Com o objetivo de promover a expansão e a revitalização do parque fabril da centenária Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, a Havan arrematou, em setembro deste ano, o imóvel da empresa por R$ 37 milhões: R$ 15 milhões de entrada e 22 parcelas de R$ 1 milhão. A primeira indústria têxtil de Brusque decretou falência em julho de 2013 e, em 2018, passará a funcionar como Centro Industrial Renaux (CIR), auxiliando áreas de confecção e beneficiamento têxtil, como fiação, tecelagem, tinturaria, malharia, confecção e facção, além de áreas para depósito.
“A grandiosidade e a importância da história de 121 anos do espaço merecem ser conservadas e apreciadas pelas futuras gerações. A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux fez parte da minha história, da minha vida e da minha família, e poder contribuir revitalizando todo aquele espaço, além de gerar novos empregos com as fábricas que nós colocaremos naquele espaço é o que me dá alegria. Fazer funcionar a Avenida 1º de maio, um local que, por muitos anos, transpirou muita energia, alegria e trabalho, é o meu grande objetivo”, diz o dono da Havan, Luciano Hang. “Por isso, a Havan, empresa que tem Brusque no coração, vai recuperar o patrimônio de 40 mil metros quadrados de área construída, por meio de um audacioso projeto, que visa conservar e resgatar a história dos brusquenses”, finaliza o empresário.
História
A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux iniciou as atividades em 1892, com oito teares manuais e foi a primeira indústria têxtil de Brusque. A Renaux tornou-se referência nacional e uma das três fábricas centenárias abertas por imigrantes alemães e poloneses, que formaram o polo têxtil na região e deram à cidade o título de "berço da fiação catarinense".
Após 121 anos de funcionamento, a empresa decretou falência em julho de 2013, deixando marcas na paisagem e no coração dos brusquenses, além de 230 desempregados. Nos galpões escuros, as máquinas paradas tinham tecidos nas bobinas e o chão coberto de fiapos de algodão e restos de tecido.
A crise nas fábricas centenárias de Brusque começou com a abertura comercial no País, nos anos 90. As indústrias sucateadas e mal geridas não conseguiram competir com as importações. Com a produção verticalizada, faltou capital de giro para manter o negócio. O modelo dessas empresas concentrava na fábrica todo o processo produtivo, da compra do algodão à entrega da toalha ou tecido. Isso fez com que o prazo entre o investimento nos insumos e a receita com o produto ficasse mais longo, prejudicando a situação do caixa.
Outro golpe foi a crise do algodão, em 2011, que fez o preço da commodity triplicar em um ano. Na época, as empresas entraram em recuperação e, as que sobreviveram, ainda lutam para sair da situação.
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Caro Sr. Luciano Hang! Parabéns e obrigado pela ousadia de evitar um monstruoso empreendimento da construção civil na Av. 1º de Maio em Brusque. Brusque merece ser tratada com coração. Pelo amor de Deus preservem as maravilhosas Azaléias no lado oposto da fábrica. Fiz muitas visitas na saudosa Fábrica de Tecidos Carlos Renaux e vendemos muitos máquinas para sua tinturaria e acabamento. Muito sucesso ao CIR e muitos anos de vida.
Roman Reisky
Meus parabéns ao Sr Luciano e familia da Havan, desejo que seja um suceso o empreendimento.
Tive orgulho de poder trabalhar com os tecidos da fabrica Carlos Renaux e com o seus funcionarios na época, Cristiano e Sonny, pessoas maravilhosas, onde exportamos tecidos para o Mercosul.
Denilson
Mercotex
Após 121 anos de funcionamento, a empresa decretou falência em julho de 2013, deixando marcas na paisagem e no coração dos brusquenses, além de 230 desempregados. Nos galpões escuros, as máquinas paradas tinham tecidos nas bobinas e o chão coberto de fiapos de algodão e restos de tecido.
Parabéns ao Sr. Luciano por esse audacioso projeto. Adriano Quinet
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