Essa temporada de moda Spring 2017 (Primavera/2017) reservou a nós algumas coisas interessantes. Uma delas foi a tendência que vimos (re)nascer na moda de rua dos desfiles, principalmente em Nova Iorque e Londres, e que é bastante acessível a todos: a camiseta.
Primeiro, nós sabemos que tendências são colocadas como inimigas de muita gente que defende o slow fashion, a moda autoral e o consumo consciente. É quase um pecado dizer essa palavra em rodas de moda mais consciente. Mas nós sabemos que, na verdade, é difícil imaginar uma moda sem tendências – mesmo que não exista mais uma tendência única, há tendências diversas levando a moda pra frente e conversando com diferentes estilos.
Mesmo as marcas mais atemporais precisam conversar com as tendências para se manterem atuais. Não raro, vemos marcas que se intitulam ‘mais conscientes’ errando sucessivamente ao ignorar a importância das tendências na moda (e também no segmento de beleza) e não conseguindo dialogar com o consumidor comum. As tendências geram sensações de pertencimento e é ingênuo ignorar isso.
O grande problema das tendências é que elas são usadas sem ponderação e escrúpulos para incentivar e justificar o consumo desenfreado principalmente de itens que não têm a ver com nosso estilo e que serão facilmente descartados. Afinal, se consumidas com sabedoria, peças de tendência podem perdurar no guarda-roupa por anos e realmente serem um trunfo na hora de criar um visual bem nosso.
Isso dito, voltamos à camiseta e como ela ganhou a cena nessa temporada. A camiseta é item comum no guarda-roupa desde a Segunda Guerra Mundial. Sua popularidade varia de tempos em tempos, mas fato é que ela sempre está lá. Depois do momento normcore, chegou a vez da camiseta reinar novamente, muitas vezes combinada com peças mais elaboradas como saias de alfaiataria e sapatos de salto fino.
A volta da camiseta é algo ótimo por alguns motivos.
O primeiro deles é porque não é sempre que uma tendência reafirma algo que nós já temos – e com muita abundância – no nosso guarda-roupa. Não é preciso recorrer às lojas e colocar a mão no bolso para aderir a essa onda que tem potencial de agradar a muitos, inclusive quem vos fala. Basta dar uma vasculhada no armário para achar aquela camiseta de banda que você usava quando tinha 15 anos e colocá-la de volta na ativa com seu estilo de hoje.
Outro motivo é porque a camiseta – assim como as atuais tendências da calça jeans de cintura alta, a calça cropped e a pantalona – reafirma o poder atemporal de algumas tendências mesmo sem nos darmos conta. Pode passar algumas temporadas, alguns anos e até mesmo uma década, mas elas estarão de volta. Repaginadas, claro, mas bem possível de serem tiradas do armário, ganharem uma customização rápida e voilá: de volta ao uso.
A camiseta é também o item mais democrático da moda. Tem de todos os preços para todos os corpos e todos os estilos. Se para todos é importante se sentir bem ao usar uma roupa, e para muitos é também muito importante se sentir na moda, a camiseta é o símbolo de como a moda deveria ser: criativa, plural e para todas as pessoas.
Confira alguns cliques de Victoria Adamson durante a semana de moda de Nova Iorque que colocamos aqui para vocês se inspirarem e terem ideias para o melhor look hi-lo que sua criatividade e suas peças podem lhe dar – e sem gastar nem um real com isso.
Imagens: Victoria Adamson // Reprodução
http://www.modefica.com.br/nyfw-boa-e-velha-camiseta-volta-ao-foco-...
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A camiseta é também o item mais democrático da moda. Tem de todos os preços para todos os corpos e todos os estilos.
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