Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Estúdios de design de estampas se unem para criar primeiro evento do gênero no País.

A efervescência criativa dos estúdios de estamparia brasileiros aumenta a olhos vistos, e isso é mais uma prova da força da nova geração de profissionais que vem ganhando o mundo.
Participantes de grandes salões nacionais e internacionais, alguns desses estúdios sentiram-se órfãos após o anuncio do cancelamento da edição América Latina do salão Première Vision SP, que aconteceria no inicio de novembro ultimo, mas decidiram unir-se para mostrar seus mais novos trabalhos ao mercado, originando, assim, o 1° Evento Nacional de Estamparia – Print SP, realizado entre os dias 12 e 13 de Novembro na Escola São Paulo, na capital paulista.

clique para ampliarclique para ampliarÃdriana Boulos (Foto: Divulgação)

A iniciativa partiu do Coletivo Estampa, uma plataforma online de oferta de estampas exclusivas desenvolvidas por designers do mundo todo, voltadas à indústria têxtil, de moda e decoração, coordenada por Carolina Lens, do Niu Studio. Na verdade, em setembro de 2015 o Coletivo Estampa havia realizado no Rio de Janeiro, onde está sua base, um encontro de agências criativas, o Print RJ, e, como obteve um bom resultado, resolveu estender essa ideia a outros estúdios logo que soube do cancelamento do salão em São Paulo. O intuito era não deixar se perder esse contato entre os estúdios de design de estamparia e o mercado – confecções, marcas de moda, tecelagens, estamparias, entre muitos outros profissionais. Para tanto, o coletivo, além de sua própria participação, fez uma curadoria e selecionou os estúdios Caju Collective, Ealaiá, Estúdio Capim e Adriana Boulos para estarem presentes na iniciativa.

clique para ampliarclique para ampliarCaju Collective (Foto: Divulgação)

 “Neste evento de São Paulo, o resultado foi muito bom, especialmente por contatos diferentes que fizemos. Surpreendentemente, vendemos mais do que esperávamos, Achávamos que seria uma ação meramente prospectiva, mas terminamos fechando muitas vendas. Muita gente veio de Campinas e do interior de São Paulo, especialmente porque os estúdios selecionados já estão no mercado há algum tempo. Foi um míni Première Vision SP, pois a curadoria fez a diferença na decisão da compra. A tabela de valores foi outro ponto positivo, pois a curadoria fez a diferença na decisão da compra. A tabela de valores foi outro ponto positivo, pois permitiu que as estampas tivessem o mesmo valor, sem disparidade de preços” conta Carolina Lenz.
 “Quando soubemos que teríamos essa lacuna em São Paulo, partimos para a ação”, afirma

clique para ampliarclique para ampliarColetivo Estampa (Foto: Divulgação)

Bruno Hansen, diretor do Elaiá Estúdio, de Santa Catarina. Ele conta que, nos encontros informais que teve nas edições de Paris e Nova York do Première Vision das quais participou, percebeu que os estúdios brasileiros podiam crescer, e muito, quando se uniam para mostrar suas criações ao mercado. “Uma das minhas maiores motivações no Elaia é a “não concorrência que existe”. Claro que isso é uma visão muito particular, mas acredito que não há muito espaço dentro desse mercado de consumo de design da indústria para comprar desse ou daquele. Há, sim, uma oportunidade de todos estarem presentes em todas as coleções. Há uma democracia muito grande, o design gera essa

clique para ampliarclique para ampliarElaiá (Foto: Divulgação)

democracia, em que o produto fala mais alto e o relacionamento é o porquê da compra. Acredito que todos fazemos parte de um grande leque de opções ao mercado, cada um com seu estilo especifico, ora um sendo mais assertivo para a necessidade deste, outrora outro sendo mais assertivo para aquele”, diz Bruno.
Ele conta que, até bem pouco tampo atrás, a aquisição de desenhos fora do país gerava uma percepção de “estar comprando o melhor”, mas hoje é sabido que temos a mesma qualidade dos nomes internacionais. “A motivação para estar

clique para ampliarclique para ampliarEstúdio Capim (Foto: Divulgação)

na Print SP foi essa: acredito no movimento das empresas brasileiras”, afirma.
Como resultado, Bruno considera que a participação foi bastante positiva. “Tivemos trocas interessantes com prospects e com outras empresas, e pudemos também conversar com profissionais que admiramos e não compareceram aos eventos internacionais”. Nada melhor do que mostrar o que fizemos pela moda brasileira em casa, não é? Avalia ele.
Alexandra Ward, do Estúdio Capim, conta que se formou em Londres e seu processo é mais autoral, sem amarras e tendências. Há sete anos no mercado, desenvolve estampas para clientes no Brasil, Nova York, Inglaterra, Alemanha e China. Para o verão 2017, Alexandra conta que há uma maior procura por desenhos mais simples, como os grafismos trabalhados em sua coleção Brasília, feita em homenagem à arquitetura, fauna e flora da capital do país.
Já Ana Paula Nascimento, da Textrend, que representa o Caju Collective, além de outros estúdios no exterior – três em Londres, dois em Milão e um em Nova York - , conta que, uma vez ao mês, recebe novas estampas de todos esses estúdios, e um de seus diferenciais é o desenvolvimento das próprias bases. Outro é a forma de apresentar o produto, pois não há catalogo online: o cliente pode ir até o showroom ou solicitar que um representante de São Paulo, Rio de Janeiro ou Paraná leve o material até ele.
Pelos resultados, o futuro do evento é evoluir. Entre os dias 27 e 28 de Janeiro, haverá mais uma edição da Print Rj, dessa vez com a participação de sete estúdios, e acontecerá no espaço do Estúdio 512, no bairro Jardim Botânico, Rio de Janeiro (RJ). O passo seguinte é fazer um roteiro pelo país (que será definido no início de 2016), passando por Belo Horizonte e outras cidades.

.Gustavo Henrique Domingos das Nves, da UEL, vencendor da 15° Edição do Concurso

http://www.fiepr.org.br/sindicatos/sindivest/janeiro--fevereiro-201...

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Respostas a este tópico

Para o meu amigo Alfredinho.

Meu querido, este acabei de enviar ao meu filho Mauricio, ele é o campeão.

Voce encontra ouro em pedra, voce é o cara, não o EX, mas é o cara. Obrigado pelo artigo, gostei e o Mau, já esta de posse. Um grande abraço.

Ok,valeu.

alfredo cardoso Neto disse:

Meu querido, este acabei de enviar ao meu filho Mauricio, ele é o campeão.

Voce encontra ouro em pedra, voce é o cara, não o EX, mas é o cara. Obrigado pelo artigo, gostei e o Mau, já esta de posse. Um grande abraço.

Adorei o conteúdo, muito bacana! E obrigado! Trabalho desenvolvendo estampas e as vezes fica difícil de conseguir essas parcerias.

S.Henrique, ligue ou contate o Mauricio, acredito que teram muita figurinha para trocar,

mauricio@panopress.com.br - 11.947799657 (Waap) - 43271017

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