Levantamento técnico divulgado nesta quinta-feira pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) revela que o nível de atividade industrial paulista teve uma variação positiva de 1,8% entre os meses de outubro de 2016 e outubro de 2017. Só neste ano o índice apresentou sua sétima alta mensal consecutiva, o que comprova, segundo os analistas, que o Brasil atravessa um lento, porém constante processo de recuperação econômica. Os números, naturalmente, estão longe de representar o fim da crise, mas as vendas reais crescem, o número de empregos se estabiliza e existe otimismo com relação aos negócios em 2018.
Apesar de contabilizar um resultado mais modesto ao longo do ano – crescimento de 0,6% – a indústria têxtil (responsável por 35 mil postos de trabalho em Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa e Sumaré), também comemorou o resultado do estudo. Segundo a Fiesp, o nível de atividade da capacidade instalada no setor cresceu, em todo o Estado, de 80,6% para 81,2% de um ano para o outro.
Para o Dilézio Ciamarro, presidente do Sinditec – que representa na microrregião as indústrias de tecelagem, fiação, tinturaria, estamparia e beneficiamento – o índice confirma a retomada das atividades no setor. “Não se trata de um fenômeno isolado. A produção cresce de fato, é uma tendência que notamos no ano. Durante a crise, o setor demitiu cerca de 2.800 trabalhadores, mas eles já são recolocados”, disse.
E, para o executivo, o setor só não atingiu um nível de produção maior porque o mercado sofreu, ao longo do ano, os efeitos negativos das delações que mantiveram a instabilidade do cenário político e desestimularam investimentos.
ANÁLISE. Ele faz uma análise pontual da indústria têxtil na microrregião. Por aqui, explica, muitas fábricas ainda não retomaram a produção em todos os turnos. Em alguns casos, diz, o nível de utilização da capacidade instalada está abaixo da própria média constatada pela Fiesp. Mas é certo que a produção será maior com todas as máquinas ligadas e mais gente trabalhando. “Quando um turno é retomado, a produção cresce 30%”, explicou. “Não há motivo algum para sermos pessimistas em relação a 2018”.
De acordo com Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos) da Fiesp, o passar dos meses consolidou o movimento de recuperação da indústria paulista. Setores como a indústria farmacêutica e a de materiais elétricos tiveram crescimento mensal de 3,6% e 1,5%, respectivamente, entre setembro e outubro deste ano. A reação gradativa da economia ainda não se refletiu em setores específicos, como a indústria automotiva, que fechou o ano com variação negativa de 0,6%.
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ate que emfim uma boa noticia
De acordo com Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos) da Fiesp, o passar dos meses consolidou o movimento de recuperação da indústria paulista.
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