Nova tabela que começa a ser adotada nesta sexta-feira deixa cidades como Santa Cruz do Capibaribe 28 dias sem água
Para cada dois dias de abastecimento, outros 28 sem água. Essa é a realidade que começa a vigorar nesta sexta-feira (1º) em Santa Cruz do Capibaribe, principal cidade do Polo de Confecções Têxteis de Pernambuco. O município está na lista de 15 cidades do Agreste do Estado que começam a passar por um regime especial de abastecimento. Além de Santa Cruz, mais cinco municípios do polo vão ser afetados pela falta de água. O racionamento preocupa muito os produtores, que temem o colapso da indústria na região.
O cronograma diferenciado de fornecimento de água foi divulgado na semana passada pela Companhia Pernambucana de Abastecimento e Saneamento (Compesa). A ideia é poupar a Barragem de Jucazinho, localizada na cidade de Surubim, que se encontra com cerca de 8% da capacidade represamento total, que é de 300 milhões de metros cúbicos. Em fevereiro do ano passado esse percentual era de 30%.
Além de Santa Cruz, Caruaru, Toritama, Vertentes, Surubim e Riacho das Almas terão que seguir um calendário próprio de abastecimento. Em Caruaru, por exemplo, 40% da cidade vai ficar três dias com água para cada quatro sem e, em 60%, serão quatro dias com água para cada três sem. Em Toritama serão até 12 dias sem água para cada dois com.
“O racionamento das cidades já vinha acontecendo e os empresários começaram a procurar alternativas para superar o problema. Mas esse anúncio nos preocupa e muito, porque inclui cidades que até então não eram tão afetadas, como Caruaru. É preciso haver um planejamento de longo prazo, já que esse é um problema cíclico. Ou a gente se prepara, ou não vai mais ter indústria aqui”, diz Edilson Tavares, presidente do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco.
A solução que vem sendo adotada pelas empresas consiste basicamente em comprar carros-pipa próprios para buscar água. Essa alternativa, no entanto, vem se tornando cada vez mais cara. “Cada vez os reservatórios estão mais distantes e fica mais oneroso por conta do custo do combustível”, reclama Arnaldo Xavier, dono da Rota do Mar, maior empresa de Santa Cruz. Mesmo só enviando 15% dos seus produtos para a lavanderia, a empresa precisa de um caminhão de 72 mil litros de água por dia para as manutenção da fábrica e fornecimento para os funcionários.
A água é essencial para a confecção, já que muitos produtos – como o jeans – precisam necessariamente ser encaminhados às lavanderias durante o processo produtivo, antes mesmo de receberem o acabamento. Em todo o polo, são cerca de 250 empresas que atuam apenas como lavanderias.
“Uma solução que estamos avaliando é que a indústria reutilize a água usada nas residências. Em Toritama, por exemplo, vimos que a água que abastece as casas é suficiente para atender as lavanderias. Estamos estudando exemplos em São Paulo e na Bahia onde isso vem dando certo. Se tudo continuar como está, vamos chegar ao colapso”, conclui Edilson Tavares.
FONTE: http://m.jc.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2015/...
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COLAPSO???? ISSO É O FIM DAS LAVANDERIAS DESTE IMPORTANTE POLO TÊXTIL
Reutilizar a água é uma solução, espero que neste adversidade tenha soluções para o tratamento de água na área têxtil. Neste sentido o SISNATE da SISTEG esta com uma proposta interessante para o tratamento de água.
O mais interessante é que num verdadeiro "desvio de foco", os órgãos governamentais em suas diversas esferas de atuação sempre se referem ao Sistema Cantareira cuja crise hídrica serviu até para enaltecer certas campanhas políticas e outras críticas já redundantes.
Enquanto isso, a China vai inaugurar até o final deste ano, uma transposição de mais de 3000 km (TRES MIL QUILÔMETROS), algo como a distância de Porto Alegre a Belem do Pará enquanto ainda não saímos do rascunho da transposição do São Francisco.
Lembrando que o custo é semelhante!
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