por: Marcela Leone
Já ouviu falar em “Slow Fashion”? Essa tendência está ganhando muita força e promete impactor o setor têxtil cada vez mais. Basicamente, prega a conduta ecológica e a preocupação com a natureza, com a sustentabilidade, na forma de conduzir a produção.
O Slow Fashion surgiu porque, com os preços cada vez mais baixos e competitivos, os consumidores tendem a comprar mais do que necessitam. E, para produzir o suficiente para saciar essa demanda toda, a indústria da moda está esgotando os recursos naturais (como combustíveis fósseis e água doce), direta ou indiretamente.
Esse processo vem na contramão das fast fashions e produções em larga escala, rápidas e que carregam esse caráter mais perecível e impessoal das peças. Começou com Kate Fletcher, do Centro de Moda Sustentável, com base no que é chamado de “Slow Food” – e vai na mesma linha de pensamento: tomar mais tempo para produzir com qualidade, dar valor ao produto e manter a preocupação com o meio ambiente.
O site Not Just A Label, em editorial, publicou 10 mandamentos para quem quer seguir o Slow Fashion:
1 – Reconhecer, enquanto produtor adepto, a importância de se estar interligado a um sistema ambiental e a um sistema social maiores, tomando decisões em conformidade. Os impactos dessas escolhas coletivas podem afetar o ambiente e as pessoas.
2 – Diminuir a produção e reduzir o uso de matéria-prima são práticas que permitem à Terra mais chance de colocar em prática sua capacidade regenerativa. Isso alivia a pressão sobre os ciclos naturais – e a produção de moda pode ter um ritmo saudável, com o que o planeta tem a oferecer.
3 – Esforçar-se para manter a diversidade ecológica, social e cultural. Modelos de negócio diversificados e inovadores são incentivados – como designers independentes, feirinhas de moda, lojas incubadoras, brechós, lojas que vendam peças de segunda mão ou vintagem, ateliês e artesãos que produzam com materiais reciclados, lojas de aluguel de roupa, eventos de doação ou troca de peças.
4 – Participar de campanhas e códigos de conduta para garantir o tratamento justo dos trabalhadores. Além de marcas aderindo a acordos de conduta, confecções também estão apoiando as comunidades locais, por exemplo.
5 – Designers podem satisfazer as necessidades humanas através de co-criação de peças de vestuário e oferecendo moda com significado emocional. Ao contar a história por trás de uma peça de roupa ou convidando o cliente a fazer parte do processo de design, as necessidades de criatividade, identidade e participação pode ser satisfeita.
6 – Estabelecer conexões entre produtores. Construrir esses relacionamentos, de confiança, duradores, vão criar um movimento mais forte.
7 – Concentrar em materiais e recursos locais. Tentar apoiar o desenvolvimento de empresas e competências locais.
8 – Incentivar design clássico sobre as tendências futuras irá contribuir para a longevidade das roupas. Buscar a longevidade de suas roupas com a terceirização de tecidos de alta qualidade, oferecendo cortes tradicionais e criar belas peças atemporais.
9 – Sustentar os lucros e aumentar a visibilidade no mercado, para ser competitivo. Basicamente, os preços acabarão (bem) maiores, porque incluem recursos sustentáveis e salários justos.
10 – Tomar decisões baseadas em paixões pessoais, bem como a vontade de agir de forma responsável. Dentro do movimento Slow Fashion, muitas pessoas amam o que fazem e querem fazer a diferença no mundo, de uma forma criativa e inovadora.
http://alllingerie.com.br/saiba-o-que-e-slow-fashion-a-nova-tendenc...
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Slow Fashion = Cobrar mais caro.
Se já tá vendendo uma beleza com todos os métodos produtivos atuais, imagina dobrando o preço.
depende do produto, se for fast fashion me dando eu ainda nao quero, se o produto tiver historia, qualidade e design e for feito de materia prima que nao seja poliester tem quem pague muito bem, agora fast fashion de poliester pode começar a colocar no lixo
Dentro do movimento Slow Fashion, muitas pessoas amam o que fazem e querem fazer a diferença no mundo, de uma forma criativa e inovadora.
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