Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Textifood, os tecidos do futuro feitos a partir de resíduos de alimentos

Quais serão os tecidos do futuro? Com a exigência cada vez maior de sustentabilidade na cadeia produtiva da moda, a indústria têxtil está começando a prestar atenção e aINVESTIR nos tecidos do futuro que possam substituir o algodão que é a cultura mais tóxica, utilizando mais de 25% de todos os inseticidas no mundo e 12% de todos os pesticidas. O World Wildlife Fund diz que 20 mil litros de água não necessárias para produzir um quilo de algodão, o equivalente a uma única camiseta e um par de jeans. Um completo absurdo ainda mais com esses problemas atuais de falta de chuva e água. Cerca de metade de todos os produtos têxteis são feitos a partir desta fonte ambientalmente insustentável, razão pela qual a indústria do algodão deveria ser substituída.

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A coisa boa é que há várias opções sustentáveis para adicionar ao seu guarda-roupa. Algumas tecelagens e marcas de moda estão desenvolvendo tecidos feito de frutas e outros produtos orgânicos que não só podem competir com a indústria do algodão, mas também usar em sua fabricação partes das plantas que normalmente são jogadas fora. Muito bom não é mesmo?

Na Itália está acontecendo a exposição Textifood que vai até 14/07/15 e que apresenta os tecidos inovadores e sustentáveis do futuro feitos de fibras de espécies vegetais e animais. Instalado dentro do Pavilhão francês na Expo Milano 2015 com o tema “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida“, a exposição mostra ao mundo a incrível diversidade dos tecidos, a fim de combinar as sinergias entre a indústria alimentar e têxtil, reutilizando as sobras das frutas e legumes depois de serem consumidos.

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As grandes marcas podem recuperar o atraso na moda sustentável? As empresas menores estão criando tecidos 100% naturais e biodegradáveis com corantes naturais sem produtos químicos, mas as marcas maiores são bem mais lentas para inovar. As empresas maiores também têm um dilema em relações ao público sobre sustentabilidade; assim que introduzem uma roupa “sustentável”, os clientes começam a questionar a sustentabilidade do resto da sua coleção. Assim as grandes marcas tem dificuldades para contar essa história. As verdadeiras inovações estão muitas vezes em pequenas marcas, que começam do zero e não têm o peso de uma história ou uma cadeia de produção massificada. Uma dessa empresas é a Freitag com seu tecido 100% compostável F-Abric.

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Na história bíblica, Adão e Eva usavam folhas de figueira como roupas improvisadas no Jardim do Éden. Desde então os seres humanos têm imaginando maneiras de utilizar materiais naturais para se vestir. Os tecidos de hoje estão mais inventivos e tecnicamente avançados do que nunca como os novos híbridos sintéticos-naturais. Muitos dos exemplos a seguir usam resíduos ou subprodutos de fabricação para criar materiais exclusivos. Designers e fabricantes também estão com uma crescente consciência social para eliminar o impacto ambiental.

O processo de fazer tecidos sustentáveis ​​e produtos relacionados com têxteis exige uma reestruturação em vários níveis, como as matérias-primas, fabricação, design, comercialização e preferências dos consumidores. Já tem alguns anos que a indústria têxtil explora a fibra do bambu e do cânhamo para fazer lindos tecidos sustentáveis mas além desses existem outras fibras vegetais e animais a serem exploradas para aumentar a oferta de tecidos ecológicos.

Nas Filipinas, as fibras do abacaxi se transformam na “organza de abacaxi”…….

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Roupas feitas por estudantes de moda nas Filipinas utilizando tecidos de fibra de abacaxi e abacá

Dentro das muralhas do Palazzo delle Stelline em Milão, lar do Institut Français, o Lille3000 conseguiu criar uma exposição única: fibras e tecidos nunca vistos, vindos de vários continentes para mostrar ao público a nova perspectiva ambiental e científica que tornou possível o tratamento de materiais naturais. Laranja, limão, abacaxi, banana, coco, urtiga, café, arroz, soja, milho, beterraba, linho, lótus, algas, cogumelos, vinhos, cervejas, marisco … frutas e legumes estão a serviço da moda! A indústria têxtil do futuro fará do desperdício de alimentos sua fonte de matéria prima, para criar meios inovadores que atendam às necessidades do mercado e para responder às necessidades de sustentabilidade de um planeta cada vez mais degradado.

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As novas gerações de designers têm um objetivo comum, criar uma simbiose entre a indústria alimentar e têxtil. Eles estão com o objetivo de aumentar a conscientização através de suas criações e apresentar a sua visão dos tecidos sustentáveis do futuro. Coralie Marabelle, Design Percept, L’Herbe Rouge, Christine Phung, Orange Fiber e Nina Gautier, são alguns dos novos designers que apostam em resíduos de fibras vegetais e animais provenientes de restos de comida. Eles usam corantes naturais para tingir suas peças sem utilizar qualquer produto químico.

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Libriano curioso e inquieto que queria ser arquiteto mas se formou em artes plásticas e se tornou decorador, mas finalmente acabou mesmo se apaixonando pela moda.

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Respostas a este tópico

Romildo, assim voce acaba de vez...mas falando serio, de estas informações devem chegar em doses homeopaticas, pois criam um impacto muito severo no Sinditextil/Abit, pois eles estão querendo ver as nossas industrias quebrar e não sabem como, não de estas ideias a eles, talves agora iram para as |Filipinas e não na China.

Mas veja, temos uma empresa eleite, que chama-se EMBRAPA, com todo abacaxi que colhemos, será que não devemos mandar este aporte pra eles? Que tal?

Vamos pensar nessa ideia. Rssssssssssssss.

alfredo cardoso Neto disse:

Romildo, assim voce acaba de vez...mas falando serio, de estas informações devem chegar em doses homeopaticas, pois criam um impacto muito severo no Sinditextil/Abit, pois eles estão querendo ver as nossas industrias quebrar e não sabem como, não de estas ideias a eles, talves agora iram para as |Filipinas e não na China.

Mas veja, temos uma empresa eleite, que chama-se EMBRAPA, com todo abacaxi que colhemos, será que não devemos mandar este aporte pra eles? Que tal?

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