Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

É visível que cada vez mais consumidores estão se preocupando com a origem de suas roupas e com as questões éticas envolvidas em sua produção. De acordo com um relatório recente da agência Nielsen55% dos consumidores pesquisados em 60 países querem comprar marcas que estão comprometidas com a responsabilidade social e ambiental, o que demonstra que a atenção à sustentabilidade em breve será elemento essencial para o êxito de uma marca com o grande público.

FASHION FACTORY

Ainda assim, é lamentável concluir que hoje grande parte das roupas que usamos ainda vem de fábricas cujas condições estão longe de ser ideais para seus trabalhadores, evidenciando a infeliz situação da atual cadeia de fornecimento têxtil, que passa por tráfico humano e exploração infantil.

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Trecho do documentário The True Cost

Vale lembrar que a indústria da moda também é uma das mais poluidoras do mundo - o material têxtil é o segundo maior contribuinte para a poluição global da água, de acordo com o Banco Mundial. As fibras sintéticas, como o poliéster e o nylon, são derivados de petroquímicos, e as fibras naturais, como o algodão, estão contribuindo para a destruição das florestas e a desertificação.

"Na etiqueta de uma peça de roupa, é possível identificar onde aquela peça foi produzida, mas não saberemos se foi feita por uma criança do Uzbequistão, costurada por um trabalhador explorado na Índia, tingida por produtos químicos perigosos na China ou cortada em uma fábrica ilegal em Bangladesh", bem aponta o relatório anual desenvolvido pela C&A Foundation.

Mas é possível pensar em uma indústria mais responsável e atenta às condições sociais e ambientais de sua cadeia? Sem dúvida! Um conjunto de soluções - incluindo mudanças na legislação, movimentos de conscientização, rastreio de ilegalidades e identificação de fornecedores com políticas que respeitem os direitos humanos - estão sendo desenvolvidas por marcas responsáveis e programas de alcance mundial. Vale conhecer iniciativas como o Accord on Fire and Building Safety in Bangladesh, organizações sem fins lucrativos como Canopy e Verité; campanhas como Fashion Revolution Day e o novo documentário The True Cost, que estão estimulando consumidores a se engajarem e renovando os pedidos constantes por mudanças positivas no setor.

A nova parceria da Ashoka com a C&A Foundation recentemente lançou o desafioTecendo a Mudança: inovações para uma indústria têxtil sustentável, que busca projetos que estão atuando em prol de uma cadeia que respeite as pessoas e o meio ambiente. Além de ativar uma rede de especialistas do setor, empreendedores sociais, representantes da mídia e marcas de grande representatividade, o desafio - e a parceria - visam a promover discussões e investir em soluções com potencial para criar uma verdadeira mudança sistêmica na indústria fashion. Para aquelas que gostam de moda, aqueles que desenvolvem projetos inovadores, ou aqueles que simplesmente se preocupam com o que comprar e vestem, vale conhecer a iniciativa, inscrever ou indicar um projeto.

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Texto inspirado no original de Kristie Wang, media manager do Changemakers, inicialmente publicado pelo HuffPost UK.

http://www.brasilpost.com.br/isabela-carvalho/uma-industria-fashion...

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Respostas a este tópico

e possivel, mas é um sonho distante, estas grandes redes tem campanhas de marketing agressivas, compre, compre, compre e as pessoas estao cada vez mais comprando por impulso, elas nao fazem aquela pergunta: pra que preciso disto? a classe media nao precisa de mais roupa de mais biju e quando precisa nao acha, eu por exemplo estou procurando uma bolsa de couro a pelo menos 2 anos e nao encontro uma que me agrade, porque eu quero uma bolsa basica, de cor neutra e com um couro de qualidade, simples nao é? nao, a ultima que comprei foi de uma empresa do rio grande du sul, aqui na paraiba so temos bolsa pra perua e ai estou eu com minha bolsa que tem cinco anos, onde nos chegamos com o maldito fast fashion

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, valeu Francisquinha.

francisca gomes vieira disse:

e possivel, mas é um sonho distante, estas grandes redes tem campanhas de marketing agressivas, compre, compre, compre e as pessoas estao cada vez mais comprando por impulso, elas nao fazem aquela pergunta: pra que preciso disto? a classe media nao precisa de mais roupa de mais biju e quando precisa nao acha, eu por exemplo estou procurando uma bolsa de couro a pelo menos 2 anos e nao encontro uma que me agrade, porque eu quero uma bolsa basica, de cor neutra e com um couro de qualidade, simples nao é? nao, a ultima que comprei foi de uma empresa do rio grande du sul, aqui na paraiba so temos bolsa pra perua e ai estou eu com minha bolsa que tem cinco anos, onde nos chegamos com o maldito fast fashion

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