Marca criada pela estilista Sally Caropreso e pela arquiteta Ana Maria Sasse transforma descartes têxteis em peças de vestuário.
Amigas reuniram os talentos e formaram marca que utiliza descartes nas criações, como a roupa usada pela modelo na foto acima (Fotos: Eduardo Montecino)
A porta rosa pink, apesar da cor, às vezes passa despercebida por quem circula pela Rua Quintino Bocaiúva. Porém é atrás dela, subindo as escadas, que um mundo de possibilidades se abre. Através de um trabalho de pesquisa e experimentação, Sally Neitzel Caropreso e Ana Maria Von Atzingen Sasse dão vida novamente àquilo que parecida não ter mais utilidade.
Criadoras da marca ReUso, elas aproveitam os tecidos que seriam descartados pelas indústrias têxteis da região e os tornam em novas peças que esbanjam qualidade, criatividade e, acima de tudo, sustentabilidade. Prolongando a vida útil das peças, elas primam pelo reaproveitamento desse material fazendo com que sejam repensadas a maneira, o uso e o consumo e focam também em um público que sai dos estereótipos criados pelo mundo da moda.
Amigas há mais de 35 anos, a estilista Sally e a arquiteta Ana Maria resolveram unir o hobby de fazer roupas na criação da marca. As duas possuem experiências em trabalhos relacionados à moda. Compartilhando ideias e experimentações, a dupla iniciou a marca oficialmente em 2013 e a partir disso não parou mais.
O garimpo em lojas que revendem o material não utilizado pelas indústrias é essencial e a parte que dá início ao processo criativo. “O trabalho é em cima do material resgatado, a partir disso é que se começam a desenhar as peças”, conta Ana. Ela explica ainda que muitas vezes duas ou três estampas são utilizadas na mesma peça, porém, como elas conversam entre si, acabam parecendo um tecido só. “É o desconstruído que constrói”, diz.
Além da preocupação em reutilizar os materiais que seriam descartados e trabalhar em cima do contexto educativo, em que elas provocam o olhar das pessoas para a indústria do consumo e o consequente desperdício, a dupla olha para um público muitas vezes esquecido pela moda. “A nossa modelagem foca em corpos normais, não aqueles que vemos nas passarelas. Temos números maiores, pensamos em quem tem o quadril maior e ombros largos, por exemplo. Estamos constantemente desenvolvendo modelos que são peças atemporais produzidas a uma modelagem interessante”, exemplifica a estilista Sally.
Ela comenta ainda que as peças também são pensadas para mulheres acima dos 40 anos, mas que também tem peças para mulheres mais novas. “Procuramos sair desse padrão estipulado e também desconstruir isso com as próprias clientes mostrando que elas podem ter uma peça que caia bem nela, que seja estilosa, independente da forma de seu corpo”, afirma.
O trabalho feito pela dupla pode ser acompanhado na páginafacebook.com/reusocriacoes e também no atelier da ReUso, na Rua Quintino Bocaiúva em cima da Livraria Grafipel. O horário de atendimento é das 14 às 19 horas.
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Boa tarde,
Nós, do Ateliê Afro Oyá Design, iniciamos o projeto da "REPAGINAÇÃO" dos produtos com as nossa amigas clientes, nos baseando nesta forma de moda sustentável.
E com elas ficam felizes com o resultado!
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