Mas não se trata do fim do mundo para a Renner. Pelo contrário, diante de todos esses fatores, a rede soube manter sua rentabilidade com ajustes de estoque e adequação ao momento econômico. Assim, sua receita líquida oriunda das vendas de mercadorias exibiu um crescimento de 1%, indo a 1.260 bilhão.
Ainda que a ‘decepção’ tenha eco, em grande parte, mais nos analistas do que na direção da varejista, fica a expectativa de que, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Renner, Laurence Gomes, “o quarto trimestre será melhor do que o terceiro”. Para o dirigente, agosto foi o mês mais desafiador do período, um “trimestre atípico”.
No entanto, o que mais chamou a atenção do mercado foi a queda das vendas no conceito Mesmas Lojas, com -3,9%, contra +12,6% no terceiro trimestre de 2015, ou seja, o primeiro recuo anual desde o ano de 2009, um reflexo forte da contração vivida pela economia brasileira.
Já o Ebitda ajustado total da varejista (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), este chegou aos 229 milhões de reais, quase em linha com o resultado verificado no ano anterior, de 230,5 milhões de reais.
A Renner ainda destacou no comunicado que as operações da Camicado e da Youcom “se mostraram bem resilientes ao ciclo econômico e seguiram contribuindo para os negócios, com crescimentos de vendas em 15,6% e 90,7%, respectivamente”.
Por fim, no trimestre, a companhia deu continuidade ao seu plano de expansão, com inauguração de 10 unidades, sendo 6 da Renner e 4 da Camicado. Os investimentos totalizaram, por sua vez, 106,8 milhões de reais, face aos 166,8 milhões investidos no terceiro trimestre de 2015.