA A 20 ANOS E NAO DEVO NADA, ESTE NAO CONFIA EM FAZER A ANTECIPAÇAO DO CAMBIO, APESAR DA GECEX TER FEITO TODA A OPERAÇAO, EU NAO POSSO TER MEU DINHEIRO PORQUE ESTE GERENTE DA AGENCIA 1636-5 SENHOR MARCOS DA SILVA MAT. 6.814.665-5, NAO CONFIA E COMO ELE DISSE EU POSSO NAO AUTORIZAR E VOU FAZER ISTO, PORQUE A SENHORA RECLAMA DEMAIS DO BANCO DO BRASIL, OU SEJA, ELES QUEREM QUE VOCE TENHA MAUS SERVIÇOS, PREJUIZOS E NAO RECLAME PORQUE SE FIZER ISTO VAI TER CONSEQUENCIAS, A PERGUNTA É: O QUE A ABIT E O TEXBRASIL ESTA FAZENDO PARA MELHORAR ESTA SITUAÇÃO? O QUE ESTA SENDO FEITO PARA MUDAR A RECEITA FEDERAL CADUCA? SE NADA NESTE SENTIDO FOR FEITO, SABE QUANTO VAMOS AUMENTAR DE EXPORTAÇAO? ZERO, PORQUE NOS TEMOS SOCIOS QUE TEM PRODUTO, TEM PREÇO E DIZ SE FOR PARA EU TER QUE ATURAR O BANCO DO BRASIL, PREFIRO FECHAR A EMPRESA

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