Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Portugal - Exportações têxteis e de vestuário para EUA podem disparar com parceria transatlântica

Frankfurt, Alemanha (Lusa) – O presidente da Associação Têxtil e Vestuário (ATP) afirmou que a assinatura do acordo de livre comércio entre EUA e Europa permitiria ao setor português mais do que triplicar, para mil milhões de euros, as exportações para aquele destino.


"Tendo em consideração o potencial de mercado que os EUA têm para os produtos do setor têxtil e vestuário, se o acordo [de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento] for alcançado, temos condições para rapidamente, em três/quatro anos, podermos chegar a mil milhões de euros de exportações para os EUA, quando em 2015 ainda não atingimos os 300 milhões de euros", afirmou João Costa em declarações aos jornalistas durante a feira de têxteis-lar Heimtextil, que até sexta-feira (15) decorre em Frankfurt, na Alemanha.

De acordo com o dirigente associativo, atualmente existem barreiras aduaneiras "muito elevadas" à entrada de produtos têxteis e de vestuário europeus nos EUA: "Há produtos que têm tarifas na ordem dos 30%, e até mais, mesmo nos têxteis-lar. Desde que sejam produtos mais elaborados ou com bordados chegam aos 35% de direitos aduaneiros", disse.

Adicionalmente, referiu, "há barreiras técnicas muitas vezes artificialmente criadas para dificultar a entrada dos produtos europeus e também procedimentos aduaneiros, designadamente de caráter burocrático, que dificultam imenso a entrada dos produtos no mercado americano".

"Muitas vezes coloca-se a dificuldade de as empresas saberem, com rigor, quais são os direitos aduaneiros a que estão sujeitas e, pior ainda, [nos EUA] usam normas técnicas diferentes das nossas para que obrigue a um sistema de controlo de qualidade e a padrões de referência diferentes que dificultam a entrada de produtos europeus no mercado americano", acrescentou.

Para o presidente da ATP, "se esta situação fosse resolvida e se criasse um mercado tendencialmente livre entre a Europa e os EUA, no setor têxtil e vestuário será claramente favorável para a Europa e especialmente favorável para Portugal, que praticamente só exporta [e nada importa] para os EUA".

Embora admita que a negociação do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento "está numa fase muito avançada", João Costa recorda que, "nos últimos dois anos, houve algum abrandamento ou até paragem, porque [o acordo] poderia já ter sido concluído durante 2014 ou 2015".

E alerta: "Os EUA foram, entretanto, fazendo um acordo de parceria com o Pacífico, o que quer dizer que a Ásia vai conseguindo conquistar mais posições no mercado americano e, se a Europa não avançar com o seu acordo, a determinada altura estaremos, mesmo que não em tudo, mas por exemplo nos têxteis, em situação de desvantagem relativamente aos países asiáticos".

"Espero que haja da parte da União Europeia o impulso necessário para que isto se concretize em 2015 porque é globalmente vantajoso para ambas as partes e para a melhoria e o crescimento da economia mundial", sustentou.

Segundo os dados mais recentes, até novembro de 2015 as exportações portuguesas de têxteis e de vestuário para o mercado norte-americano foram das que mais cresceram em termos homólogos, evoluindo 28,2% e representando 5,7% do total das vendas do setor para o exterior.

Em valor absoluto, o mercado de exportação da indústria têxtil e vestuário nacional que mais cresceu foi Espanha (11%, para 1.500 milhões de euros), seguido dos EUA, enquanto Angola caiu 40% face aos quase 100 milhões de euros de exportações registadas no ano anterior.

Globalmente, as exportações do setor têxtil e vestuário português acumulam um crescimento homólogo de 4,6% até novembro, para 4.467 milhões de euros, estimando a associação setorial que tenham encerrado 2015 com um crescimento próximo de 4,5%, para mais de 4.800 milhões de euros.

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Respostas a este tópico

Se os telefones e funcionários das embaixadas tiverem com os pagamentos regularizados, já será um começo.
O Brasil se julga uma ilha cercada pelo oceano atlântico e abençoada por Deus...e parece que isto lhe basta. Veja como nosso governo trata o encontro de Davos.
Política internacional somente quando o mercado interno está decadente e o câmbio favorável por forças externas e não como estratégia, não pode ser encarado como país sério no comércio internacional. ( se é que somos um país sério em algum aspecto)
Comércio internacional não é curral eleitoral que se vale dele quando quer. Também requer um minimo de seriedade e profissionalismo, querem receber pelo menos os pedidos no prazo,qualidade e volumes acordados.
O Brasil defende o Mercosul e sua esculhambação tentando inserir os "cumpanheiros" deixados de lado pelo "imperialismo". Isso não nos levará a grandes acordos internacionais.
Comércio internacional é uma política de governos , não uma saída de emergência.
Com as ações do atual governo, nada nos indica uma opção dessa categoria.

  Em valor absoluto, o mercado de exportação da indústria têxtil e vestuário nacional que mais cresceu foi Espanha (11%, para 1.500 milhões de euros), seguido dos EUA, enquanto Angola caiu 40% face aos quase 100 milhões de euros de exportações registadas no ano anterior.

O Itamarati, dos bons tempos se acabou, nas mãos incompetentes deste PT, que não faz nada de serio .Nossos embaixadores, são mais um amontoado de individuos, que não tem voz, é abafado pelas ordens que são emanadas erroneamente do governo federal e pior tem que cumpri-las. Cade nossos embaixadores graduados,,eram as vozes da nação, vozes ouvidas, o ministro do exterior sempre foi de homens ilustres, cultos,inteligentes e vividos.

Alguem sabe quem é o homem maximo do Itamarati hoje? E o ministro do exterior?Quem fala pelo pais lá fora? A Dilma, esta ignorante e estupida, que só tem olhos para Chavismo,bolivarismo,etc,etc.parecendo que até somos socios do trafico de drogas.

Loureiro, tem que ser improvavel e imponderavel, pois nossos homens ilustres e confiaveis, estão escondidos ou não querem apodrecer no mar de lama que é ser politico. Voce olha em cada politico que estão no procenio e ninguem, mas ninguem é mesmo confiavel para seguirmos. 

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