O volume de vendas caiu 1% em julho, face a junho, informou a agência de estatísticas governamental IBGE.
Com a supressão do crédito, a inflação próxima dos 10% e a taxa de desemprego a fixar-se no seu valor mais alto dos últimos cinco anos, os brasileiros foram obrigados a reduzir os orçamentos familiares. A queda de vendas assinalada em julho foi a segunda maior derrapagem mensal este ano, numa base ajustada à sazonalidade. As vendas diminuíram ou permaneceram estagnadas nas oito categorias do índice IBGE, refletindo a queda generalizada que pôs fim ao crescimento contínuo de uma década para os retalhistas brasileiros.
A confiança do consumidor caiu, em agosto, destronando o valor mais baixo alguma vez registado em julho, com o pessimismo face ao futuro a aumentar, afirmou a Fundação Getúlio Vargas, que realiza inquéritos aos consumidores desde 2005.
Apesar da difícil situação económica, as vendas do comércio eletrónico no Brasil subiram 16% durante o primeiro semestre de 2015.
O crescimento das vendas foi impulsionado por um aumento de 13% da despesa média, em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo um valor de 84,5 euros, de acordo com dados da consultoria de comércio eletrónico E-bit.
Durante o período, um total de 17,6 milhões de pessoas realizaram, pelo menos ,uma compra em lojas virtuais brasileiras, respondendo por 49,4 milhões de encomendas ao longo do período, o que representa uma queda de 7% do volume de compradores.
As vendas do segmento de moda e acessórios caíram durante o período, mas este permaneceu na liderança com 15% do volume de pedidos, seguidos pelo segmento de eletrodomésticos, com 13%, de telefones, que somou 11% das vendas, enquanto os cosméticos e perfumes foram responsáveis por 11% do total.
Apesar do ambiente de negociação difícil, a tendência de consumo on-line continua a crescer. As vendas de comércio eletrónico aumentaram 16% durante o primeiro semestre do ano, alcançando os 4,3 mil milhões de dólares.