Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vestuário: Exportação é uma saída para pequenas empresas

A desvalorização do real face ao dólar está abrindo oportunidades para os produtos nacionais ficarem mais atrativos ao mercado externo. Um exemplo está no setor do vestuário: segundo pesquisa recente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), o volume de itens exportados deve crescer 1,5% este ano.
 
Este é o cenário que o relatório de Vestuário do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) analisa, elencando dicas para pequenos empresários do setor aproveitar o câmbio positivo para vender a outros países.

Exportação é oportunidade para pequenas empresas brasileiras - Foto: Sebrae

 
Em 2015, mesmo com a desvalorização do real, o setor de vestuário perdeu competitividade em função da crise econômica no Brasil. Tanto a produção interna como as exportações brasileiras no segmento exibiram uma retração de 10%. O principal mercado comprador foi o Paraguai, responsável por 20,9% das compras internacionais, seguido pelos Estados Unidos (15%), Uruguai (11,7%), Bolívia (8,2%) e Chile (5,2%).
 
Santa Catarina foi o Estado que mais exportou peças de vestuário em 2015, sendo responsável por 33,4% do total das vendas para outros países, à frente de São Paulo (31%) e Rio de Janeiro (12,3%). O estado também foi aquele que apresentou a menor queda de produção entre os principais exportadores – o recuo da indústria catarinense foi de 2,46% entre maio de 2015 e abril de 2016, enquanto a média dos estados foi de 17%.
 
As camisetas básicas (t-shirts) foram o item mais vendidos da pauta de exportação, representando um total de US$ 5,8 milhões em negócios (14% do total). Outros destaques são as camisetas de algodão, camisas e blusas femininas, além de peças de malha e algodão para bebês – oportunidades para pequenos empreendedores do setor que querem ampliar as vendas neste ano.
 
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) desenvolveu uma ferramenta para divulgar as melhores oportunidades comerciais para cada segmento. Para a confecção, destacam-se Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Cuba como países em consolidação, onde há as melhores oportunidades para os exportadores brasileiros.
 
Já Argentina e Angola são definidos países em recuperação, mercados onde o Brasil vem perdendo espaço ou crescendo sua participação em um ritmo inferior àquele dos seus concorrentes, ou seja, mercados a serem reconquistados.
 
A marca mineira Cândida Mariá iniciou sua primeira tentativa de internacionalização mandando amostras de produtos para o México e a Europa em 2011. Por falta de conhecimento do mercado local, o projeto não deu certo, mas dois anos depois a proprietária Cândida Bomfin de Almeida fez contato com uma empresa representante de moda brasileira localizada na Califórnia e a marca passou, no mesmo ano, a exportar 5% de sua produção para os EUA.
 
A catarinense Elian, da cidade de Jaraguá do Sul, exporta roupas infantis para 11 países, com destaque para a Bolívia e o Paraguai. Mas também começou a dedicar estratégias para o mercado do Oriente Médio, e passou a colocar etiquetas em árabe para vender para países como Arábia Saudita e Palestina.
 
Para os empresários interessados em exportar seus produtos, confira as dicas sugeridas pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae:
 
– Viaje e conheça o destino para onde a empresa deseja exportar e adapte seu produto ao mercado. As diferenças culturais podem ser muito grandes (dependendo do destino do produto), então é imprescindível entender as necessidades e preferências locais;
 
- Procure por empresas semelhantes à sua, que já exportam, para obter informações sobre boas práticas e adequações importantes para exportar. O Sebrae oferece um artigo com quatro estudos de caso de empresas que se internacionalizaram, acesse aqui;
 
- O Sebrae disponibiliza capacitação à distância gratuita para aprender a exportar. Acesse o Planejamento para ExportarCondições de venda para o mercado externo e Exportação: pequenas empresas também podem
 
- Conheça também o site Aprendendo a exportar, que disponibiliza materiais para empresas que desejam iniciar o processo de internacionalização, além de um simulador de preços para exportação

http://br.fashionmag.com/news/Vestuario-Exportacao-e-uma-saida-para...

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Realmente a alta do dolar seria uma saída para as pequenas empresas exportarem, no entanto não é tão simples quanto parece, o empresariado brasileiro eh viciado em copiar, não tem cultura de inovação, não sabe agregar valor ao seu produto e ainda tem uma modelagem ruim e acabamento final vergonhoso, nossa mão de obra eh mal qualificada, porque os demais da vida passaram 12 anos torrando a verba do FAT em nome de treinamento, qualificação, capacitação e outras balelas e o fato é que não temos mão de obra qualificada, nossos operários não tem comprometimento nenhum e o resultado eh que mesmo com o dolar barato, o mais importante é ter produto e o que temos hoje é muito pouco para o tamanho do Brasil. Portanto ninguém conte com o dolar barato, ele ajuda mas não faz milagre.

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