Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Enrico Cietta apresenta possíveis modelos de negócios de moda

O consultor italiano esteve em Francisco Beltrão (PR) através do Sebrae e Sinvespar.

O Workshop Internacional de Moda & Vestuário - Novos Modelos de Negócios, com o economista e consultor italiano Enrico Cietta, aconteceu nesta semana, na nova sede do Sebrae/PR, em Beltrão. O workshop, realizado pelo Sebrae e Sinvespar (Sindicato do Vestuário do Paraná), reuniu empresários do Sudoeste. 
"Estamos um pouco desanimados e este evento é uma boa oportunidade para repensarmos nossos negócios", declara Cláudio Latreille, presidente do Sinvespar. 
De acordo com Solange Stein, secretária executiva do Sinvespar, esta é mais uma das ações do projeto Promoda Sudoeste e mais eventos estão previstos para região.
Jocelei Fiorentin, consultora do Sebrae/PR, explica que é preciso traçar estratégias conscientes e focadas na competitividade de cada empresa. De forma bem-­humorada, ela disse que teve dificuldades para apresentar um breve currículo do palestrante. De forma sucinta, Enrico é professor universitário na Itália, autor de vários livros e sócio-diretor da Diomedea, empresa que analisa informações de mercado. 
Ele reside em Milão, mas pelo menos uma vez por mês vem ao Brasil, por isso tem intimidade com a moda brasileira. Na ocasião, falou sobre como a empresa muda em relação às alterações de um mercado e isso vale para o Brasil, Estados Unidos ou qualquer outro europeu, por exemplo. "Estamos falando de mudanças que são estruturais, que não dependem de um momento, de um mercado do Brasil, não dependem nem do mercado brasileiro, mas são mudanças que aconteceram em todos os mercados do mundo." 
Enrico comenta que o Brasil está numa fase de transição, que depende principalmente dessa questão de mudança, de uma competição do exterior que ainda não chegou ao País, por causa da proteção contra os produtos importados. "Infelizmente, vai ter realmente uma seleção das empresas que vão perceber a mudança de um mercado que existe, eu acho que vai ter uma mudança no conceito daquilo que está acontecendo com as grandes redes de lojas."
Ele relata que as grandes redes de lojas não estão encontrando a qualidade que precisam para passar por essa fase de transição. "Não é somente uma questão de qualidade do produto, mas também uma questão de qualidade de serviços, uma questão de qualidade de atendimento, então tem muita coisa a fazer." 

Crise no Brasil
Segundo Enrico, o que está acontecendo no Brasil aconteceu na Itália há 20 anos. Ele exemplificou como empresas de moda italiana conseguiram superar momentos de instabilidade para se transformarem em referência no mercado mundial. "Só pra dar uma proporção no mercado do calçado, em 10 anos, as importações da China triplicaram e eles são duas vezes o tamanho do mercado nacional, então nós importamos duas vezes o tamanho do mercado. Isso dá uma percepção de como foi radical, foi um choque, e isso num período bem curto, entre 2002 e 2007 por aí, essa mudança foi bem radical." 
Por este motivo, as empresas aprenderam a competir com um outro mercado, por exemplo, 5% dos sapatos produzidos na Itália são exportados, porque os empresários focaram num valor agregado mais alto, focaram num produto que tem um valor material muito mais alto. "Investiram no design, na marca, mas não é somente isso, é realmente uma mudança de mentalidade, uma mudança de modelo de negócios. Então essa que é a ideia."

Qualidade no Sudoeste
Enrico afirma conhecer um pouco da realidade do Sudoeste e, de uma forma geral, a qualidade é considerada alta no Brasil. Em relação a outros Estados, ele acredita que é possível trabalhar sobre a questão das marcas próprias, trabalhar sobre o conceito de marca e sobre o design. "Acho que ainda tem espaço para crescer, as empresas devem investir mais nessa questão, porém eu falaria que tem que mudar o jeito de investir no design." 

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Inovacao e design. = valor agragado, mas inovacao e setor de moda no brasil sao excludentes fora honrosas excessoes o resto e copia de poliester e pronto esta ai o resultado, ao inves de pagar uma fortuna pra um estrangeiro vir aqui pra dizer o obvio o sebrae devia sair pelo brasil procurando empresas que estao exportando pro mundo todo, quer um exemplo: A cecilia prado e uma, e tem muitas outras, mas o complexo de vira lata brasileiro so e bom o que vem de fora e ai chega aqui vomita uma receita que deu certo no pais dele o qual nao tem nada a ver com o nosso e ai tem meia duzia de idiotas que segue a receita e termina fechando as portas de vez, eu pergunto, algum brasileiro e chamado para dizer isto ou aquilo la fora? Nao, ainda mais a italia que esta quebrada, alias como tofa a europa tem o que para nos ensinar? Pense em um dinheiro jogado no lixo. E ainda pagam a consultor pta fazer este tipo de acao, eu tenho que rir pra nao chorar.

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