Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Para um dos principais consultores do setor, as vendas não voltarão a crescer no ritmo dos últimos anos

Empresa;Consumo;Moda;Carmen Steffens;Loja;Shopping Franca;bolsas (Foto: Fabiano Accorsi)

Adécada do varejo, definitivamente, terminou. Essa é a avaliação de Marcos Gouvêa de Souza, fundador da GS&MD, uma das mais tradicionais consultorias brasileiras para varejistas.

Nos últimos meses, a hipótese de que o vigoroso crescimento do setor na última década (acima de 5% entre 2004 e 2014) havia se esgotado gerou uma série de debates públicos. Na terça-feira (16/02), o IBGE acrescentou um dado à discussão: o varejo teve uma retração de 4,3% no ano passado, primeira queda desde que a estatística passou a ser publicada, em 2001. Para o consultor, é o início de uma nova realidade: ele acredita que a "era de ouro" dos varejistas está encerrada.

"Até onde é possível enxergar, o varejo não terá mais o crescimento que vinha tendo", diz Gouvêa. O setor, ele acredita, cresceu rapidamente graças a fatores que não poderão se repetir. O principal foi a incorporação de mais de 40 milhões de brasileiros ao mercado de consumo. "Esse processo, agora, está concluído", diz Gouvêa. O crescimento rápido, portanto, teve a ver com uma questão estatística: o Brasil tinha uma base de vendas relativamente pequena, sobre a qual era mais fácil promover altas expressivas.

No atual patamar de vendas, porém, repetir esse desempenho é bem mais difícil. Além disso, a última década também foi marcada por mudanças comportamentais que passaram a apertar as margens dos varejistas. "Houve um empoderamento do consumidor", diz Gouvêa. "Ele exige mais das marcas, quer lojas melhores, mais assistência técnica. E tem muito mais acesso à comparação de preços", afirma o consultor. 

Gouvêa acredita que o resultado ruim de 2015 se deveu a uma tempestade perfeita que atinge o varejo. Ela é provocada por uma mistura de desemprego mais alto, perda de renda dos trabalhadores, taxa de juros elevada, restrições a concessão de crédito pelos bancos e a baixa confiança dos consumidores. "Como mantenho uma relação próxima com empresários e associações do setor, esse dado [a queda de 4,3%] não nos surpreendeu", ele diz. 

O consultor acredita que, neste ano, o clima deve ser um pouco melhor para os varejistas. "Não fosse o cenário político ruim, a economia já estaria começando a responder positivamente", afirma Gouvêa. Para ele, a Olimpíada e as eleições municipais tendem a ajudar nas vendas. "Esses fatos vão tirar o foco de Brasília e distender um pouco a tensão dos consumidores", afirma. Ele prevê que o varejo vá fechar 2016 com um resultado entre queda de 2% e alta de 1% na comparação com o ano passado.  

FONTE: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2016/02/dec...

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Novos tempos, não somente no Brasil. O mundo está gastando menos com produtos, principalmente os mais jovens, que descobriram que investir seu dinheiro em outras coisas, como experiência, é bem mais prazeroso e lucrativo em curto e longo tempo. Eu mesmo, faz 3 anos que não compro roupas, calçados e acessórios. Neste tempo ainda posso contar em uma mão quanto comprei. E qdo compro, sempre escolho muito bem o que comprar. Gasto meu dinheiro em viagens, roupas de excelente qualidade, experiências, cursos e comida... Qdo quero algo novo, empresto, reformo, faço eu mesma. Não preciso de mais roupas. Então, as marcas vão ter q se preparar, pq os jovens estão vindo c outro pensamento sobre como consumir e o que consumir. Restarão os fortes e os "antenados".

Aaaah e outra! Logo menos, o povo só vai consumir de empresas que abrem suas planilhas de custos e são transparentes sobre seus processos, fornecedores e colaboradores. Novos tempos, Graças. A foice tá passando... e a crise tá ajudando na "limpeza". 

Infelizmente, a base populacional do Brasil, seja ela jovem ou não, basta uma placa de liquidação e uma nova onda de esteriótipos que tudo muda

Se acabou eu não sei, mas que eles agora vão ter que tomar um pouco do remédio amargo que jogaram goela abaixo da industria nacional ahhhhh meus amigos... isso eles vão... só não sei se é melhor o gole ser em doses homeopáticas ou cavalares....

E a industria nacional que seja inteligente e consiga margem em seus produtos novamente e não fique totalmente refém destes caras 

Varejo - Além de todos os fatores citados acima, tenho também outro enfoque. Há excesso de ofertas no mercado Muita bolsa,sapato, vestido, camiseta, cremes,brincos tudo demais.Com o ambiente "psicológico" atual o impulso de consumismo diminuiu.Eu mesma me pego pensando assim..."mas já tenho 30 blusas, preciso mais uma????Enfim é um conjunto de "tudo" que está afetando o varejo
Abrs
Angélica Cintra
Não acho que olhar para o varejo com rancor por ter tratado mal a indústria nacional é o caminho. Eles vão tomar o mesmo remédio amargo que tomou a indústria, mas esse remédio não foi dado pelos varejistas. Da mesma forma que a indústria estava ou despreparada para enfrentar ou incapacitada para concorrer com uma indústria globalizada, o varejo também está. As transformações econômicas caminham em ondas pelos setores e agora que já passou pela indústria, vai passar pelo varejo. Resta saber se o varejo vai continuar usando a Black Friday para vender produtos pela metade do dobro ou vai aprender a pensar no ciclo de vendas do produto, se as lojas vão continuar entulhadas de mercadoria ou vão aprender a gerenciar estoques, se vamos continuar indo a estabelecimentos sem processos operacionais ou se vamos nos deparar com atendimento preparado e gerenciamento da experiência do consumidor na loja.

só a inveja pode aquecer o varejo de novo, veja bem, nas épocas de  gerra de quem podia ter marcas melhores em seus corpitos,ai era só taxar o preço e vender,pois a inveja esquentava os neurônio do  ser vivo quando visualizava o corpito coberto de marcas de um outro ser vivo. nos dias atuais isso caiu uns 70%. hoje é gerra de postar fotos.

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